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domingo, 27 de fevereiro de 2022

ARGENTINA - DIA 7 - CONHECENDO ROSARIO

08/01/2022 (sábado) -  Acordei com o alarme do meu celular tocando, às 08:15 horas, mas só me levantei às 09:05 horas. Na noite anterior, antes de subir para o quarto dormir, agendamos nosso café da manhã para 09:30 horas. Exigências devido à Covid 19. Café da manhã incluído na diária do hotel.

Ao chegar na entrada, perguntaram nosso apartamento, mas não encontraram o número na agenda para aquele horário. Pediram para esperar, mas eu disse o nome de quem foi o recepcionista que fez o agendamento. Assim, passamos de imediato. Chegamos primeiro que Emi e Rogério. Escolhemos uma mesa para quatro pessoas. Logo os dois chegaram.

O café da manhã é servido no último piso, em amplo salão, com as mesas bem distantes umas das outras. O sistema é self service, mas para fazer torradas ou mexer em outras máquinas, por causa das restrições que adotaram em prevenção à covid, o hóspede tem que pedir para a pessoa que está no buffet, justamente para atender a esses pedidos.

No buffet, o tradicional do desjejum argentino, ou seja, muitas facturas, media lunas (doces e salgadas), pães, geleias, além de bolos, suco de laranja, frutas frescas e em calda, frios, mel, granola, café, leite quente e frio, iogurte, ovos mexidos, bacon, salsichinha ensopada, entre outras coisas. Infelizmente, não tinha pomelo fresco, nem em suco. Não era época desta fruta amarga que adoro.


Terminado o desjejum, fomos conhecer o terraço que rodeia o salão do café da manhã. Muitas plantas, uma cúpula linda, vista para os prédios da vizinhança, e muito, mas muito calor.

Às 10:45 horas estávamos saindo do estacionamento. O planejado no café da manhã era conhecer alguns pontos turísticos de Rosario. Começamos pelo mais distante de nosso hotel, a Plaza Ernesto "Che" Guevara. Che nasceu em Rosario, motivo pelo qual achamos que teriam várias referências a ele na cidade. Para chegar ao parque, usamos o GPS do celular. Caminho totalmente plano, como toda a cidade o é. Poucas pessoas nas ruas, devido ao forte calor que fazia.


A praça é enorme, com uma ampla área gramada, mas com poucas sombras. Muito mal cuidada, com poucas pessoas no momento em que lá estivemos. A estátua de Che estava toda pichada. Ao lado dela, um muro com pinturas que não primavam por nenhuma beleza, faziam referência a ele. No gramado, restos de trilhos de trem e uma construção de uma estação de trem, em área cruzando a rua, para lembrar tempos passados. Tiramos algumas fotos, retornando para nosso tour. Próxima parada: Parque Independencia.


O parque é bem grande, cortado por larga avenida. Também é mal cuidado, com jardins precisando de um bom jardineiro. Como tem muita sombra, havia gente passeando, incluindo com carrinhos de bebê. Dentro do parque, há diversos mini parques. Um deles, um roseiral, mas o forte calor que assolava a Argentina tinha esturricado as poucas flores que insistiam em enfeitar o lugar. Ao lado deste roseiral, uma fonte com inspiração sevilhana muito bonita chamada Fuente de Los Españoles estava cercada para restauros. Dentro do cercado, dois mendigos fumavam como se não houvesse amanhã. Continuamos caminhando até o lago, onde há passeios pagos de pedalinho e um restaurante bem movimentado. Demos a volta completa no lago, que não é grande, parando ao final em um quiosque, onde comprei uma garrafa de 500 ml de Coca Cola sem açúcar, pagando, em dinheiro, ARS 150,00 (R$ 4,28). O sol forte, acima de nossas cabeças, indicava que era hora de parar para almoçar. Já tínhamos escolhido um restaurante à beira do rio Paraná, o Los Jardines. Andamos de volta até o carro, que estava estacionado na sombra, seguindo direto para o restaurante.

