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sábado, 30 de junho de 2012

MÚSICA QUE OUÇO C (100)


Mafaro - Trabalho sensacional de Abujamra, com todo o suingue e humor que lhe é peculiar.

música

SORRISO RISOTERIA & CAFÉ - GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE (MG)


Endereço: Rua Curitiba, 2.307, Lourdes, Belo Horizonte, MG.

Especialidade: risotos.

Quando fui: jantar do dia 29 de junho de 2012, sexta-feira. Cheguei por volta de 21:45 horas. Éramos quatro pessoas.

Serviço: embora simpático, falta profissionalismo. Os garçons precisam de treinamento. Quando perguntei se tinham café descafeinado, um garçom respondeu que só tinham expresso (!). Ao navegar na internet em meu celular, apareceu uma rede wi-fi com o nome "sorriso_lourdes". Quando tentamos acionar, foi solicitada uma senha. Pedimos ao garçom e ele nos respondeu que não tinha o serviço de wi-fi ali. Não seria melhor responder que o serviço era de uso exclusivo da administração da casa? Fica ainda a pergunta: porque não liberar o acesso aos clientes? Quando chegamos, as poucas mesas do interior do restaurante estavam ocupadas, assim como a maioria das mesas mais altas colocadas na calçada, com velas acesas e vasinhos com flores. Ficamos em um local improvisado, quando duas mesas redondas, próprias para duas pessoas, foram colocadas juntas para nós sentarmos. A promessa seria de nos acomodar em mesa interna, assim que vagasse uma. No entanto, a noite belohorizontina estava propícia para aproveitá-la e ninguém saía do lugar. Muito antes pelo contrário, não parava de chegar gente, ficando na fila de espera. Acabamos por jantar nas incômodas cadeiras altas, muita mais propícias para tomar um drinque.

O que bebi: dividimos duas garrafas do vinho tinto Pharos Tempranillo 2009 (13,5%) produzido pela vinícola espanhola Bodega Clássica, na região de Rioja (R$ 75,00 cada garrafa). Acompanhou o vinho uma garrafa de água com gás São Lourenço. Ao final, bebi um xícara de café expresso Belotto.

O que comi: a carta tem algumas entradinhas inspiradas na culinária italiana, como bruschettas, e saladas, mas resolvi ficar somente em um pedido. Obviamente que escolhi uma das muitas opções de risoto: risoto de costelinha defumada com ora pro nobis (R$ 34,00). Os pedidos demoraram um pouco, pois o restaurante estava cheio. Os pratos são bem servidos e tem boa apresentação. O risoto estava no cozimento certo. O ora pro nobis, folhagem que gosto muito mas difícil de encontrar em restaurantes em Brasília, vem picado, quase cru, por cima do risoto, sem estar misturado. A costelinha defumada é tão cozida que fica praticamente derretida no prato, como se arroz, queijo e carne fossem um só ingrediente. Estava bom, mas não tinha nada de excepcional.

Valor total da conta: R$ 305,00.

A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).

Minha avaliação: * * 1/2. Peca pela falta de profissionalismo no serviço. Há outra unidade no bairro Anchieta.

Gastronomia Belo Horizonte (MG)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

AQUAVIT (2) - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Endereço: SMLN ML 12, Conjunto 1, Casa 5, Brasília - DF.

Especialidade: cozinha contemporânea, sob o comando do chef dinamarquês Simon Lau Cederholm.

Quando fui: jantar do dia 21 de junho de 2012, quarta-feira. Éramos quatro pessoas. Chegamos por volta de 21 horas.

Serviço: como sempre acontece, o serviço foi eficiente, simpático, profissional, com atenção à mesa, não havendo demora na chegada de cada item do menu, respeitado o tempo de cada cliente e a sequência proposta pelo restaurante. A apresentação dos pratos é um destaque. Necessária reserva prévia. Mesmo sendo quarta-feira, o restaurante recebia um bom público.

O que bebi: o restaurante trabalha com menu fixo que se altera mensalmente. No menu, há sempre a possibilidade de optar pela harmonização de comida + bebida proposta pelo chef. No caso, uma amiga levou um vinho branco húngaro (Dobogó Furmint Tokaj 2008), pelo qual pagamos o serviço de rolha, para acompanhar dois pratos, e escolhemos as sugestões para os outros dois. Não gostamos da sugestão de harmonização para a sobremesa,motivo pelo qual ninguém escolheu o Araldica Asti (Piemonte, Itália). A descrição do que bebemos está no item a seguir, pois as bebidas estão estreitamente ligadas aos pratos.

O que comi: assim que recebi por e-mail com o menu de junho do Aquavit, liguei para minha amiga Vera dizendo que queria experimentá-lo. Não tinha nenhuma restrição aos ingredientes, escolhendo a sequência completa, composta de cinco pratos, para o jantar. De início, vieram à mesa os deliciosos pães feitos na casa, acompanhados de manteiga trufada. Os pães estavam quentinhos, sendo gostosos até mesmo sem passar nada neles. Uma ótima abertura para o menu que veio em seguida.




1º prato: coquetel de lagosta - chuchu marinado, manga, presunto de parma, espuma branca de tomate, bisque e dill. Harmonizado com uma taça do espumante rosé italiano Botega Spumanti Bruti 2010. O prato é servido em uma taça alta, tipo a que é servido o drinque dry martini. Não sou fã de lagosta, mas resolvi experimentar esta proposta inusitada com chuchu marinado. Sensacional. O doce da manga e a gordura do presunto de parma não deixaram a lagosta de sobressair. A fatia de presunto era fininha e extremamente seca, quase uma folha tesa. Não apreciei a harmonização, pois os sabores marcantes do presunto, do dill e da manga derrubaram o espumante, que morreu na boca.



