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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

ARGENTINA - DIA 2 - BUENOS AIRES - PARTE 2

 03/01/2022 (segunda-feira) - Com fome, saímos caminhando pela Avenida Corrientes. Embora já fosse mais de 19:30 horas, o dia ainda estava claro. O calor era abafado. Muita gente caminhando pelas calçadas da avenida, alguns com pressa, outros vendo a vida passar. Eu queria algo rápido, tipo empanada, mas Gastón queria conhecer um local novo, uma nova pizzaria. Era a Sbarro, filial de pizzaria de Nova York, famosa pelo tamanho gigante da pizza e pelo formato quadrado. Eu protestei. Afinal, estávamos em Buenos Aires, onde tem as melhores pizzarias clássicas, muitas deles figurando em guias internacionais como as melhores do mundo. Trocar uma autêntica pizzaria portenha por uma americana, que eu já tinha ido quando estive em Nova York e não tinha gostado, nem pensar.. Rogério e Emi não se manifestaram. Gastón, então, sugeriu irmos à Banchero, que estava exatamente do outro lado da avenida, em nossa frente.

Restaurante: Pizzeria Banchero.

Endereço: Avenida Corrientes, 1300, esquina Talcahuano, San Nicolás, Buenos Aires, Argentina.

Instagram: @pizzeriabanchero

Data: 03/01/2022 (segunda-feira) - lanche.

Especialidade: pizzas.

Tempo no local: 45 minutos.

Valor pago: ARS 1.265,00, com cartão de crédito (na conversão para o Real ficou, já com o IOF incluído, R$ 79,89). Valor para duas pessoas (eu e Gastón).

Serviço: entramos e escolhemos a mesa, sem nenhuma interferência dos garçons. Mesa para quatro pessoas (eu, Gastón, Rogério e Emi). O atendimento foi meio distante, sem muita interação com nossa mesa, mas foi eficiente e rápido. As pizzas são vendidas em fatias ou completas. No caso, tínhamos pedido 4 fatias, mas o garçom nos sugeriu pedir uma completa pequena, que vinha com as mesmas quatro fatias. Quando a pizza ficou pronta, servida em uma forma de alumínio, o garçom a colocou na mesa, sem servir os pratos. Nós mesmos que nos servimos. Fica mais barato comer a fatia no balcão da casa.

Curiosidades: pizzaria fundada no bairro La Boca em 1932. Inventou a famosa pizza fugazzeta con queso, hoje um clássico presente nos cardápios da maioria das pizzarias portenhas. Tem quatro unidades na Província de Buenos Aires e uma unidade em Miami.

Ambiente
a pizzaria fica em uma esquina em local muito movimentado da Avenida Corrientes por causa dos inúmeros teatros da região. Parede do fundo revestida de madeira, com fotos que contam a história da Banchero e o nome da pizzaria em destaque. As laterais da Avenida Corrientes e da Calle Talcahuano são de vidro, permitindo que quem está transitando veja o seu interior. Geladeiras com cerveja garantem o estilão de bar. Há um balcão para quem está com pressa, dispensa o serviço de mesa, comendo sua fatia individual de pizza. As mesas são de madeira com cadeiras confortáveis, mas o espaço entre uma mesa e outra é bem apertado.

A experiência: a nossa ideia era apenas um lanche rápido com Rogério e Emi que tinham acabado de se juntar a nós na viagem. Nossa opção foi pelo prato mais famoso da Banchero, ou seja, a pizza fugazzeta con queso. Pedimos o tamanho pequeno, com quatro fatias. Para beber, eu pedi o refrigerante que mais gosto quando estou na Argentina, Paso de los Toros Pomelo, enquanto Gastón pediu um chopp. O recheio da pizza é cebola cortada em tiras, orégano e muçarela, mas muita muçarela mesmo. Decorando cada pedaço da pizza, uma solitária azeitona preta com caroço. A massa praticamente desaparece de vista com tanto queijo, mas seu sabor é presente, gostosa, levemente salgada. Gostei muito, a ponto de querer outra fatia, mas resisti, pois ainda teríamos um jantar pela frente. Um clássico portenho.

Durante a estadia na pizzaria, Gastón consultou amigos que moraram na região algumas dicas de onde jantar por ali. Indicaram dois locais clássicos: El Tropezón e Los Galgos.