Procuramos um local para estacionar, também na sombra, nas imediações do restaurante, mas não encontramos. Colocamos o carro no sol mesmo. Andamos uns 50 metros até a entrada do restaurante, que fica em uma encosta do rio. Há duas possibilidades de acesso, por escada ou por elevador. Eu e Rogério optamos por essa última, enquanto os fumantes desceram pelas escadas. O elevador tem acesso direto ao Los Jardines. Para chegar ao salão comedor, passamos por uma pequena galeria de arte, onde alguns desenhos estavam expostos. Eram 13:00 horas quando nos acomodamos em uma mesa no salão principal, área interna, com ar condicionado que garantia um ambiente agradável.

Restaurante: Los Jardines.

Endereço: España y Barrancas del Parana, s/n, Rosario, Santa Fe, Argentina.

Instagram: @losjardinesrosario

Data: 08/01/2022 (sábado) - almoço.

Especialidade: peixes de rio.

Tempo no local: 2 horas.

Valor pago: ARS 4.180,00, com cartão de crédito (R$ 252,20 na conversão do cartão, já incluído o IOF). Valor para duas pessoas (eu e Gastón).

Ambienteo restaurante fica na encosta do rio, cujo acesso se dá pelo elevador ou por escadas desde o parque que margeia o rio Paraná. Há mesas em um deck externo, protegidas com ombrelones. Um salão climatizado, com pé direito alto, decoração rústica, paredes de tijolinho aparente, mesas de madeira sem toalhas, objetos de decoração com motivos de água. No salão interno, há um balcão de onde saem os drinques pedidos na casa.

Serviço: as mesas externas são interessantes, pois se tem uma linda visto do rio, mas preferimos ficar em local com ar condicionado. A garçonete que nos atendeu foi muito cortês, esclarecendo nossas dúvidas. As bebidas chegaram rapidamente à mesa, assim como os pratos que pedimos. Cobram ARS 150,00 por pessoa a título de serviço de mesa (cubierto).

A experiência
eu e Gastón começamos com uma empanada al horno de pescado (ARS 200,00), que chegou quentinha, assada quase naquela hora. O recheio de peixe estava bem temperado, muito bom, mas não era farto. Dividimos a empanada apenas para experimentar e aprovamos. O nosso foco era o peixe de rio, motivo pelo qual pedimos um dorado asado en la parrilla, que servia duas pessoas (ARS 2.400,00). Os acompanhamentos são cobrados à parte. Para acompanhar, nossa escolha foi pure de calabaza (ARS 400,00). Prato bem servido, realmente comem duas pessoas à vontade, quiçá até três. Peixe bem cozido, carne branda. Estava muito bom. Excelente pedida. O purê de abóbora estava delicioso também, levemente adocicado, quase sem sal, harmonizando perfeitamente com o peixe.


Terminado o almoço, fomos caminhando até nossa próxima parada turística, que também fica às margens do Rio Paraná, o MACRO - Museo de Arte Contemporáneo de Rosario. O museu ocupa um antigo silo, cujas paredes em forma de cilindro estavam pintadas em cores pasteis que chamam a atenção de quem passa na avenida em frente. Quando chegamos na entrada, uma frustração. Um cartaz informava que o museu não funcionaria naquele final de semana. Não havia justificativas para tal fechamento. Na parte de baixo do museu, há um bar com vista para o rio. Voltamos para o carro, que estava super quente internamente por causa do sol que ficou batendo nele todo o tempo em que ficamos no restaurante.


Seguimos na avenida que margeia o rio para ver uma interessante escultura de um barco branco, parecendo aqueles barquinhos de papel que a gente fazia quando era criança. Está localizada na região chamada de Puerto Norte, que passa por um processo de revitalização, com muitos bares e restaurantes descolados, belos edifícios residenciais e comerciais. A escultura fica na rotatória da Avenida de La Costa com a Avenida Francia, tendo como autores os arquitetos rosarinos Gustavo Augsburger e Daniel Kosik (lógico que pesquisei no oráculo Google). É uma obra simples que chama bastante a atenção.

Retornamos ao hotel, pois o sono gritava para todos. Antes de entrar, fomos ao quiosque em frente para comprar uma garrafa de 1,5 litros de água sem gás Nestlé, de baixo sódio e um maço de cigarro, pagando, em espécie, ARS 450,00 (R$ 12,86). Eu dormi de 16:40 até às 19:00 horas. Levantei, tomei um longo e refrescante banho, troquei de roupa, descendo para sair para jantar. Escolhemos um restaurante pelo qual passamos na porta de carro, achando-o interessante. Consultando na internet, verifiquei que era um clássico da cidade. Ficava a três quadras de nosso hotel. Fomos a pé para o El Cairo.