2º prato: quenelles de linguado - molho cremoso de mexilhão e muitas ervas frescas, aspargos e ovas de salmão. Harmonizado com uma taça de Dobogó Furmint Tokaj 2008. A carne do linguado estava derretendo, quase uma espuma, com sabor leve, mas potencializado pelas ervas frescas, cultivadas na horta do restaurante e pelo delicioso molho de mexilhão. O toque inusitado veio das crocantes ovas de salmão. Foi o terceiro prato em minha preferência na noite. A harmonização com o vinho húngaro foi perfeita.



3º prato: consommé de peixe - camarão, tucupi, jambu e filigrana preta de polvilho Harmonizado com uma taça de Dobogó Furmint Tokaj 2008. Quando colocado na mesa, achei o prato feio, com um pedaço negro de peta achatada cobrindo tudo, mas bastou arredar a filigrana de polvilho para o lado para descortinar uma bela apresentação cheia de aromas da comida paraense oriundos do tucupi e do jambu. No fundo do caldo de tucupi havia bolinhas de sagu, o que fazia deste terceiro prato o mais brasileiro de todos. Tudo estava ótimo com o especial sabor do jambu que adormecia a boca de forma especial. O sagu foi uma surpresa para mim, conferindo a este terceiro prato no meu favorito da noite. A harmonização não foi tão perfeita como no segundo caso, mas ainda assim não decepcionou.



4º prato: paca com purê de mangarito, confit de camapu, ora pro nobis, foie gras grelhado e molho do caçador. Harmonizado com uma taça o vinho tinto espanhol Besllum Montsant 2008. Este foi o prato que me chamou a atenção no menu de junho, pois tenho uma ótima lembrança de um festival de paca que comi no restaurante Dom Francisco ASBAC, em Brasília. A carne de paca é certificada, com criação para abate autorizada pelo Ibama. Prato com sabores fortes e muito perfumado. O purê de mangarito lembra, na aparência, ao purê de batata, porém menos consistente. O garçom nos informou que é uma raiz da família do inhame. Não gostei. O confit de camapu estava divino, com um sabor doce e azedo sensacional. Questionado sobre como era a fruta, o garçom nos trouxe do pomar do restaurante um exemplar. Nada mais do que a conhecida physalis colombiana. É um fruto do cerrado brasileiro. A folhagem ora pro nobis é uma das que mais gosto, muito comum em Minas Gerais, mas rara de se comer fora de meu estado. Estava muito bom e foi uma ótima companhia para a carne de paca. Para não parecer tão brasileiro este prato, um foie gras grelhado adornou a carne, em casamento inusitado mas que combinou bem. A harmonização também não foi feliz, pois o vinho era fraco para a explosão de sabores do prato. O vinho morreu na boca. Gostei do prato, sendo o meu segundo preferido na sequência da noite.



5º prato: a sobremesa - morango, merengue e marzipan. Não sou fã de nenhum dos três ingredientes. Prato bonito, mas dispensável.



A orgia gastronômica terminou com um xícara de chá de hortelã, colhido na horta na hora, acompanhado de madeleines e macaron de doce de leite.

Valor total da conta: R$ 1.065,00.


Minha avaliação: * * * * 1/2. Para ler outra avaliação que fiz em outra oportunidade em que estive no Aquavit clique qui.

Gastronomia Brasília







quinta-feira, 28 de junho de 2012

SHERLOCK HOLMES: O JOGO DE SOMBRAS

Uma das últimas aquisições para minha coleção de filmes foi Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes: A Game of  Shadows). Foi a versão em blu-ray. Resolvi ver sábado logo após chegar do almoço, em meio de tarde preguiçoso em Brasília. Deixei o quarto bem escuro, coloquei o BD no aparelho, aproveitando todos os recursos que a tecnologia me proporciona em casa em termos de imagem e som. Getúlio, meu cachorro, ficou assustado com as explosões e intrigado com os latidos de cães durante as duas horas que durou o filme. É o segundo filme da franquia Sherlock Holmes, repaginada pelo diretor britânico Guy Ritchie e estrelado pelos excelentes Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes) e Jude Law (Dr. John Watson). A química dos dois atores é perfeita em ambos os filmes da franquia e a modernizada da história de Holmes foi feliz no sentido de atrair um público jovem para as peripécias de um detetive inglês nos idos de 1891, ano em que se passa a história do segundo filme. Rachel McAdams, vivendo Irene, uma detetive mal caráter que trabalha para quem lhe paga mais, é o grande amor de Holmes, mesmo trabalhando contra ele, volta à cena, em rápida aparição no início da história, tendo um final trágico, mas abrindo espaço para a nova heroína, a cigana Simza, interpretada por Noomi Rapace (como esta sueca tem conquistado os produtores hollywoodianos!). O inimigo desta vez é um conceituado professor (Jarred Harris) que vai se apoderando de uma indústria bélica e trama artimanhas para uma guerra se estabelecer entre a França e a Alemanha. Está dado o motivo para nossos heróis irem para Paris tentar impedir esta confusão. Antes, porém, há o casamento de Watson, sendo Holmes o padrinho que não aprecia muito o fato de perder a ajuda do médico em suas investigações. Há um sem número de insinuações que ambos são mais do que parceiros de trabalho, com direito a ciúmes e um boicote à lua de mel do doutor. No mais, a história é repetitiva, sem novidades em relação ao primeiro filme, recheada de ação, lutas e tiros em trem de ferro em movimento, no melhor estilo Agatha Christie, explosões, bandidos que erram os tiros e mocinhos que acertam todos. Ritchie não perde a oportunidade de filmar em close e em câmera lenta os tiros, desde armar o gatilho, passando pela saída da bala da arma, seja ela um revólver ou um canhão, até ela atingir um objeto qualquer, como um tronco de uma árvore. Esta técnica já deu o que tinha que dar e torna-se cansativa quando repetida à exaustão, como acontece neste segundo filmes de aventuras de Sherlock Holmes. Downey está muito inspirado, com ótima sacadas irônicas, assim como Law imprime charme, sensualidade e sagacidade ao seu personagem, mas ambos não conseguem salvar o filme da previsibilidade e da mesmice. Na minha opinião, a história já rendeu o que podia e mais um filme seria uma catástrofe total. Há poucas cenas inspiradas. Uma delas é o diálogo entre Mycroft Holmes, irmão de Sherlock, interpretado pelo ator britânico Stephen Fry (quando vejo este ator, sempre me lembro do cd de Zeca Baleiro, chamado Onde Andará Stephen Fry?) e Mary Watson (Kelly Reilly), a esposa de John Watson. Ele está nu quando entrega a ela um telegrama com notícias da dupla Homes-Watson. A cena é hilária. Esta segunda parte da franquia Holmes diverte, mas não empolga.

