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domingo, 12 de janeiro de 2014

DE BRASÍLIA PARA CIDADE DO CABO, ÁFRICA DO SUL

Em junho de 2013, em um jantar no Rubaiyat de Brasília, Vera perguntou-me se eu não queria passar o réveillon com ela e Cláudia na África do Sul. Sem pensar, aceitei. No final de julho, fechamos o pacote com a Descubra Turismo, agência de viagens localizada em São Paulo. Nenhum de nós tinha viajado com tal empresa e não tínhamos nenhuma referência, mas eles foram muito atenciosos durante toda a negociação, alterando partes do pacote e acrescentando outras. O pacote incluía todos os trechos aéreos, internacionais e internos, voando em classe econômica pela South African Airways, os traslados aeroportos-hotéis-aeroportos, e as estadias nos hotéis Strand Tower na Cidade do Cabo (cinco noites, com café da manhã incluído na diária), Imbali Safari Lodge em Hoedspruit, dentro do Kruger Park (duas noites, com pensão completa e quatro safáris incluídos), e Radisson Blu em Joahnnesburg (duas noites, com café da manhã incluído na diária), além do seguro saúde GTA (Global Travel Assistance), plano bronze, para todo o período. Tudo por R$ 8.115,72. Saída de Brasília marcada para domingo, 29 de dezembro de 2013, com retorno dia 08 de janeiro de 2014, quarta-feira, chegando em Brasília na noite desta mesma data. Como o voo TAM JJ 3578 de Brasília para Guarulhos sairia às 12:36 do aeroporto de Brasília, arrumei a minha mala na tarde de sábado, com tempo suficiente para fazer uma lista de tudo o que deveria levar. Embora viajaríamos no verão, por leituras de blogs e guias de viagem, coloquei três tipos de blusas de frio na bagagem por causa dos safáris noturnos. Sem lembrar que meu pacote já incluía o seguro saúde, comprei um pela internet da Travel Ace, categoria Master 2013, por R$ 239,12. No domingo pela manhã, depois de um bom banho, fiz a última checagem das duas malas, sendo uma delas de bordo, fechei, coloquei uma roupa bem confortável para aguentar as muitas horas de viagem que teria pela frente, e esperei Karina dar notícias, já que ela, gentilmente, tinha se oferecido para me levar ao aeroporto. Por volta de 9:30 horas, ela me enviou uma mensagem por whatsapp informando que estava saindo de casa. Antes de 10 horas, ela parava o carro na porta do meu prédio. Seguimos para o aeroporto, cujo percurso levou menos de vinte minutos, pois era domingo, com pouco trânsito. Karina queria descer e me esperar, mas as obras do aeroporto estão muito confusas. Achei melhor ela me deixar na área de embarque e ir embora. Sempre prestativa esta Karina! Segui direto para o balcão destinado aos clientes que possuem o cartão fidelidade vermelho. Apenas uma pessoa na minha frente, em contraste com as enormes filas nos balcões de despacho de bagagens para quem tinha feito o check in pela internet e nos balcões de quem ainda nada tinha feito. A mala que despachei pesou 17 quilos. Segundo o funcionário da TAM, a mala iria direto para Cidade do Cabo (Cape Town), mas eu teria que passar no balcão da South African no aeroporto de Guarulhos para troca dos cartões de embarque dos trechos Guarulhos-Joahnnesburg e Joahnnesburg-Cape Town. Pedi a ele que colocasse o meu número fidelidade TAM para pontuar em todos os trechos, no que fui prontamente atendido. Assim que saí do balcão, sentei ainda na área de despacho para enviar uma mensagem para Cláudia e para Vera alertando sobre o tamanho das filas da TAM. Em seguida, passei pelo controle de cartão de embarque, pelo controle de raio X, ficando sentado em frente ao portão 9 onde se daria o nosso embarque. Logo as minhas amigas chegaram. Cada um de nós tinha uma bagagem de mão e uma bolsa. No horário correto, chamaram para o embarque. Voo completamente lotado. Este é um voo onde a maioria dos passageiros faz conexão em Guarulhos para voos internacionais, portanto, sempre