Terminado esse lanche mais com cara de jantar, voltamos para o hotel. A ideia era um banho, trocar de roupa e nos encontrar às 21:30 horas na recepção para voltarmos à rua, desta feita para jantar.

Dito e feito. Às 21:30 horas, todos prontos na recepção. Decidimos por ir ao El Tropezón, que ficava perto do hotel. Gastamos cerca de 10 minutos caminhando para chegar até o restaurante.

Restaurante: El Tropezón.

Endereço: Avenida Callao, 248, Buenos Aires, Argentina.

Instagram: @eltropezonrestaurant

Data: 03/01/2022 (segunda-feira) - jantar.

Especialidade: culinária espanhola, com destaque para o puchero.

Tempo no local: 1 hora e 45 minutos.

Valor pago: ARS 1.883,00, com cartão de crédito (na conversão para o Real ficou, já com o IOF incluído, R$ 113,80). Valor para duas pessoas (eu e Gastón).

Serviço: entramos e escolhemos a mesa para quatro pessoas (eu, Gastón, Emi e Rogério), pois estava bem vazio o restaurante quando chegamos, às 21:45 horas. Garçom atento, se aproximou logo, entregando os cardápios. Esclareceu as dúvidas que tínhamos. Ouviu os pedidos de comidas e bebidas sem anotar nada e não houve erros na chegada dos nossos pedidos. Os pratos chegaram em tempo adequado, algo em torno de meia hora após o pedido.  Como na maioria dos restaurantes portenhos, o serviço de mesa é cobrado (ARS 170 por pessoa).


Curiosidades: Carlos Gardel era frequentador assíduo, cujo prato predileto era o puchero. Ele sempre se sentava na mesma mesa, a de número 48. Sem saber, nós nos sentamos exatamente nessa mesa, que tem uma espécie de microfone dourado com o seu número, única com esse adereço. Foi declarado "sitio de interés cultural" (lugar de interesse cultural) pelo Poder Legislativo da Ciudad Autonoma de Buenos Aires (CABA) em 2019.

Ambientesalão amplo, com paredes laterais revestidas de tijolo aparente. No lado direito, um bar maravilhoso, com várias cadeiras altas para quem quer tomar um drinque apenas, esperar por uma mesa em dias de muito movimento, ou até mesmo uma refeição rápida. No mesmo balcão, há uma vitrine com chamativas sobremesas. No fundo do salão, as mesas são redondas, com um sofá preto de espaldar alto e reto em um lado e cadeiras de madeira do outro. O mesmo sofá alto está na lateral esquerda, servindo de assento para algumas mesas. No centro do salão, mesas somente com cadeiras, onde nos sentamos, pois fico incomodado com estes sofás. Há muitos detalhes na decoração que merecem ser apreciados.

A experiência: deu vontade de pedir um puchero (uma espécie de cozido português), mas estava uma noite muito quente e eu não estava com a mínima fome. O garçom nos disse que o puchero servia duas pessoas. Resolvemos compartilhar, entre todos da mesa, outro clássico da casa, a tortilla española. Gastón pediu para a tortilha vir babé, ou seja, com recheio mais cremoso. A aparência e o aroma do prato quando chegou à mesa já despertaram as minhas salivas gustativas. O garçom dividiu a tortilha em quatro pedaços, servindo cada um de nós. Por fora, tostada, com coloração dourada. Por dentro, amarela, escorrendo um caldo aromático ao ser partida. Na boca, uma maravilha. Ao terminar a entrada, me dei por satisfeito. Gastón pediu, como prato principal, uma milanesa ternera napolitana con puré de papas. Prato bem servido, com um bife de carne de vitelo enorme, bem empanado, sequinho por fora, macio demais por dentro. Como cobertura, queijo em abundância, rodelas de tomate, molho de tomate e orégano salpicado por cima. Experimentei um pedaço bem pequeno por insistência de Gastón. Se estivesse com fome, devoraria rapidamente, pois estava bem gostoso. Para beber, fui de Coca Cola sem açúcar.

Terminado o jantar, resolvemos voltar para o hotel, pois na manhã seguinte pegaríamos um carro para uma longa viagem até a cidade de Federación, na Província de Entre Rios.

Caminhamos para o hotel, mas desta vez, preferimos voltar pela movimentada Avenida Corrientes.

Antes de dormir, arrumei a mala para nossa viagem do dia seguinte. O mesmo fez Gastón.

Continua...

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