filme

quarta-feira, 27 de junho de 2012

GASTRONOMIA EM PORTO ALEGRE (RS) - CALAMARES



Endereço
: Avenida Mercedes, 58, Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS.

Especialidade: culinária portuguesa.

Quando fui: jantar do dia 14 de junho de 2012, quinta-feira. Cheguei por volta de 20:30 horas. Estava só.

Serviço: para entrar tive que bater campainha, pois pensei que a porta estava fechada (na verdade, estava emperrada). Atendimento simpático e cordial dos garçons. Os pratos não demoraram a chegar à mesa, mesmo porque o restaurante estava bem vazio.

O que bebi: meia garrafa do vinho tinto brasileiro Boscato Reserva Merlot 2007 (R$ 19,00),  produzido no Rio Grande do Sul. Tem aroma agradável e sem novidades no sabor. Vinho para beber despretensiosamente. Junto ao vinho, água mineral com gás Água da Pedra. Não há café descafeinado no restaurante, motivo pelo qual deixei de beber ao final do jantar.




O que comi: como estava em um restaurante de cozinha portuguesa, comecei com um bolinho de bacalhau frito (R$ 5,90). Sequinho, vem sem nenhum tipo de molho ou mesmo limão. Coloquei um fio de azeite extra virgem. Estava saboroso. Como prato principal, pedi o prato da boa lembrança, levando mais um souvenir de Porto Alegre para casa. O nome do prato é bacalhau da terra (R$ 76,00). O bacalhau é desfiado, misturado com cebola e palmito, envolto em açafrão da terra, o que lhe confere uma cor amarelada, sobre camada de batata palha. Acompanha brócolis cozido, cenoura baby cozida e palmito em conserva. O prato é bonito, bem perfumado, mas carece de personalidade no paladar. Ainda tem o agravante de eu ter achado bastante espinha do bacalhau, o que me irritou um pouco, pois o peixe é desfiado, motivo pelo qual deveria haver a preocupação de retirar as espinhas antes da elaboração do prato. E nem eram espinhas minúsculas, mas de tamanhos bem visíveis. Este detalhe foi crucial para eu não gostar do prato e de nem me animar a pedir sobremesa, embora os doces portugueses sejam sempre uma tentação para mim. Não gostei.



bolinho de bacalhau


bacalhau da terra


bacalhau da terra

Valor total da conta: R$ 117,04.

A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).

Minha avaliação: * 1/2. O atendimento simpático e o bolinho de bacalhau, embora bem simples, salvaram a minha noite.

Gastronomia Porto Alegre (RS)