Lá chegando, o recepcionista nos perguntou se estávamos chegando para o show. Resposta negativa. Ele então explicou que aquela noite teria um show cover da banda Soda Stereo, que Gastón adora. Se sentássemos do meio do restaurante para o palco, pagava-se couvert artístico por pessoa (ARS 400,00). Do meio para trás, somente pagava-se o consumido. Optamos por sentar mais ao fundo, perto da porta.

Restaurante: El Cairo.

Endereço: Santa Fe, 1.102, Rosario, Santa Fe, Argentina.

Instagram: @barelcairo

Data: 08/01/2022 (sábado) - jantar.

Especialidade: petiscos de bar, culinária argentina clássica.

Tempo no local: 3 horas.

Valor pago: ARS 3.560,00, com cartão de crédito (R$ 218,79 na conversão do cartão, já incluído o IOF). Valor para duas pessoas (eu e Gastón). Deixamos ARS 200,00 de gorjeta. A conta total foi divida por igual entre os dois casais (total da conta: ARS 7.320,00).

Ambienteé um bar clássico da noite rosarina, com palco para shows ao vivo, pelo qual se cobra couvert artístico. Na noite em que fomos, havia o show de uma banda cover da famosa Soda Stereo, banda de rock argentino que não mais existe. O salão é amplo, com pé direito alto, bem climatizado. mesas de madeira, com cadeiras confortáveis (um assento acolchoado garantia o conforto). O tom amarelado predomina na decoração.

Serviço: ótimo atendimento na recepção, com explicação sobre o show (quem sentava do meio do salão para trás não pagava couvert artístico, apenas o que consumia). Garçons atentos às mesas. Pratos pedidos chegaram em bom tempo à mesa, especialmente os petiscos. Durante o show, a energia acabou duas vezes, tendo que ser utilizado gerador de luz, mas não atrapalhou o atendimento. De onde sentamos, mais perto da entrada do restaurante, ouvimos todo o show, que não atrapalhou nossa conversa.

A experiênciapor se tratar de um bar, resolvi apenas petiscar. Começamos compartilhando anéis de lula à dorê, acompanhados de molho tártaro (ARS 1.000,00). Estavam bem fritas, mas não uniformes no cozimento. Algumas eram macias, deliciosas, enquanto outras estavam em um ponto borrachudo. Junto com os anéis de lula, vieram empanadas fritas de carne (ARS 450,00 a porção com três unidades). Massa deliciosa, recheio farto, mas com muito cominho para meu gosto. Mesmo com o cominho, estava gostosa. Como estava em Rosario, pedi um carlito especial tamanho normal (ARS 850,00).


O sanduíche é feito com pão de miga tostado e, no caso, era recheado com presunto, queijo, pimentão vermelho, azeitonas verdes, ovo cozido e, claro, o seu item que o caracteriza, o ketchup. Vieram seis pedaços, bem tostados, maravilhoso. Não consegui comer tudo. Durante a permanência no El Cairo, bebi um exprimido de naranja (ARS 300,00), que tinha um gosto residual de laranja passada, e uma garrafa de 500 ml de Coca Cola sem açúcar (ARS 240,00). Já Gastón compartilhou duas garrafas de vinho com Rogério e Emi, além de uma água mineral Eco de Los Andes com gás (ARS 200,00) e o drinque mais consumido na Argentina, o Fernet con Coca (ARS 450,00). Para comer, além dos petiscos aqui mencionados, Gastón pediu milanesa a la fugazzeta (ARS 850,00).

Depois de uma ótima noite no El Cairo, retornamos para o hotel. Já eram 23:40 horas quando saímos do restaurante. O dia foi quente. Eu queria uma cama para descansar. O mesmo Gastón e Rogério. Emi começou a reclamar que era um absurdo irmos deitar cedo em noite de sábado. Na porta do hotel, ele avisou que sairia sozinho. E assim foi Emi para a balada rosarina.

Na recepção do hotel, agendamos o café da manhã para às 09:30 horas do dia seguinte, deixando claro que naquela manhã não encontraram nossa reserva. Era outro recepcionista, que lançou imediatamente no computador o horário que pedimos.

No quarto, o sono veio logo.

Continua...



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