O restaurante Beluga é badalado na Cidade do Cabo, estando sempre repleto de gente. Foi o primeiro restaurante na viagem que vi a maioria das pessoas arrumada, bem vestida, o que não é muito comum em Cape Town. Eles não ligam muito para a roupa que vão usar. Há uma área externa enorme, localizada no pátio de acesso ao restaurante, que fica dentro de uma construção de tijolinho aparente chamada The Foundry. Tínhamos reserva para 20 horas. Fomos acomodados no enorme salão interno, que possui mais de um nível. Ficamos bem próximos de uma janela. O interior é bem escuro, com iluminação fraca, com focos nas mesas. Para ler o cardápio precisei usar a lanterna do meu celular. Enquanto tive uma experiência sensacional no almoço do dia 03 de janeiro, não posso falar o mesmo do jantar deste mesmo dia no Beluga. O serviço é muito bom. Fomos atendidos por uma garçonete eficiente, que tirou nossas dúvidas do imenso cardápio do restaurante. Até saciou nossa curiosidade em relação à mesa ao nosso lado. Um casal tinha pedido um vinho tinto, reclamou qualquer coisa e ela trouxe uma taça de um vinho branco. Eles colocaram um pouco do vinho branco no tinto para continuar a beber o vinho inicial. Ela explicou que eles acharam o vinho muito seco e queriam algo para torná-lo mais doce ao paladar. Ela trouxe uma taça de vinho de sobremesa e resolveu o problema. Um horror, um horror, um horror, como diria Emi. Beluga não tem uma especialidade definida. Seu menu traz opções de sushi, de dim sum (aqueles bolinhos chineses), de carnes grelhadas, de peixes e frutos do mar. É um local que agrada a muitos paladares. Pedimos uma água mineral com e sem gás Richeneau e o vinho branco Fleur du Cap unfiltered (não filtrado) da casta sauvignon blanc (R269 - R$ 58,30). Eu sentia um calor enorme dentro do salão e este vinho veio amenizar este sofrimento. Como couvert, trouxeram uma cesta de pães de cebola, servidos quentinhos. Muito saborosos. Depois começou meu martírio gastronômico. Pedimos uma entrada para compartilhar. Era um sprinkbok carpaccio (R78 - R$ 17), servido em redução de pimenta, folhas verdes precoces e crisp de parmesão. O gosto deste tipo de antílope é fortíssimo e fomos pedir de primeira a sua carne crua. O carpaccio não estava cortado em lâminas fininhas, como é de costume, o que potencializou ainda mais o gosto ruim na boca. Para piorar, não tinha tempero. Deixamos praticamente tudo no prato. Eu insisti neste tipo de carne, escolhendo como prato principal o filé de springbok (R165 - R$ 35,80), servido com purê de beterraba, batata rosti e redução do molho do próprio filé. Aqui o prato tinha bom tempero e o adocicado da beterraba ajudou no sabor, mas achei a carne dura. Não pedimos sobremesa. Pagamos a conta, que ficou no valor total de R900 (R$ 195), já incluída a gorjeta de 12,5%, e saímos. Na porta, havia uma fila de táxi, sinal de que o movimento no restaurante ainda ia longe. Fechamos a nossa noite em Cape Town com uma experiência gastronômica não muito boa. Ainda bem que o dia foi salvo pelo almoço no La Colombe. No hotel, certificamos que o café da manhã começava a ser servido às 6 horas, horário que combinamos de nos encontrar na manhã seguinte, já com as malas prontas para seguir viagem. Desta vez para fazer alguns safáris.
sprinkbok carpaccio
filé de springbok
Endereço: The Foundry, Prestiwich Street, Green Point, Cape Town, África do Sul.
www.beluga.co.za
www.beluga.co.za
Contatos: +27 21 418 2948 - infoe@beluga.co.za
Especialidade: cardápio variado, com destaque para sushi, dim sum, peixes e frutos do mar, além de carnes grelhadas.
Especialidade: cardápio variado, com destaque para sushi, dim sum, peixes e frutos do mar, além de carnes grelhadas.
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