terça-feira, 26 de junho de 2012

PROMETHEUS



Segunda-feira, sessão das 21:30 horas. Estava na fila da unidade do Cinemark no Pier 21 em Brasília para comprar ingresso para o aguardado filme de ficção científica Prometheus (Prometheus), produção americana de 2012, dirigida por Ridley Scott. Enfrentei quarenta minutos de fila, por causa da lentidão no atendimento, já que os grupos de adolescentes que foram juntos ao cinema não iam ao mesmo caixa e sendo lugar marcado, ficavam de um lado para o outro perguntando aos amigos qual lugar compraram. Faltou bom senso, tanto de quem comprava, quanto da gerência do cinema, que poderia evitar aquele tipo de atraso. Enfim, consegui um bom lugar para ver o filme na sala 3, equipada com uma tela imensa para a projeção em 3D. A sala tem o sugestivo nome de XD. Ingresso caro, R$ 14,00 a meia entrada. Sou fã de ficção científica e Scott é um diretor que tem dois filmes no currículo que são sensacionais: Blade Runner e Alien - O 8º Passageiro. Neste sentido, Prometheus era um filme ansiosamente aguardado por mim. Ainda mais que o diretor revisita o universo alien, ambientando sua história algumas décadas antes da viagem da Tenente Ripley (Sigourney Weaver) quando teve que lutar com um alienígena. Não chega a ter relação direta com a quadrilogia Alien, mas a empresa Weyland se faz presente, assim como os asquerosos seres. Em Prometheus, nome da espaçonave, uma trupe de cientistas, financiada pela Weyland, viaja através do universo em busca da origem do homem, a partir de uma tese dos cientistas Shaw (Noomi Rapace) e Holloway (Logan Marshall-Green). A nave é comandada por Janek (Idris Elba), mas há uma enigmática mulher acima de todos, fria e calculista, chamada Vickers (Charlize Theron). Enquanto todos hibernam durante a viagem, apenas um androide, David (Michael Fassbender), fica acordado na nave. Quando se aproximam do planeta onde estariam as evidências da origem do homem, é hora de todos acordarem. Em solo desconhecido, tem contato com uma realidade diferente da que pensavam, constatando que o ambiente era muito mais hostil do que poderiam imaginar, com direito, inclusive, a intrigas entre a tripulação (algo que já era de se esperar) e de uma nova gestação de um alien no corpo da cientista Elizabeth Shaw, confirmando que no universo alien os personagens fortes e heroicos são vividos por atrizes. Guy Pearce está no elenco, mas irreconhecível debaixo de pesada maquiagem, fazendo o dono da Weyland. O filme não inova em nada, sendo previsível em várias cenas, incluindo o final. Parece que Scott se espelhou no primeiro filme da quadrilogia, se auto homenageando, com releitura de várias cenas do filme que dirigiu. A história de Prometheus não pode ser considerada um prequel, pois ele tem vida própria e deixa no ar a ideia de que outros filmes virão em sequência. Quanto às atuações, o onipresente Fassbender está muito bem como o androide David e Theron consegue passar toda a frieza que sua personagem carrega consigo. A atriz sueca cada vez mais requisitada Noomi Rapace não tem cara de heroína, fazendo com que os fãs tenham saudades de Weaver e sua forte Tenente Ripley. De toda forma, foi legal ver o nascimento do alien na forma que conhecemos, além de Prometheus ser bem feito, com ótimos efeitos especiais, elenco afinado e ser dirigido por Scott, que, mesmo pouco inspirado, fez um filme que diverte e tem bons momentos de susto.

filme

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TODOS OS SONS DOMINGO CCBB - ANDRÉ ABUJAMRA, PATUBATÊ E BANDA WATSON

