20 horas. Jantar de despedida no Comedor Patagônia. Um cardápio chileno com muita inspiração foi servido. De entrada, centolla natural sobre pebre de luche com palta. A centolla estava apenas cozida, preservando o seu sabor suave levemente adocicado com o molho pebre misturado com algas e abacate. Muito bom. Uma sopa de abóbora e queijo gruyère veio em seguida, mas não a quis. Esperei meus amigos apreciarem a sopa para que todos fossem servidos do prato principal. Minha escolha recaiu sobre um filé de congrio com nantua e camarões. Nantua é um molho branco. Estava bom o prato. Encerramos com cheese cake de frutas vermelhas, creme de calafate e tulipa de merquén. Dispensável. Assim que terminamos de jantar, voltei para a cabine para fazer a mala, pois ela deveria ser colocada do lado de fora da porta até 7:30 horas da manhã seguinte. Com a bagagem arrumada, deixando para trás a enorme calça de andar na neve, fui para o Salão Darwin, onde todos os passageiros estavam reunidos para a champagne de despedida (na verdade, serviram espumante chileno). Era o momento de confraternização. Os guias das excursões em terra vendiam tíquetes para a rifa da bandeira que tremulou na frente do Stella Australis durante nossa expedição pelas águas da Patagônia. Um turista brasileiro, empresário em Joinville, Santa Catarina, comprou vários tíquetes. Escolheram a passageira mais nova, uma brasileira, para sortear o tíquete vencedor. Deu Brasil. O catarinense levou a bandeira para casa como recordação. Em seguida, o guia que nos acompanhou, Cristóbal, comandou um divertido leilão da carta de navegação utilizada na travessia do Cabo Hornos assinada pelos oficiais do navio. O lance iniciou foi U$ 70. Uma interessante disputa entre o catarinense e um texano se deu até o lance de U$ 1.000, quando o brasileiro desistiu, mas uma francesa fez um lance maior, para a disputa ficar entre ela e o texano, que acabou vencendo o leilão com sua oferta de U$ 1.500. Ficamos sabendo uma curiosidade sobre o texano. Ele estava viajando com sua noiva e levava um fotógrafo particular para registrar os momentos da viagem. O mais curiosos era que ainda fariam um cruzeiro até a Antártica, onde ela tiraria fotos usando seu vestido de noiva. Excentricidades...
Terminavam as atividades do nosso cruzeiro. Ficamos mais um tempo no bar até que o navio ancorou, mas não atracou no porto. Já dava para ver as luzes de Ushuaia, nosso destino final. Era hora de dormir.
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