02/01/2022 (domingo) - saímos do Aeroparque para entrar na fila do táxi. Eram 22:45 horas. O calor do lado de fora estava muito forte, com o tempo abafado. Nós, de calça comprida e com malas. Entrei na fila, que era surreal de tão grande, enquanto Gastón retornou para dentro do aeroporto. Ele estava há horas sem fumar. Foi comprar cigarro. A fila estava organizada, mas era em função dos próprios passageiros, pois ninguém fazia um controle efetivo, como existe, por exemplo, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Não havia ninguém para acelerar o embarque, deixando o motorista dentro do carro, enquanto um empregado coloca as bagagens do passageiro no porta malas do táxi. Lá, o motorista saía do carro, abria o bagageiro, deixava para o passageiro colocar suas malas, fechava, entrava no carro e, só então, partia. Isto é, se a fila paralela de carros deixasse, pois havia muita gente sem noção que parava o carro particular para embarcar parentes e amigos, fazendo uma contenção no trânsito. Nenhum policial para mandar os carros saírem da pista de rolamento.
Até que não faltava táxi, mas a lentidão no embarque fazia com que a fila só crescesse. E ainda tinha gente na fila que não havia feito a leitura do QR Code, o que causava mais demora. Tinha uma banca com um empregado para ajudar nesta questão do QR Code, mas enquanto estivemos na fila, dois empregados, que se revezaram na banca, sempre estavam de costas para a fila e trocando mensagens no celular.
Somente às 23:25 horas conseguimos entrar no táxi. Motorista mal humorado, com cheiro de cigarro. O carro não primava pela limpeza. O motorista só colocou a máscara quando entrou no carro. Pedi para desligar o ar condicionado e abri as janelas. Preferia o ar quente de fora do que o cheiro de cigarro do motorista. O taxista foi em alta velocidade para o hotel, passando sinal vermelho. Em duas oportunidades, ele freou o carro encima de outro, quase causando uma colisão. Também quase atropelou uns jovens que atravessavam a faixa de pedestre fazendo uma filmagem.
Eram 23:40 horas quando o táxi estacionou em frente ao nosso hotel, o Huinid Obelisco Hotel (Sarmiento, 1.431, Monserrat). Embora o valor da corrida fosse ARS 938,90, deixamos ARS 950 com o motorista. Pelo menos ele ajudou a colocar e a tirar as malas do bagageiro de seu carro.
Ao entrar no hall do hotel, que tem um pé direito enorme, foi um alívio, pois o ar condicionado estava em ótima temperatura. O atendimento no check in foi super cordial, muito simpático. O atendente foi rápido. Preenchemos a ficha de registro de hóspedes, recebemos as informações sobre wi-fi, quando ele nos informou que o café da manhã não estava incluído na diária. Imediatamente Gastón pegou a confirmação da reserva, feita pelo Booking, mostrando ao recepcionista que o café da manhã estava incluído. Ele se desculpou, arrumou no sistema e nos entregou dois cartões magnéticos, que deveriam ser usados tanto no elevador para acessar nosso andar, quanto para abrir o quarto e acionar a eletricidade dentro dele. Explicou, ainda, que devido à Covid 19, o frigobar do quarto estava vazio, mas que poderíamos comprar água no bar do lobby do hotel. Habitación 6103, sexto andar. Tivemos que fazer o pagamento no ato do check in. Ficou em ARS 9.051, pagos com cartão de crédito (na conversão para Real, ficou em R$ 550,11, já incluído o IOF).O quarto era espaçoso, com vistas para o próprio hotel e telhados dos prédios vizinhos. Ligamos o ar condicionado, deixando-o em 23º C. Colocamos bermuda. Calça comprida somente seria por nós usada novamente no dia de nossa volta. Calcei um chinelo e saímos para tomar um sorvete nas imediações do hotel.
Já era início da madrugada de segunda-feira, 03/01/2022. Fomos na famosa Heladeria Cadore.
Endereço: Avenida Corrientes, 1695, esquina Rodriguez Peña, San Nicolás, Buenos Aires, Argentina.
Instagram: @heladeriacadore
Data: 03/01/2022 (segunda-feira) - refresco no início da madrugada, devido ao calor infernal que fazia na cidade.
Especialidade: sorvetes, mas tem algumas sobremesas também.
Tempo no local: meia hora, sentado no banco da calçada em frente.
Valor pago: ARS 550, com cartão de crédito (na conversão para o Real ficou, já com o IOF incluído, R$ 33,40).
Serviço: foi rápido o atendimento, tanto no caixa, quanto no balcão para pegar os sorvetes que escolhemos. Atendentes sorridentes e prestativos.
Curiosidades: Cadore figurou entre as 10 melhores sorveterias do mundo no livro da National Geographic Food Journeys of a Lifetime. Suas origens remontam à Itália, tendo sido instalada em Buenos Aires em 1957 no mesmo endereço em que permanece até os dias atuais. Foi declarada, pelo Poder Legislativo, local de interesse cultural da Cidade de Buenos Aires.
Ambiente: é uma loja bem pequena e estreita, sem mesas ou balcão. À esquerda ficam o caixa, onde se faz o pedido e efetua-se o pagamento antes de receber o sorvete, e o balcão de atendimento. Os sorvetes não ficam expostos para o público, em refrigeradores de vidro, algo incomum para uma sorveteria. Para escolher o sabor, há um painel na parede atrás do balcão de atendimento com todas as opções. Iluminação bem clara, com luzes brancas. Para tomar o sorvete, há bancos na calçada em frente à entrada da sorveteria.
A experiência: há quatro tamanhos a escolher. Eu escolhi o menor deles, podendo colocar até dois sabores, enquanto Gastón ficou com o tamanho médio, também com a possibilidade de eleger até dois sabores. Antes de escolher, perguntei ao atendente quais sabores eram sem açúcar. Doce ilusão. Não há sabores sem açúcar, ou seja, diabéticos não podem experimentar o sorvete da Cadore. São 53 sabores à disposição, desde os mais clássicos, como chocolate, morango e limão, passando pelos premiados sorvetes de doce de leite, chegando a sabores de temporada. Alguns sabores inusitados: panetone e strudel.
Sorvete: escolhi o menos doce possível, sem leite, pois queria algo refrescante, além de ter sido diagnosticado em dezembro de 2021 com uma diabete branda. Minha opção foi um sabor da temporada, mango-naranja. Fiquei somente neste sabor. Gastón escolheu dois sabores: zabaione e doce de leite. Ambos servidos na casquinha. Gastón sempre fica "empalagado" (algo como enjoado pelo doce na garganta) rapidamente, não comendo tudo, mas gostou demais dos sabores que pediu. Eu confesso que esperava mais para um local cheio de prêmios e badalação. Pode ser que minha escolha não tenha sido muito feliz, que era melhor escolher sabores mais consistentes, como chocolate ou doce de leite, mas valeu a experiência. O sorvete era gostoso, mas não fez minha cabeça.
Terminado o sorvete, caminhamos pela Avenida Corrientes até perto do Obelisco, mas estávamos muito cansados e com sono, resolvendo voltar para o hotel. Antes, porém, paramos na loja Open 25 horas para comprar água (duas garrafas de 500 ml cada uma de água sem gás Eco de Los Andes com baixo sódio) e uma garrafa de Paso de Los Toros Pomelo de 220 ml. Por estes itens, pagamos ARS 250 (algo em torno de R$ 14,00), em espécie.
Retornamos ao hotel. No quarto, uma rápida chuveirada, pijama e cama. Apaguei.
Continua...
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