No domingo dia 17 de junho de 2012 aconteceu a segunda edição da temporada 2012 do projeto Todos os Sons - Domingo CCBB, com entrada gratuita. Cheguei cedo no centro cultural, pois queria um bom lugar para estacionar o carro e aproveitei para ver a exposição Índia!, em cartaz no CCBB de Brasília até 29 de julho. O primeiro show estava marcado para ter início às 17 horas. Às 15:20 horas eu já estava lá. Gastei uma hora e meia percorrendo a exposição, cuja visita terminei na noite de terça-feira. Faltando dez minutos para as 17 horas, decidi comer alguma coisa, pois não tinha almoçado. O Bistrô Bom Demais estava lotado, assim como o Café Cristina Roberto, sem lugar para sentar. Em dias de show ao ar livre, o Bistrô Bom Demais monta uma barraca nas proximidades do palco, posicionado no gramado atrás do prédio principal. Antes que as filas ficassem grandes para comprar ficha, passei no caixa para adquirir fichas suficientes para comer antes do show começar e pegar alguma bebida durante os intervalos dos três shows programados. O movimento ainda era pequeno, muito diferente da primeira edição de 2012, quando se apresentou o cantor Criolo. Até cadeiras de plástico foram colocadas em frente ao palco, sinal de que o público seria menor e mais tranquilo. Como sempre acontece nos eventos no gramado do centro cultural, muita gente prefere sentar em cangas e esteiras colocadas sobre a grama, fazendo um lanche na companhia de amigos, família, namorados e afins. O clima estava agradável, com um friozinho chegando no final da tarde. Comi duas salteñas de carne e me sentei na primeira fila de cadeiras, em posição central em relação ao palco. Entre este e as cadeiras havia um espaço grande. Com cerca de meia hora de atraso, foi chamada ao palco a banda Watson, composta por quatro músicos de Brasília, que toca um rock simples, mas eficiente. Do meu lado direito havia uma concentração de familiares e amigos dos integrantes da banda, com câmeras filmadoras e fotográficas em funcionamento. Eles sabiam as músicas de cor. Na lateral do palco, uma banquinha vendia cd e camisetas da banda. Era a primeira vez que eu escutava alguma coisa deste grupo. O público ficou sentado, embora eles tenham tentado fazer com que a plateia se levantasse e dançasse por umas duas ou três vezes. No entanto, pareceu-me que eles agradaram a quem lá estava, pois todos balançavam corpo, cabeça, pés e mãos, mesmo sentados, ao som do rock da Watson. Eu gostei do som do grupo. O show terminou com uma interessante música chamada As Abelhas, atendendo a alguns gritos vindos do público. O primeiro show durou cerca de uma hora. O intervalo foi longo, pois precisaram retirar todos os instrumentos da banda e montar o palco para a segunda atração da noite, o grupo de percussão brasiliense Patubatê. Eles  foram chamados ao palco por volta de 19 horas e fizeram um show ótimo. Já tinha ouvido falar sobre o grupo, com fama internacional, mas nunca o tinha visto ao vivo. São cinco integrantes, sendo um DJ e quatro percussionistas que utilizam os mais variados materiais para construir seus instrumentos musicais, como tambores de ferro, carcaça de motocicletas, baldes de alumínio, vasilhas de ágata, cabine de telefone público, entre outros. O som contagia logo e não deixa ninguém ficar parado. Muita gente se levantou, inclusive eu, para dançar, ocupando o gramado entre as cadeiras e o palco, fato que não agradou a quem queria ficar sentado. No entanto, não era um show para ficar acomodado nas cadeiras. O batuque convidada para mexer o corpo todo. Show vibrante, fazendo com que muita gente fosse à banquinha montada ao lado esquerdo do palco para adquirir cd, dvd e camisetas do Patubatê. Durante o show, dois convidados do grupo subiram ao palco para participar de duas músicas. Eles anunciaram o lançamento de um novo dvd para setembro que foi gravado nas obras do Estádio Nacional de Brasília. Nem vimos o tempo passar neste show marcante. Nesta altura, muita gente já circulava pelo CCBB na espera do show principal, o do paulista André Abujamra. Mais um intervalo longo, quando aproveitei para pegar uma Coca Cola Zero e ir ao banheiro. Quando voltei, minha cadeira já estava ocupada, já que eu tinha ido sozinho. Não me importei, pois tinha acesso garantido à pequena área vip que fizeram, mas acabei por não usar este benefício, ficando sentado na grama em frente à grade, junto ao público. O show de Abujamra se chama Mafaro, mesmo título de seu último trabalho gravado. Na verdade, não é um show, é um showfilme, como foi apresentado. Um filme é projetado em dois telões ao fundo do palco, com algumas cenas projetadas, simultaneamente, em um pequeno banner na sua lateral esquerda. Abujamra disse que aquele show poderia ser montado de acordo com o orçamento dos produtores. Assim, ele já tinha feito o show com vinte músicos em cena, mas também com só duas pessoas. No caso de Brasília, estavam no palco o cantor, um baterista, um guitarrista e quatro músicos nos instrumentos de sopro. Estes músicos do sopro eram integrantes da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju. Foram muito aplaudidos pelo público quando anunciados. O showfilme é sensacional, com as músicas estilosos de Abujamra, com muito suingue, lembrando Os Mulheres Negras e Karkak, dois grupos que ele participou. Mafaro, o cd, é recheado de participações especiais, e todas elas se fizeram presentes em Mafaro, o show, pois o filme possibilitou isto. Desta forma, Zeca Baleiro faz um duo com Abujamra em Lexotan; Evandro Mesquita aparece em O Amor é Difícil; Clarice Abujamra também dá as caras durante a projeção, quando a música A Pedra Tem Vida é executada. O inusitado é ver Luiz Caldas em performance cantando com Abujamra a música Tem Luz na Cauda da Flecha. O final do show é hilário, com os créditos do filme passando, aparecendo alguém ao final afirmando que não haveria bis e que todos poderiam ir embora. Ninguém arredou o pé. O senhor voltou, perguntando porque ninguém o escutava. Que não haveria bis, que o pessoal precisava desmontar o palco, varrer o local e pegar ônibus para ir embora. Em seguida, André Abujamra retornou para apresentar seu maior sucesso, falando que embora gostasse muito de Zeca Baleiro, aquela música não era do maranhense e sim dele. Era a ótima Alma Não Tem Cor. Ainda cantou Juvenar, a pedido da plateia. Ótimo show. Já estou esperando a terceira edição do Todos os Sons - Domingo CCBB, que acontecerá dia 29 de julho, na Praça do Museu Nacional da República, quando acontecerá, simultaneamente, o encerramento do festival de teatro Cena Contemporânea.

show

domingo, 24 de junho de 2012

GASTRONOMIA EM PORTO ALEGRE (RS) - PEPPO CUCINA



Endereço: Rua Dona Laura, 161, Rio Branco, Porto Alegre, RS.

Especialidade: culinária italiana.

Quando fui: almoço do dia 14 de junho de 2012, quinta-feira. Cheguei por volta de 13:30 horas. Estava só.


Serviço: atendimento simpático na recepção e durante a minha permanência no restaurante, embora em alguns momentos o salão onde estava ficou sem a presença de garçons. Serviram o couvert sem perguntar se eu queria. Há wi-fi mediante senha fornecida pelo garçom, mas não funcionou.

O que bebi: uma garrafa de vidro de Coca Cola Zero e um café expresso Café do Mercado ao final do almoço.




O que comi: aceitei o couvert, chamado de coperto (R$ 9,90). Simples, composto de uma vasilha com pães levemente adocicados e manteiga enfeitada com um raminho de alecrim. O restaurante oferece uma extensa carta de pratos da culinária italiana, com a predominância de massas, mas resolvi pedir o prato da boa lembrança chamado medaglioni alla crema (R$68,40), ou seja, medalhões de filé acompanhados de tortelloni com recheio de espinafre, ricota e amêndoas, ao molho de creme de leite e parmesão. Não gosto de espinafre, mas como a massa já era recheada previamente, resolvi encarar. Ainda bem que o recheio tinha a predominância da ricota, sendo espinafre e amêndoas mero coadjuvantes. Vem três unidades no prato, junto com dois medalhões. A carne estava macia, vindo ao ponto, conforme havia pedido quando solicitei o prato. O molho vem em quantidade adequada, sem mascarar o sabor da carne. Dispensei o parmesão ralado. Prato bem feito, sem grandes arroubos.



coperto


medaglioni alla crema
Valor total da conta: R$ 84,48.