sai no horário. O voo transcorreu tranquilo. Aproveitei para dormir um pouco. Aterrissamos conforme previsto, por volta de 14:20 horas. Como o aeroporto de Guarulhos também está em obras, demoramos para chegar ao portão de desembarque. O movimento de passageiros era muito menor do que imaginei que seria. Depois me dei conta de que a maior parte dos voos internacionais é programada para sair durante a noite. Estávamos com fome, mas fomos primeiro no balcão da South African, onde uma fila já estava formada, embora não houvesse ninguém atendendo. Procurei um funcionário da companhia aérea e fui informado que o check in abriria às 14:45 horas, mas que eu podia já ficar na fila, pois faltava faltava pouco para começar o despacho. Enquanto Vera e Cláudia foram para a fila, peguei os passaportes e cartões de embarque de ambas, seguindo para o balcão destinado aos passageiros com status Gold na Star Alliance. O cartão vermelho da TAM ainda possui este status até 31 de março de 2014. Era o primeiro da fila. Fui atendido às 15:30 horas. A atendente, muito simpática, pegou todos os cartões de embarque, conferiu nossos nomes, colocando à caneta o portão de embarque. Depois, foi a vez de conferir os três passaportes. Para minha surpresa, ela conferiu cada cartão de vacinação, verificando se a vacina contra a febre amarela estava no prazo de validade. Fiquei surpreso porque ninguém nos alertara para tal necessidade. A sorte é que nós três temos o costume de deixar nossos respectivos cartões de vacinação junto aos nossos passaportes. Ao meu lado começava um drama de uma mulher jovem, pois ela tinha tomado a vacina na semana anterior. O atendente lhe informou que ela só poderia entrar na África do Sul a partir de 05 de janeiro de 2014, já que era nesta data que se completaria o prazo de dez dias para a vacina começar a ter validade a partir de quando ela foi tomada. A moça foi às lágrimas e chamaram o gerente para resolver o problema. Enquanto isto, com Cláudia e Vera já do meu lado, minha atendente me informava que eu teria que retirar as malas em Joahnnesburg para passar pela alfândega daquele país, mesmo as etiquetas indicarem o destino final como Cape Town. Concluída a checagem dos nossos documentos, era hora de escolher um local para almoçar. Optamos pelo On The Rocks, um misto de bar e restaurante. Estava cheio, mas havia mesa disponível no salão interno, com ar condicionado. Nas telas de televisão passava o dvd do show Elas Cantam Roberto Carlos. Depois do almoço, uma rápida passagem na farmácia para compras de última hora, seguindo para a área de embarque do Terminal 2. Sem filas, passamos rapidamente pelo raio X e pela imigração. Demos uma parada na loja Dufry, onde Vera comprou uma garrafa de champanhe Moet Chandon Rosé para nosso brinde de virada de ano. Tinha a ideia de comprar os produtos da Biotherm Homme que uso diariamente, mas tinha apenas um. Temendo não ter tempo suficiente para tal compra quando de nossa volta, comprei o pote de creme hidratante. A esta altura, tínhamos pouco mais de uma hora para o início de nosso embarque, marcado para 17:30 horas pelo portão 27. Os três tem cartão Mastercard Black. Resolvemos passar este tempo no conforto da sala vip deste cartão. Andamos bastante para chegar nela, pois fica localizada no Terminal 1. Estava bem cheia, em espaço bem menor do que eu estive quando da última vez que a utilizei. Aproveitamos para carregar os nossos celulares, tomar algo gelado. Não há anúncio de partida de voos na sala. Assim, cada um fica atento para não perder o voo. Ficamos menos de uma hora por lá, seguindo para o portão 27. Quando já estávamos no Terminal 2, Vera, ao ver uma mulher com um chapéu, percebeu que tinha esquecido o seu na sala Mastercard Black, voltando correndo para pegá-lo. Eu e Cláudia seguimos para o nosso portão. Passados dez minutos, Vera chegou