Pesquisar este blog

domingo, 19 de janeiro de 2014

SAFÁRIS NO KRUGER PARK, ÁFRICA DO SUL



Durante nossa curta estadia no Imbali Safari Lodge fizemos quatros safáris, dois por dia. Todos que me conhecem sabem que não sou um profundo amante da natureza, quando mais interagir com ela de forma tão intensa e acordar muito cedo. No entanto, a experiência no Kruger Park foi muito gratificante para mim. Gostei muito e tenho certeza que vou repetí-la. Nestes quatro safáris, aprendi os itens essenciais que se deve carregar para fazê-los: máquina fotográfica, de preferência com lentes poderosas ou um zoom muito bom; binóculos para observar melhor os bichos que ficam ao longe, assim como os detalhes de pássaros e flores; repelente para insetos (eu comprei duas pulseiras contra mosquito em Cape Town, mas quando coloquei uma delas no pulso, senti um forte cheiro de citronela, da qual sou alérgico, mas ela funciona para quem não tem problemas de alergia); protetor solar, não importando se o safári começa às 05:30 horas e se o tempo está nublado; óculos escuros; chapéu (não é boné!); algum protetor para pescoço e ouvido, pois quando o carro anda, o vento é muito forte, já que não há janelas fechadas neste tipo de veículo; um agasalho, não importando o calor que esteja fazendo, pois, acredite, em algum momento, você vai precisar de um; sapato fechado, de preferência com meia; calça comprida (neste caso é para evitar ficar passando o repelente no corpo inteiro); colírio, pois o vento bate muito nos olhos, deixando-os ressecados; uma garrafa de água mineral sempre à mão (no carro sempre tem, mas geralmente fica em uma caixa atrás, tendo que esperar parar para o guia nos entregar uma).
Fazer um safári pelo Kruger Park é uma aventura. Não sabemos o que veremos, mas temos a certeza de que veremos algum animal, nem que seja um pássaro. A flora também é interessante, mas a excitação de ver os animais acaba por nos fazer deixar de lado apreciar as árvores, arbustos e flores, pois ver os mamíferos soltos em seu habitat natural é incrível, e mais especialmente ainda quando vemos os chamados Big 5: leopardo, leão, elefante, rinoceronte e búfalo. Eis um resumo do que vimos nos nossos safáris:
Pré-safári: 04/01/2013 - eu assim chamei o nosso trajeto do aeroporto até o Imbali, pois, mesmo em uma van fechada, foi possível ver, em duas horas, muitos animais, incluindo três dos Big 5, sendo que o leopardo só o vimos nesta oportunidade. O trajeto foi feito no período de 14:10 às 16:15 horas, com sol forte e muito calor. Essencial ter máquina fotográfica preparada para este percurso. Vi javali, impala, zebra, elefante, leopardo, búfalo, hipopótamo (bem ao longe), franklin (parece uma galinha) e outros pássaros cujos nomes não guardei.
Safári 1: 04/01/2013 - de 17:10 às 20:20 horas - fomos em um carro para nove pessoas, mas somente seis estavam no safári, nós três e os três australianos com os quais fizemos o traslado juntos. Fazia muito calor, motivo pelo qual não levei blusa e me arrependi, pois quando o sol se pôs, por volta de 18:40 horas, fez um frio de lascar. Neste momento do por do sol, Andrew, nosso guia, parou o carro em um local muito bonito para fazermos um pequeno lanche. Ali ele nos mostrou pegadas de leão. Neste safári vi elefante, gnu, impala, kudu, búfalo, girafa, cobra (atravessava a estrada, obrigando Andrew a parar o carro para ela passar), águia, macaco-veludo, abutre, um pássaro apelidado de banana voadora, inhacoso (em inglês é waterbuck, um antílope cujo traseiro lembra um assento de vaso sanitário, por isso apelidado de toilette antílope), hiena (somente no período noturno), camaleão (era verde e estava na estrada. Ficamos impressionados em ver como Andrew o viu, parou o carro e nos mostrou, pois ele é muito pequeno), além de muitos outros pássaros, incluindo um que o guia viu ao longe, parou o carro, assobiou, fazendo com que o pássaro voasse até perto de nós, parasse no ar e fingisse uma caída, como se tivesse morrido, com os pés voltados para o céu, voltando a planar e voar novamente. Este foi o safári em que com mais variedade de animais tivemos contato visual.
Safári 2: 05/01/2014 - de 05:30 às 09:00 horas - neste safári éramos apenas eu, Cláudia e Vera no mesmo carro para nove pessoas. Fazia frio, mas ao longo da manhã, foi esquentando. Desta vez, estava preparado. Nesta manhã, tivemos uma experiência fantástica ao acompanhar um leão caminhar pelo mato até chegar em uma clareira onde estavam nove girafas. Ele não estava interessado nelas, mas sim em uma leoa que tomava sol deitada na relva. Acontece que a leoa estava em "lua de mel" com outro leão. Paramos o carro do lado deste outro felino e ali ficamos, muito próximos, esperando uma possível disputa pela fêmea. Mas a tal peleja não aconteceu nos trinta minutos que lá ficamos. Foi muito legal ver estes imponentes animais soltos tão de perto. E as girafas continuaram na paz, se alimentando das folhas das árvores. Vi leão/leoa, girafa, macaco veludo, elefante, impala, kudu, avestruz, gnu, chacal, duiker (um antílope menor), outros pássaros, e outro camaleão, desta vez na beira da estrada.
Safári 3: 05/01/2014 - de 16:30 às 20:10 horas - teríamos companhia de uma família de indianos, mas eles chegaram tarde e preferiram descansar. Foi, novamente, um safári exclusivo para nós três. Foi o safári que menos animais vimos. Vi elefante, impala, girafa, kudu, gnu, javali, bauala (em inglês é buschbuck, um outro tipo de antílope), rinoceronte branco, completando, assim, o Big 5 (mas este vimos super de longe, com necessidade de usar binóculos), abutre, entre outros pássaros, além de mais um camaleão, desta vez à noite, pendurado em um galho de árvore, com a cor marrom. Foi muito interessante ver este animal em três interações diferentes com o ambiente, quando assumia coloração próxima de onde estava.
Safári 4: 06/01/2014 - de 05:30 às 08:10 horas - a família indiana não acordou a tempo de participar deste safári, o que permitiu que ele fosse, mais uma vez, exclusivo para nós três. Foi o mais curto dos safáris e o que fomos mais longe dentro do parque. Vi abutre, falcão, águia, elefante, gnu, macaco veludo, babuíno, franklin (esta ave era presente em toda a estrada, em todos os safáris), impala, furão, inhacoso, javali, kudu, girafa, palanca (outro tipo de antílope, mais raro de se ver no Kruger), hipopótamo (dentro de um bonito lago, onde esperamos ele submergir por mais de uma vez). Neste safári, Andrew nos levou para ver um baobá, aquela árvore africana de tronco com espessura enorme.
Pós-safári: 06/01/2014 - de 09:40 às 11:40 horas - assim chamei nosso percurso do Imbali ao aeroporto de Hoesdpruit, feito em uma SUV fechada, conduzida por Andrew, nosso guia nos quatro safáris anteriores. Neste caminho, vi impala, kudu, zebra, gnu, tartaruga, girafa, búfalo e, quando já reclamávamos de que tínhamos visto um de muito longe, apareceu um rinoceronte escuro. Assim, vimos as duas espécies que existem no Kruger, o branco e o preto. Fechamos com chave de ouro nosso passeio no Kruger Park.

Nenhum comentário:

Postar um comentário