A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).

Minha avaliação: * * *. O ambiente é bonito, aconchegante. Foi a segunda vez que fui ao Peppo e acho um interessante local para almoçar.

Gastronomia Porto Alegre (RS)

sábado, 23 de junho de 2012

MÚSICA QUE OUÇO XCIX


Banda goiana de humor incrível.

música



ÍNDIA!

Desde 22 de maio de 2012, os espaços expositivos do CCBB de Brasília estão ocupados com a exposição Índia!, que fica em cartaz até o dia 29 de julho com entrada gratuita. Segundo anunciado pelo centro cultural, é a maior exposição sobre a cultura da Índia já montada no Brasil. Mapas da exposição estão espalhados no local, já que há obras em sete lugares diferentes. Para quem chega, além de ver o título da exposição em letras amarelas com fundo rosa, é recebido com uma enorme cabeça azul com um saco na cabeça, ao estilo de lata d'água na cabeça, chamada Migrante, obra de 2011 do artista Ravinder Reddy. Esta escultura virou parada obrigatória para fotos. Por falar em fotos, é permitido fotografar em praticamente todos os espaços (sem uso do flash nos espaços fechados), com exceção das obras expostas no subsolo da Galeria 1. Pode-se começar a visita por qualquer lugar, pois eles se completam em si mesmos, não sendo pré-requisito ver nenhum antes do outro. Gosto de ler todos os painéis, banners e textos escritos para as exposições, além de ver os vídeos/filmes existentes, o que toma um tempo maior para conhecer tudo. Por causa disto, creio que para uma visita completa seriam necessárias, pelo menos, quatro horas. Fiz a visita em duas oportunidades: dia 17 de junho, domingo, no meio da tarde, quando havia um público grande, dificultando às vezes a leitura dos textos ou colocar os fones de ouvido para ouvir/ver os vídeos; e 19 de junho, terça-feira, no início da noite, com maior tranquilidade em relação ao número de pessoas circulando nas galerias. Minha primeira parada foi na Galeria 1, onde há duas partes da mostra. No primeiro piso estão obras que mostram o dia a dia dos indianos, não à toa chamada O Cotidiano, enquanto no subsolo a mostra tem o nome O Sagrado, com foco na religiosidade. Logo na entrada, há uma enorme vasilha, contendo água e pétalas de rosa, que é utilizada em grandes festas religiosas para preparar a comida para quem delas participa. Em seguida, uma sala com projeções com imagens da Índia, seu povo e seus costumes, preparando-nos para o que veremos a partir dali. São trajes típicos (três deles expostos do lado de fora da entrada da galeria), imitação de jóias, adereços de toucador, vasilhames, estátuas em ferro e em terracota, pinturas, vestimentas e tecidos (o setor dedicado aos saris é interessantíssimo), instrumentos musicais bem peculiares, vídeos que exibem números de dança e de show musicais, e muita fotografia retratando o cotidiano dos indianos. Dentre os fotógrafos expostos, estão alguns dos expoentes daquele país da atualidade, como Raghubir Singh. Para mim, um dos destaques desta parte é o sari de seda bordado com fios de ouro usado em casamentos. Vi um pouco do vídeo com shows nos quais os instrumentos musicais expostos são utilizados, dando-nos a noção do som por eles produzidos. Tais instrumentos são os últimos objetos em exibição na mostra O Cotidiano. Desci as escadas para visitar O Sagrado, único local onde não é permitido tirar fotos. Foi a mostra que mais gostei de todas. Nela estão banners que explicam rapidamente as principais vertentes religiosas que estão presentes na Índia: budismo, jainismo, cristianismo, islamismo e hinduísmo. Ilustram a exposição várias estátuas de divindades (Shiva, Ganesha, Parvati, Buda, Jesus Cristo na cruz com feições hindus, entre outras), além de máscaras, quadros, imagens, e um interessante trabalho feito em folha de palmeira. Os detalhes desta obra são incríveis. Ainda há um filme projetado na parede cujo tema é, obviamente, a religião. Deixa-se a exposição pelo próprio subsolo, quando saímos praticamente em frente à entrada da Galeria 2, onde estão as mostras Colonialismo, Cortes, Fotografia, Narração de Histórias e Cinema Bollywood. O que me chamou a atenção nesta parte foram as fotografias antigas, tanto as panorâmicas retratando as cidades indianas, quanto as feitas em estúdios. Uma parte da mostra faz uma homenagem a Gandhi, com seu busto em bronze exposto. Ao final da galeria, está a parte de narração de histórias, com fantoches, bonecos de sombra e um vídeo mostrando o teatro de fantoches, que são muito coloridos. Parte que as crianças adoram. Antes de sair, deparamos com uma reprodução de uma sala de cinema, onde filmes da indústria cinematográfica indiana são projetados, além de alguns posters nas paredes e retratos de atores da famosa Bollywood, que tem a maior produção mundial de filmes. Saindo da galeria, já vemos a próxima atração, uma das mais concorridas, por sinal, a instalação do artista Gigi Scaria. Nada mais do que um cubo que imita um elevador. Os visitantes entram e tem-se a sensação de que estamos sempre subindo no tal elevador, uma ilusão de ótica provocada pela projeção de imagens que simulam paredes internas do fosso do elevador e os andares. Há uma crítica à estratificação social na Índia, pois na medida em que se vai subindo, a decoração dos apartamentos vai ficando sofisticada. Ainda há o barulho comum em elevadores e movimento, potencializando a sensação de que estamos realmente subindo os andares. Duas mulheres que entraram comigo logo saíram, pois não se sentiram bem, estavam tontas. Saindo do elevador, a próxima parada foi um altar montado logo à frente, onde três divindades são reverenciadas. Para ver a divindade, é necessário olharmos por um dos três círculos coloridos. Para cada cor, vemos uma divindade diferente. É bem interessante. No hall do CCBB, entre o Bistrô Bom Demais e a bilheteria, estão expostos um altar amarelo dedicado à Ganesha, uma fotografia do Taj Mahal, um triciclo e um tuc tuc verde. Todos são paradas obrigatórias para poses e fotos. Por fim, no Pavilhão de Vidro e na Sala Multimídia, é a vez da arte contemporânea, cuja mostra ganhou o nome de Índia - Lado a Lado. São obras de artistas plásticos contemporâneos, muitos com trabalhos de repercussão internacional, nas mais diferentes plataformas: instalações, vídeos, esculturas, pinturas e fotografias. Até um jogo de basquete que faz alusão ao sexo seguro está presente, com regras de como jogar escritas na parede. No domingo, mais de uma pessoa pegou a bola e a arremessou à cesta, mas na terça-feira à noite, os vigilantes disseram que não era permitido interagir com a obra. Nem era comigo, mas estava perto quando um homem foi advertido da proibição. Assim, intervi dizendo que estivera no local no domingo e fui um dos que arremessei a bola, havendo uma pequena fila para fazer o mesmo e que ninguém havia sido advertido. Não há nenhum aviso neste sentido, muito antes pelo contrário, já que as regras de como jogar estão escritas logo abaixo das informações sobre a instalação. A vigilante disse que era proibido e que não estava lá no domingo. Acrescentou que realmente a obra era interativa, mas que por falta de espaço no CCBB de Brasília, somente em São Paulo foi possível esta participação dos visitantes. Falta de espaço no CCBB de Brasília? Espaço no CCBB de São Paulo, que nem área externa possui? Deixei pra lá. Como toda exposição de arte contemporânea, há coisas difíceis de captar a mensagem do artista, outras bem feias e outras interessantes. É isto que eu acho interessante, esta possibilidade múltipla de leituras e de gostar ou não gostar. Por falar em gostar, gostei muito de Índia!



