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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

ARGENTINA - DIA 5 - PRAIA DE RIO E PASSEIO DE TREM FAKE - FEDERACIÓN, ENTRE RIOS

06/01/2022 (quinta-feira) - despertei com o alarme de meu celular, que toca todos os dias às 08:15 horas. Levantei com muita preguiça. Mais uma vez, Gastón saiu para comprar facturas, pães, frutas, leite e suco para o café da manhã. Aproveitou para comprar ingredientes para o nosso almoço.

A família Almada armou as mesas na copa/cozinha do hotel, pois ninguém queria cachorro de novo pulando nas mesas para roubar nossa comida, além de evitar o vento.

Tomamos café sem pressão de sair, pois nada tínhamos programado. Assim que todos terminaram, recolhi os utensílios de nosso quarto para lavar, mas foi Rogério quem os lavou. Tomei um banho e resolvi ler as notícias do Brasil no meu celular. Em menos de 5 minutos, eu já tinha largado o celular, deitado e voltado a dormir. Nem a algazarra que todos faziam na piscina, que ficava em frente ao nosso quarto, me atrapalhou.

Só acordei com Gastón me chamando para almoçar, por volta de 15:00 horas. Ele tinha feito dezenas de sanduíches de miga, uma iguaria típica da Argentina, que eu amo. O pão é o de forma, mas super fino e macio, sem as cascas, recheado com vários sabores, sempre bem molhadinho. Gastón fez os sanduíches com recheios de presento e queijo, tomate e queijo, ovo cozido amassado com maionese (o melhor sempre), atum com maionese, muçarela, e presunto com tomate. Quando vi as montanhas de sanduíches na mesa, devidamente envoltos em panos de prato úmidos para manter a umidade, pensei que tinha sido um exagero. Que nada, não sobrou um para contar história. Ainda comeram carne que tinha sobrado do assado da primeira noite. Eu fiquei somente nos sanduíches de miga e refrigerante Manaos sabor pomelo.

Terminado o almoço, trocamos de roupa, quando novamente coloquei roupa de banho, camisa de manga comprida com proteção UV e chapéu, entramos no carro com destino às praias do Rio Uruguay. Fomos apenas eu, Gastón, Emi e Rogério. Escolhemos a com mais estrutura delas, com um bar, a Playa Grande. Rogério, Gastón e eu não tínhamos vontade de entrar na água, mas pelo menos senti como estava fria colocando meus pés nas margens do rio. Água bem limpinha. Na areia, que era cheia de pedregulhos, algumas barracas meia-lua protegiam os frequentadores do vento e do sol. Era tarde, mas o sol ainda castigava. Sombra só havia no bar para quem não tinha as tais barracas, para onde nos dirigimos. No entanto, nem paramos, pois colocaram uma música em volume ensurdecedor. Resolvemos caminhar pelo calçadão, onde tem muitas árvores com ótima sombra, bancos para se sentar e ver o dia passar.

Emi quis entrar na água. Escolhemos um banco protegido por sombra, sentamos e ele foi para a água, mas não entrou, enquanto Gastón voltou ao bar para comprar sorvete Simba, cujo quiosque ficava ao lado do tal bar. Ele voltou com um pote de 250 ml (ARS 400,00) com os sabores flocos de chocolate, flan e pêssego. Gostei, mas não como o Cremolatti que tomei no dia anterior.

Nosso plano era fazer o passeio em um ônibus travestido de trem, que fazia um tour pela cidade, incluindo a parte antiga da cidade que foi parcialmente inundada pela represa construída no Rio Uruguay. O passeio tinha início às 18:00 horas. Por isso, saímos da praia às 17:30 horas. O ponto de partida do trem é na Avenida Entre Rios, próximo à entrada do Parque Termal.

