Quando decidimos fazer um safári na África do Sul, a nossa ideia era ficar dentro da Kapama, uma reserva particular que fica bem perto do aeroporto de Hoedspruit, pois tínhamos várias indicações positivas sobre o local. No entanto, quando fechamos o pacote de nossa viagem, não havia mais lugar em nenhum dos hotéis dentro da reserva. A agência nos indicou o Imbali Safari Lodge, que está localizado dentro do Kruger Park, bem mais longe, portanto, do aeroporto. O trajeto do aeroporto até o Imbali dura em torno de duas horas e no caminho, especialmente depois que atravessamos o portão de entrada para o Kruger, já é possível ver muito animais. O Imbali é uma espécie de resort, só que o chamam de lodge porque está inserido na natureza, com o mínimo de intervenção possível. Ele tem uma área comum, com um restaurante onde são servidas as refeições (lanche madrugador, café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), todas elas incluídas na diária, uma sala de estar com direito a lareira e vista para a mata e uma pequena piscina de borda infinita também voltada para a mata. Os alojamentos são bangalôs enormes, equipados com todo o conforto. São apenas 12 bangalôs, todos eles com um deque para os fundos no qual há uma jacuzzi particular e duas espreguiçadeiras, tudo voltado para a natureza. O banheiro é digno de nota, pois é muito grande, com um bom chuveiro e uma banheira, esta localizada ao lado da parede envidraçada que percorre todo o fundo do bangalô. A cama king é protegida por um mosquiteiro, que o serviço de quarto o fecha no final da tarde, para abrí-lo quando da arrumação diária. Ar condicionado, vela para dar um clima romântico, excelentes amenities, telefone para entrar em contato com os outros bangalôs e com a recepção, e muito spray contra mosquito completam os itens dentro dos quartos. Não há televisão e nem precisa! No final da tarde, colocavam um cartão na cama com a previsão do tempo para o dia seguinte, indicando não só a temperatura, mas também horário do nascer do sol, do por do sol, da possibilidade de chuva, entre outras informações ligadas ao tempo. Assim que fizemos o check in, nos avisaram que andar pela área do hotel era tranquilo durante a luz do dia, mas durante a noite, mesmo para ir de um bangalô para o outro, cuja distância é de uns trinta metros, era necessário estar acompanhado por alguém do hotel. Para tanto, bastava ligar na recepção. Quando precisei, chamei e logo apareceu um funcionário, sempre simpático, com sua potente lanterna. Ele ia na frente iluminando o chão, mas também jogando luz nas laterais e no alto das árvores. Com exceção do jantar, todas as demais refeições eram servidas no sistema self-service, com opções da culinária internacional, o que permitia a todos comer sem problemas. Para o jantar, havia um menu de entrada, prato principal e sobremesa, com duas ou três opções de cada uma. A escolha era feita durante o almoço. Quando chegava a hora do jantar, já sabiam o que cada mesa tinha pedido. O serviço, como um todo, foi muito bom, com exceção de nosso último jantar, pois esqueceram de servir o nosso prato principal, um filé de avestruz, do qual não gostamos, por sinal. A simpatia e educação dos funcionários também são dignos de nota. Os quatro safáris dentro do Kruger Park foram o ponto alto de nossa estadia. Fizemos os safáris sempre conduzidos pelo alegre e eficiente guia Andrew, que nos explicava tudo o que perguntávamos com a mesma cortesia todos os dias. O Imbali oferece um serviço de massagem, mas ela é feita no próprio quarto, não havendo um local adequado para tal. Não é todo mundo que gosta de fazer massagem na mesma cama em que vai dormir. É o meu caso, motivo pelo qual não solicitei o serviço, embora tivesse tempo de sobra entre os dois safáris diários. Enfim, depois de passar duas noites no local, concluímos que não ter ficado na Kapama, em hotéis maiores, sempre cheios, foi uma ótima para nós. Ficamos em lugar mais exclusivo e fizemos os safáris dentro do Kruger Park, um local infinitamente maior que a reserva particular Kapama, onde são realizados os seus safáris.
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