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domingo, 13 de fevereiro de 2022

CABEÇA, UM DOCUMENTÁRIO CÊNICO


Dei uma pausa nos filmes e séries, sempre vistos no aconchego de meu lar, para ir conferir o espetáculo Cabeça, Um Documentário Cênico, que integra a vasta programação do Festival Rock Brasil 40 Anos, em cartaz no CCBB de Belo Horizonte no período de 26 de janeiro a 21 de fevereiro de 2022.

Comprei a entrada antecipadamente na pré-venda para clientes Ourocard, pagando meia entrada, R$ 15,00, pelo aplicativo da Eventim. Eram dois dias de espetáculo, 02 e 03 de fevereiro, quarta e quinta-feira, Teatro I do CCBB BH, às 20:00 horas.

Lembro-me que este espetáculo esteve em cartaz em Brasília em 2017, mas eu já havia me mudado para Belo Horizonte, ficando com vontade de vê-lo. Enfim, pude conferir no dia 02/02/2022.

Seguindo os protocolos de segurança impostos pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para conter o avanço da variante omicron da Covid 19, era obrigatória a apresentação de certificado de vacinação completo antes de fazerem a leitura do ingresso. Também por causa da Covid, o teatro abriu as portas meia hora antes do início do espetáculo. Eu cheguei cedo, aproveitando para conferir a bela exposição sobre Nise da Silveira - Nise, a revolução pelo afeto - no térreo do centro cultural. Às 19:30 horas apresentei meu certificado de vacinação com três doses, meu ingresso, entrando em seguida, acomodando-me no assento previamente escolhido no momento da compra.

Ao soar o terceiro sinal, a plateia era bem pequena. A ocupação nem chegava a 1/3 da capacidade do teatro. Todos os presentes usavam máscaras cobrindo boca e nariz. A peça teve início com dez minutos de atraso.

Cabeça, Um Documentário Cênico, escrito e dirigido por Felipe Vidal, que também atua no espetáculo, tem oito atores-cantores no palco, que formam uma banda que apresenta o icônico disco Cabeça Dinossauro, lançado em 1986 pelo grupo Titãs (meu grupo preferido do Rock Brasil). A apresentação, ao vivo, com os músicos também tocando os instrumentos, é potente. Eles executam as músicas do disco na ordem em que está no vinil, Lado A e Lado B. Inclusive, há um intervalo de dez minutos quando termina a execução do Lado A.

Fazendo ligações com as músicas, há uma contextualização com os fatos ocorridos em 1986, com paralelos para os dias atuais, além de depoimentos da vida pessoal de cada um dos oito integrantes do grupo, o coletivo teatral Complexo Duplo, sobre suas vivências em 1986. Também há uso de recursos multimídia, como projeções enquanto há os depoimentos dos atores, e até mesmo cenas de show dos Titãs (o final une a música O Que cantada no palco com um show do grupo paulista, ainda com Arnaldo Antunes no vocal).

Na contextualização político-social, entre outras, há menções ao crescimento das religiões neopentecostais ao longo das trinta décadas que separam o lançamento do vinil Cabeça Dinossauro, em 1986, e o ano de lançamento do espetáculo, em 2016.

E temos direito a um bônus track, Vai Pra Rua, que não entrou no vinil por falta de espaço e foi lançada no CD lançado em 2016 em comemoração aos trinta anos do disco.

Citações pontuais do Rock Brasil dos anos 1980 estão nas falas dos atores, como músicas do Kid Abelha, Barão Vermelho, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, entre outros.

Um ótimo espetáculo. Pena que o público era pequeno.



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