tecido


detalhe de sari de seda com fios de ouro


instrumentos musicais (tabla)


fantoche - teatro de bonecos


boneco de sombra


cartaz de filme de Bollywood


arte contemporânea


arte contemporânea


tuc tuc


altar Ganesha


tacho para preparo de comida em grandes festas religiosas



"Migrante", de Ravinder Reddy

artes plásticas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DOCE DELÍCIA - GASTRONOMIA NO RIO DE JANEIRO (RJ)



Endereço: Rua Aníbal de Mendonça, 55, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.

Especialidade: culinária brasileira, tendo o picadinho como carro chefe da casa.

Ambiente: loja despojada na esquina da Aníbal de Mendonça com Prudente de Morais, com vitrine de doces para o lado de fora, ambiente decorado com madeira, cores fortes nas pilastras e utensílios de cozinha pendurados no teto, como panelas, frigideiras, escumadeiras, colheres, caçarolas, entre outros. Nas mesas encostadas nas paredes há bancos de madeira no lugar de cadeiras, com confortáveis e coloridas almofadas.



Serviço: deficiente, com garçons e garçonetes muitas vezes desatentos para os chamados das mesas. O prato demorou a chegar, tendo sido necessário eu reclamar com uma das atendentes.

Quando fui: almoço do dia 10 de junho de 2012, domingo. Éramos duas pessoas.

O que bebi: uma lata de Coca Cola Zero e um café expresso ao final do almoço.

O que comi: o prato mais famoso da casa, o picadinho delícia. Bem montado, o prato consiste de picadinho de filé mignon com molho, farofa de alho, ovo poché, banana à milanesa e arroz branco. A banana estava sem sabor, assim como o ovo poché. A farofa estava boa, não era forte, com a presença discreta do alho. O picadinho era honesto, mas confesso que já comi melhores no Rio de Janeiro.




Valor total da conta: R$ 119,13, incluindo duas cervejas long neck.

A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).

Minha avaliação: * * 1/2. Em outras vezes que lá estive, fui melhor atendido, assim como comi melhor.

Gastronomia Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MILTON NASCIMENTO - TOUR 50 ANOS DE CARREIRA