com o chapéu na cabeça. Embarcamos no horário marcado. Nossos assentos eram na fileira 51. Eu estava no corredor, no bloco do meio da fileira, enquanto as duas ocupavam os dois assentos da minha esquerda, no bloco da janela. Ao meu lado, sentou um homem magro, o que dei graças a Deus. O avião ficou bem cheio, mas havia poucas poltronas vazias. A decolagem atrasou cerca de quarenta minutos, com o avião levantando voo às 19:15 horas. O comandante anunciou, já no ar, que o voo duraria oito horas e meia até Joahnnesburg. Tentei ler um pouco, mas logo cansei. Resolvi ver filmes. Vi dois: Blue Jasmine (Woody Allen) e Jobs (Joshua Michael Stern). O homem ao meu lado também via filmes e foi se esparramando na poltrona. Esparramou tanto que invadiu meu espaço. Tive que cutucá-lo, alertando que aquela era minha poltrona. Com cara de poucos amigos, ele se virou para o outro lado, onde a poltrona estava vazia. No mais, foi um voo tranquilo, sem muita turbulência. Dormi picado, mas dormi, sem necessidade de tomar remédio, embora estivesse com Melatonina, caso necessário. Pousamos em Joahnnesburg às 7:10 horas, horário local, quatro horas a mais do que no Brasil. O desembarque foi demorado. O aeroporto local é grande, arejado, limpo e muito bonito, com corredores amplos e muitas esteiras rolantes pelo caminho. Nossas malas estariam disponíveis na esteira 8, mas antes teríamos que passar pela imigração. Na fila para checagem de passaporte, vimos a jovem que teve problemas com o seu cartão de vacinação quando do check in em Guarulhos. Ela conseguira vencer uma etapa. No guichê da imigração, eles conferem o passaporte e o cartão de vacinas. No meu caso, ainda tenho o cartão antigo, aquele de cor amarela. Neste cartão não há a informação da data de validade da vacina, mas sim a data em que ela foi ministrada. A minha última dose contra febre amarela foi tomada em 2010, valendo, portanto, até 2020. Tive que explicar isto para o cara que me atendia, enquanto Vera e Cláudia já tinham passado e me aguardavam sair do guichê. Carimbo no passaporte e rumei para a esteira 8, onde nossas malas já rodavam. Pegamos a mala, dirigindo-nos para o balcão de conexão para voos locais. Lá, tentei despachar as malas de nós três no balcão destinado ao status Gold da Star Alliance, mas a atendente estava de mau humor, só permitindo a minha bagagem. Vera e Cláudia ficaram na outra fila, que andou rápido. Era hora de sair do terminal internacional. Tínhamos a informação que o melhor câmbio era neste aeroporto. Paramos em uma das casas de câmbio localizadas à esquerda da saída do terminal. Troquei U$ 400, recebendo, em rands, moeda local, o montante de R3.764,45. Caminhamos até o terminal de voos locais, sempre com alguém tentando nos ajudar. Há várias pessoas que não são funcionários do aeroporto e chegam nos passageiros com muita amabilidade oferecendo ajuda. Ao final, sempre cobram pelas informações dadas. Ignoramos todos e seguimos as placas indicativas. Nova passagem pelo controle de cartão de embarque, pelo raio X, onde tive que retirar meu iPad da bolsa, seguindo para o portão de embarque E1, de onde partiria nosso voo para Cape Town. Passei pelo banheiro, onde dei muitas risadas, pois, ao entrar, o encarregado pela limpeza do local, sorriu e disse "bem vindo ao meu escritório". Bom humor e alto astral lá nas alturas! Como ainda faltava mais de uma hora para o embarque, resolvemos sentar no Vida e Caffè, onde todo o cardápio é escrito em português, para um merecido café espresso. O embarque aconteceu na hora prevista. O avião era enorme, bem maior que aquele em que fizemos o trecho Guarulhos-Joahnnesburg. Voo completamente lotado. Decolamos no horário, às 10:05 horas, chegando em Cape Town às 12:15 horas. Esperamos quase meia hora por nossas malas. Chegávamos ao nosso destino.

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