Durmo muito mal. A madrugada toda sinto dores nas costas e um pouco de dor de cabeça. Nem Tylenol PM resolve. A chuva cai a noite, madrugada e manhã. Levanto. Desço para tomar café. Novamente apenas salada de frutas e chá de hortelã. Cólicas na barriga. Me arrependo do jantar na noite anterior (meu organismo não aguenta mais carne vermelha à noite). Subo para o quarto e deito novamente. As dores aumentam. Teclo um pouco com amigos virtuais, incluindo um cearense. Dores mais fortes. Penso em comprar um remédio. Dor intensa. Banheiro, uma, duas, três, quatro vezes seguidas. Não quero sair. Não quero comer nada. Meu amigo resolve sair, pergunta se quero algum remédio. Agradeço. Ficarei no quarto. O telefone do quarto toca. É Avelar, o motorista que nos trouxe de Jeri. Ele está com o carregador do iphone de meu amigo, que desce correndo todo feliz, pois poderá usufruir de seu brinquedinho novamente. Sem dinheiro trocado, me pede R$20,00 para dar de gorjeta para o motorista. Nada de fome. Como uma maçã e um barrinha de sementes. Parece que comi um bonde, como dizem os mineiros. Deito e fico quietinho, mas não durmo. O computador fica ligado. Um som indica que alguém está chamando para conversar. É o amigo virtual cearense. Falo das dores na barriga. Muito solícito, pergunta se preciso de um médico. Agradeço, vai passar. Tenho fome por volta de 15 horas. Peço comida no quarto, nada demais, apenas um peixe grelhado e legumes cozidos no vapor. Demora apenas vinte minutos. Como sem entusiasmo. O amigo cearense, ainda on line, pergunta em que hotel estou. Respondo. Resolvo ver um filme, afinal trouxe cinco e ainda não vi nenhum. Escolho um clássico de 1980, Touro Indomável (Raging Bull), de Martin Scorsese, com Roberto De Niro fazendo o papel de Jack La Motta, um lutador de boxe. Confesso que não gosto de filmes de boxe e que, apesar de adorar cinema, ainda não tinha visto este filme. Roberto De Niro está impressionante no papel, incluindo na transformação física. O filme, quase todo em preto e branco, é muito bom. As lutas não são o essencial da fita. O que vale é a vida do ser humano, machista e mandão ao extremo, mas ao mesmo tempo sedutor. Belo filme, que desejo rever em tela maior, afinal vi na tela de 18 polegadas de meu notebook. O telefone toca no quarto, atendo. Avisam que um amigo está embaixo, Luciano. É meu amigo virtual. Surpresa para mim. Realmente os nordestinos são bem simpáticos e solícitos. Veio me conhecer e ver se preciso de alguma coisa. Meu amigo que viaja comigo chega. Os três conversamos sobre vários temas, mas em especial sobre bares em Fortaleza. Ele fica por meia hora e diz que se precisar é só ligar, pois mora perto. Deixa o número de seu celular. Meu amigo pergunta se vou conseguir sair. Não sei, pois a barriga ainda está dolorida. Ele sai para comer algo e dar uma volta no calçadão, já que a chuva deu uma trégua. Resolvo atualizar o blog.
O tempo passa e as dores também. Resolvo não sair. Meu amigo já está na rua há muito tempo. Vou continnuar a ler o livro de entrevistas com Almodóvar.
Música do dia: nenhuma. Não ouvi nadinha de nada.
Nada, como você mesmo diz Noel, como UM DIA APÓS O OUTRO.
ResponderExcluirComo Scarlet Ohara, amanhã será um novo dia.
Abs
Ps.: dê meus parabéns para nosso amigo, pois mais uma vez me esqueci.
Realmente, nada com um dia após o outro. Já estou bem melhor. Quanto aos parabéns, já o fiz, embora o aniversário de nosso amigo já ter acontecido há vinte dias atrás.
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