Estacionamos o carro bem próximo do trem. Fui até a bilheteria, onde uma simpática mulher me atendeu. O ingresso individual custou ARS 800,00. Não aceita pagamento em cartão de crédito. Por dois bilhetes, pagamos ARS 1.600,00 (R$ 45,72), em espécie. Enquanto eu fiquei esperando para embarcar no "Viaje Expresso", Gastón, Emi e Rogério foram ver artesanato em uma loja em frente. Quando iniciaram o embarque, às 17:45 horas, Gastón voltou correndo, pois precisava ir ao banheiro. Resolveu pegar o carro e ir ao hotel. Ele tentaria chegar ainda antes do tour partir. Quando o motorista ligou o ônibus, dizendo que sairia, Gastón apareceu buzinando. Deu tempo para ele entrar antes de iniciarmos o passeio.

Eu tinha expectativas quanto ao passeio na cidade antiga, pois imaginava ver ruínas parcialmente cobertas pelas águas da represa, mas foi uma decepção. O que vimos foi só madeireiras em funcionamento, estrada de terra, e uma torre de igreja ao longe. A guia, que explicava muito bem toda a história da cidade, que já tinha se mudado de lugar três vezes, disse que por causa das condições precárias, nem todas as ruas poderiam ser transitadas, especialmente as mais próximas da água. Além das madeiras, outra atividade econômica da parte antiga era a produção de mel. Como é comum em excursões deste tipo, paramos no Apimania, onde ouvimos uma ótima exposição sobre o processo produtivo e a importância das abelhas para o mundo, além de saber um pouco mais sobre todos os produtos que podem ser extraídos de uma colmeia e para que servem. Na saída, uma loja com os produtos do local. Comprei dois pacotes de balas, um de própolis com mel e outro de menta com mel, pelos quais paguei ARS 260,00 (R$ 7,42), em espécie. Voltamos para o ônibus, que retornou para o ponto de partida, passando ao largo das praias. Passando pela Playa Bali, que fica próxima à ponte sobre o Rio Uruguay, vimos a família Almada.

Chegamos ao ponto inicial às 20:00 horas. Na esquina, uma pequena multidão se formava em torno de uma parrilha montada na rua. Um cartaz dizia Kavuré Chipá. Um casal assava chipá (uma espécie de pão de queijo, muito comum no Paraguai) em espetos na parrilha. Resolvemos experimentar. Gastón comprou dois, um simples e outro com calabresa na massa. Os dois, que compartilhamos entre nós quatro, ficaram em ARS 550,00 (R$ 15,71), também pagos em dinheiro.

Entramos no carro ainda comendo, indo ao encontro da família Almada na Playa Bali. Eram 20:30 horas quando lá chegamos. O por do sol estava lindo. Sentei em um cadeira de praia que eles tinham levado, apreciando a mudança de cor do céu, que ficou amarelado. Gastón foi andar de caiaque, ou melhor, foi tentar sair do lugar nas margens do rio. Pelo menos, posou para fotos. Ficamos ali até 21:30 horas, quando retornamos para o hotel. Antes, porém, paramos no centro comercial em frente aos parques aquáticos para Emi e Rogério comprarem vinho. Enquanto esperava, eu e Gastón tomamos uma Fanta Laranja e um Sprite, que custaram ARS 170,00 (R$ 4,85).


Chegamos ao hotel às 21;40 horas. Ninguém tinha vontade de sair para comer. Todos decidiram por pedir pizzas e empanadas por delivery. Solange se encarregou de consultar no Facebook as opções. Ela fez o pedido.

Enquanto esperava, fui tomar outro banho para refrescar, pois a noite estava abafada.

A encomenda não demorou a chegar. Ficamos novamente na copa/cozinha comunitária do hotel, onde fizemos nossa refeição da noite. 

Gastón fez as contas dos valores que foram gastos para o café da manhã, o almoço e o jantar deste dia, fazendo a divisão por todos os presentes. O valor individual ficou ARS 1.730,00 (R$ 49,43).

Mais uma vez, cada um recolheu os utensílios de cozinha de cada quarto para lavar. Eu voltei para o quarto, arrumei a mala, pois deixaríamos Federación na manhã seguinte, logo após o café da manhã. Nosso destino: Rosario.

Deitei já no início da madrugada de 07/01/2022.

Continua...

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