Logo que vi anunciado o show de Milton Nascimento, Tour 50 Anos de Carreira, no qual ele revisitaria sua vasta obra, fiquei atento para as vendas de ingressos. Inicialmente, somente podia comprar pela internet, pelo site Ingresso.com, o que fiz de imediato, pagando R$ 60,00 pela meia entrada, já incluída a taxa de administração. O desconto de 50% obtive imprimindo o cupom Sempre Você por ser assinante do Correio Braziliense. O inconveniente da compra foi que não havia a opção de imprimir o ingresso em casa, somente podendo retirá-lo no dia do show, uma hora antes do seu início. Recebi um e-mail informando que a minha compra estava em análise e que a confirmação viria em outro e-mail, embora tão logo fechei a compra pela internet, recebi uma mensagem, via celular, da administradora de meu cartão de crédito confirmando a transação. Espero até hoje o tal e-mail de confirmação da Ingresso.com. Para conseguir o código que me permitiria a troca do ingresso na bilheteria tive que entrar na minha conta do site e imprimí-lo. Não é a primeira vez que isto acontece em compras pela Ingresso.com. Tal compra fiz no dia 18 de maio de 2012 para um show que aconteceria no dia 16 de junho, ou seja, trinta dias de antecedência. Lendo o caderno de final de semana do Correio Braziliense pela internet, descobri que o ingresso poderia ser trocado antes do dia do show na bilheteria do Teatro Oi, mas para mim era tarde demais, pois estava fora de Brasília e só chegaria no sábado, 16 de junho, dia do show. Assim, cheguei no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local do espetáculo, às 19:50 horas, pois o show começaria às 21 horas. A fila para troca de ingressos era enorme e andava lentamente. Para piorar, todo mundo ficava na fila, ao invés de apenas uma pessoa de um grupo ou família, o que aumentava o "bolo de gente" nas imediações do balcão onde funcionava a bilheteria. Até que alguns seguranças tentavam colocar uma certa ordem, mas era um tal de gente procurar conhecidos já na espera para furar fila, que não tinha fim. Além disto, as pessoas com prioridade apareciam aos borbotões, atrasando o atendimento de quem já estava há algum tempo na fila. Todos que esperavam reclamavam da morosidade e da precariedade no atendimento. Quando cheguei no balcão, o relógio marcava 20:55 horas, e ainda havia uma multidão atrás de mim. Realmente estava bem precária a entrega dos ingressos, pois todos estavam impressos e separados por ordem alfabética, com o nome de quem comprou pela internet, mas ao invés de separar por lotes/por guichê, os ingressos ficavam espalhados e as atendentes iam de um lado para o outro buscando-os. Embora no guichê, tive que esperar, pois o lote da letra "L" estava sendo consultado por outra atendente em outro guichê. Antes de entrar no teatro, ganhei um lápis alaranjado da Gol, transportadora oficial do show. Enfim, às 21 horas entrei no Auditório Master. As luzes estavam apagadas perto do palco, o que dificultava enxergar o número das cadeiras. Tinha ingresso em local privilegiado, fileira D, assento 26, em posição central, na direção de onde estava o microfone que seria usado por Milton Nascimento. O auditório ainda estava vazio, sinal de que muita gente ainda esperava na fila para pegar sua entrada e, consequentemente, sinal de que o show começaria depois do horário marcado. Já instalado em meu lugar, um casal chega e diz que eu estava assentado em um dos lugares por eles comprados. Disse que não, que estava sentado no assento correto. Ele pediu para ver meu ingresso, o que atendi prontamente. Meu lugar era no setor vip central, enquanto eles tinham ingresso para o setor vip especial. Eu estava no lugar certo. Vi a mesma situação acontecer mais de uma vez antes do show começar. Acho uma extrema idiotice chamar todos os setores de vip. Seria muito mais fácil dividir o setor por áreas, como as melhores casas de espetáculos fazem em cidades como São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro, do que tentar passar a ideia de que todo mundo é vip. Coisas de Brasília! Com trinta e cinco minutos de atraso, e depois de alguns aplausos e assobios da plateia, os músicos da banda de Milton entraram no palco, e os primeiros acordes de Cais soaram no auditório. Milton Nascimento entrou pelo centro, de óculos escuros e um cachecol, sendo ovacionado intensamente. Ele só falaria com o público, mesmo assim usando poucas palavras, antes de cantar a terceira música. Sua interação com a plateia sempre foi pautada pela timidez e pela economia nas frases, e na noite de sábado não foi diferente. Sua banda, bem afiada, garantia bons momentos nos arranjos das canções que marcaram a carreira de Milton, como as menos conhecidas pelo grande público Vera Cruz e Lágrima do Sul, ou grandes sucessos, como Maria Maria e Travessia, ambas acompanhadas pelo público. Dois convidados especiais participaram do show. O primeiro a ser chamado ao palco foi Lô Borges, que dividiu os vocais com Milton na belíssima Clube da Esquina nº. 2, e em Para Lennon e McCartney, quando, ao entoar a frase "sou do mundo, sou Minas Gerais", Milton provocou um frisson nos mineiros presentes no auditório. também teve seu momento solo por duas vezes, quando cantou seus maiores sucessos, entre eles Um Girassol da Cor de Seu Cabelo. A outra convidada foi Simone Guimarães, que reverenciou o cantor mineiro pedindo a benção, já que ela o tem como padrinho. Com voz marcante, embora visivelmente nervosa, interpretou Morro Velho, em um lindo momento do show. Ponto alto do espetáculo foi quando Milton dedicou a música que executaria a seguir à mulher mais bonita do mundo, sua mãe adotiva. É instrumental e se chama Lília, música que ele afirmou que não deixa de tocar em nenhum de seus shows. Quando ele interpretou marcos de sua carreira, como a já citada Maria Maria, Travessia, Canção da América e Nos Bailes da Vida, ele contagiou de vez o auditório. Belo show em ano especial para Milton Nascimento que comemora 45 anos do lançamento do disco Clube da Esquina, 50 anos de carreira e 70 anos de vida. O peso da idade se faz presente em sua pouca desenvoltura no palco, mas a voz continua linda e ele continua cantando de forma arrebatadora. Mesmo com as dificuldades para pegar o ingresso narradas no início desta postagem, o show foi alto astral, cheio de energia. Foi uma noite inesquecível.

show