A Menina que Matou Os Pais, 2021, 80 minutos.
O Menino que Matou Meus Pais, 2021, 87 minutos.
Ambos os filmes são dirigidos por Maurício Eça, tendo como roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes. No elenco, Carla Diaz (Suzane von Richthofen), Leonardo Bittencourt (Daniel Cravinhos), Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos), Vera Zimmermann (Marísia von Richthofen), Leonardo Medeiros (Manfred von Richthofen), Augusto Madeira (Astrogildo Cravinhos), Debora Duboc (Nadja Cravinhos) e Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen).
Os filmes contam a mesma história, baseada em fatos reais, especialmente os que constam nos depoimentos de Suzane von Richthofen e de Daniel Cravinhos nos processos judiciais em que foram réus acusados de matarem os pais de Suzane.
Eu vi primeiro A Menina que Matos Os Pais, que traz o relato de Daniel Cravinhos sobe como foi usado por Suzane durante o relacionamento dos dois.
Já O Menino que Matou Meus Pais traz a versão de Suzane von Richthofen sobre como foi manipulada por Daniel até chegar ao assassinato dos seus pais.Acusaram os filmes de maniqueístas, mas os depoimentos judiciais dos dois acusados foram desta forma, justamente uma maneira de convencer o Tribunal do Júri que a autoria intelectual do crime era do outro e que tinha sido por ele/ela manipulado para participar do assassinato.
No meu entender, para melhor compreensão de toda a história, o melhor é ver O Menino que Matou Meus Pais antes de A Menina que Matou Os Pais, o contrário do que fiz, pois fica mais fácil de juntar partes do roteiro que parecem soltas em A Menina. Talvez, por isso, tenha gostado mais de O Menino que Matou Meus Pais, pois é mais redondo e não tão dependente de explicações como o outro. Na verdade, não havia necessidade de se fazer dois filmes. Agregando uns vinte minutos a mais em um deles, chegando a uma duração de duas horas, padrão normal de um longa metragem, dava para mostrar as duas versões da mesma história.
Gostei da interpretação dos dois atores principais, embora não tenha sido algo espetacular.
O ponto negativo, para mim, é ter colocado o uso da maconha na conta do articulador do crime. Em um filme, é Suzane quem usa, fazendo com que Daniel também utilize, em outro, é o inverso. Eu não uso maconha, pois passo mal, mas imputar, mesmo que de maneira indireta, o uso da maconha como moldador do caráter dos assassinos é forçar demais a barra. Pode até ser que os roteiristas quiseram ser fiéis aos depoimentos, que podem ter usado isso orientados por seus advogados, já que a sociedade ainda é conservadora em relação ao tema, mas como é uma obra de ficção baseada em fatos reais, poderiam ter alterado esse vício por outro, mais pesado e que realmente altera significativamente o psicológico das pessoas.
Embora também condenado, Cristian Cravinhos não tem seu depoimento retratado no filme.
Vi A Menina que Matou Os Pais, em 09/02/2022, no Prime Vídeo.
Vi O Menino que Matou Meus Pais, em 11/02/2022, no Prime Vídeo.
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