Tínhamos reserva no Fork, um restaurante de tapas, para 20:30 horas do dia 31 de dezembro de 2013. Chegamos no horário. Estava bem cheio, com algumas pessoas na fila de espera. Cláudia se apresentou a um homem que parecia o encarregado de checar as reservas. Ele conferiu, confirmou que tínhamos uma mesa, pedindo para esperarmos dois minutos. Ficamos na entrada, pois não havia lugar para ficar no estreito salão da entrada. O restaurante funciona em dois pisos, ambos com salões pequenos. Dois grupos foram acomodados antes de nós. Quando vagou três bancos na bancada onde ficava quem esperava mesa, fomos lá sentar, mas nem bem arredamos um banco, fomos conduzidos ao segundo piso, onde uma mesa minúscula, que mal cabiam duas pessoas, estava preparada para nós três. Todas as demais mesas estavam ocupadas e com grupos grandes. Ao nosso lado, treze pessoas faziam uma espécie de esquenta para a festa de réveillon, com uma peruca, um bigode postiço e alguns adereços que me lembraram o carnaval passando de mão em mão. Eles colocavam estes objetos, tiravam uma foto e passavam adiante. Logo que sentamos, uma simpática garçonete nos entregou o enxuto cardápio, dividido por preços (R30, R40, R45, R50 e R60), informou o esquema da casa, que funcionava com pequenos pratos para compartilhar, sugerindo, no mínimo, nove pratos para nossa mesa. Ainda disse para pedirmos todos de uma só vez, pois estavam com muitos pedidos na cozinha, mas que eles chegariam em pares na medida em que ficassem prontos. Pedimos a carta de vinhos. Também é enxuta, apresentando somente vinhos sul-africanos. Queríamos brindar a noite com algum espumante local, mas ao ver uma champanhe Tattinger por R600 (R$ 130), não tivemos dúvidas que o brinde seria com ela. Era o único item na lista de vinhos que não era sul-africano. Pedimos também água mineral sem e com gás, ambas customizadas para o Fork (R24 - R$ 5,20 cada garrafa de 750 ml). O champanhe demorou um pouco a chegar e quando veio, estava quente. Colocaram em um balde com gelo, mas na segunda vez que serviram, ainda estava quente. Vera se levantou e foi ver o balde, colocado no balcão do bar do segundo piso, bem próximo de nossa mesa. Só tinha água e até a metade. Ela chamou um garçom, pediu muito gelo, além de outra garrafa do mesmo champanhe, para ela já ficar na temperatura correta quando fosse aberta. Atenderam tudo de imediato. Rapidamente, a primeira garrafa ficou no ponto. E a segunda, quando aberta, estava estupenda. Maravilha. Quanto aos pratos, pedimos sete deles, sendo que de alguns mais de uma porção. A seguir, a descrição de cada um. Antes dos pratos chegarem, serviram um pratinho com bruschettas.
Amuse bouche: bruschettas de tomate fresco e de pasta de atum. A primeira, a clássica, estava muito boa. Não gostei da invencione com pasta de atum.
Smoked salmon rolls with goats cheese, dill and salmon caviar on crostini (R50 - R$ 11) - embora esperássemos rolinhos de salmão, tipo sushi, vieram filetes do mesmo peixe com crosta crocante, servidos sob uma pasta de queijo de cabra, molho dill em gotas redondas em frente de cada pedaço do salmão. O cappellini (ovas de salmão), se esteve presente, não senti. Pedimos duas porções deste prato. Gostei, mas não foi sensacional.
Deep fried goats cheese with sun-dried tomato biscuits and port and onion marmalade (R50 - R$ 11). O melhor prato que degustamos, motivo pelo qual pedimos três porções dele. São bolinhos de queijo de cabra fritos que, quando colocados na boca, se desmanchavam em um sabor intenso. Eles vieram servidos sob um biscoitinho de tomate seco e uma conserva de cebola roxa. Delicioso.
Marinated sardines with rocket and crostini (R45 - R$ 9,70) - filetes de sardinha marinados, servidos com rúculas bem picantes e pães. Prato com inspiração ibérica, posto que o local é especializado em tapas. Gosto comum, nada de excepcional.
Grilled tiger prawns wrapped with pancetta (R60 - R$ 13) - camarões-tigre grelhados envolvidos com bacon. Servido praticamente sem tempero, para que o sabor do camarão se integre com o do bacon. Diferente, não agradou muito ao meu paladar.
Roast pork belly with a mustard and parsley crust (R40 - R$ 8,60) - barriga de porco com mostarda e salsinha crocante. Carne de porco muito macia e com capa levemente crocante. Muito bom.
Mini kudu fillets with chilli potato purée and garlic spinach with citrus reduction (R60 - R$ 13) - eram pedaços de carne de kudu, um tipo de antílope, servida com purê de batatas levemente picante e espinafre passado no alho, tudo com uma redução de frutas cítricas. Como odeio espinafre, deixei de lado ele e o purê que teve contato com tal verdura. Só experimentei a carne. Achei o sabor mais forte que uma carne de boi ou de porco, mas dura, mesmo sendo filé.
Aubergine, sweet potato and chickpea coconut curry (R40 - R$ 8,60) - servido em uma cumbuca individual (porção com quatro), trata-se de berinjela cozida, chips de batata doce e uma pasta de grão de bico, coco e curry. Estava muito picante, motivo pelo qual Cláudia só deu uma garfada e Vera nem experimentou. Gostei tanto que comi as quatros cumbucas.
Quando já terminávamos nosso jantar, a garçonete veio nos perguntar se pediríamos mais alguma coisa, pois fechariam o restaurante às 23 horas. Faltavam vinte minutos para eles encerrarem o expediente. As mesas já começavam a esvaziar. Satisfeitos, pedimos a conta, ainda bebendo nosso champanhe. A conta veio logo, ficando em um montante total de R2.010 (R$ 434), com a gorjeta de 12,5%, por nós incluída. Não foi o restaurante dos sonhos, mas tivemos uma boa experiência. Quando saímos, o movimento na rua era mais intenso do que quando chegamos. Descemos a pé para o hotel. Decidimos ver os fogos e o show da virada no Waterfront.
Endereço: 84 Long Street, Cape Town, África do Sul.
www.fork-restaurants.co.za
www.fork-restaurants.co.za
Contatos: +27 21 424 6334 - tapas@fork-restaurants.co.za
Especialidade: tapas com toques contemporâneos.
Especialidade: tapas com toques contemporâneos.
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