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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

HARBOUR HOUSE - GASTRONOMIA EM KALK BAY, ÁFRICA DO SUL

Tiane reservou uma mesa para três para 13:30 horas no Harbour House, um restaurante especializado em peixes e frutos do mar localizado em um porto pequeno na cidade de Kalk Bay, bem próxima de Simon's Town, nossa parada anterior, quando vimos a colônia de pinguins africanos. O estacionamento estava lotado conforme indicava uma placa na entrada. Tiane foi para a saída e conversou com uma mulher que trabalhava no local, dizendo que seria apenas desembarque de passageiros. Ele abriu a cancela e entramos pela saída. Parou a van próximo a um restaurante lotado. Apontou para uma porta, dizendo que o nosso restaurante era no segundo andar daquela construção, tendo que passar pela área externa do restaurante popular de fish & chips, herança da colonização inglesa, do térreo. Ele não almoçaria conosco. O cheiro de fritura era forte quando passamos pelas mesas externas do tal restaurante. Chamou-me a atenção a fila que se formava para se servir naquele lugar: enorme. Passamos reto, subimos as escadas e fomos recepcionados por uma mulher que peguntou se tínhamos reserva. Falamos o nome de Tiane, sendo conduzidos para uma mesa para quatro pessoas no salão mais amplo do restaurante, que tem uma decoração simples, com paredes de madeira em tons claros e janelas de vidro grandes, a maioria delas com vista para o mar. Ainda bem que não sentamos perto das janelas, pois o movimento do mar era tão forte que dava uma sensação esquisita na gente, uma espécie de tontura. Durante o almoço, toda vez que olhava em direção ao mar, sentia que estava balançando junto com as ondas. O serviço do restaurante começou muito ruim, com demora em atender a nossa mesa, mas foi melhorando até ficar muito bom. E olha que fomos atendidos pela mesma garçonete o tempo inteiro! Além das opções do cardápio, uma lousa indicava as sugestões do dia, com produtos mais frescos. Com sede, começamos com água mineral sem gás Karoo, originária da cidade sul-africana de Paarl (R29 - R$ 6,30, a garrafa de 750 ml), que acompanhou durante todo o almoço o vinho branco, também sul-africano, Southern Right 2013, elaborado a partir da casta chardonnay na região de Walker Bay (R260 - R$ 56,50). Vinho bem leve, de cor clara, muito refrescante, o que ajudou para aliviar o calor que fazia. Harmonizou bem com os pratos de peixes e frutos do mar que pedimos. Depois que fizemos nossos pedidos, colocaram em nossa mesa um cesto de pães. Para acompanhá-los, a garçonete derramou, em um prato de sobremesa, azeite e aceto balsâmico, além de algumas pitadas de flor de sal. De entrada, pedi um ceviche de frutos do mar marinados (R85 - R$ 18,50). Trata-se de uma salada leve com peixe fresco, camarões, anéis de lula e mexilhões regados com molho de limão e coentro, servida com tomates, pimentões tostados, pepinos e cebola roxa. O prato é muito leve e não lembra o ceviche clássico peruano. O pimentão amarelo estava levemente tostado, conferindo ao prato um sabor adocicado que caiu bem no paladar. Prato aprovado. Para prato principal, consultei o cardápio e a lousa. Em ambos estava em destaque o crayfish. Resolvi escolhê-lho, pensando ser um peixe local. Crayfish and chips (R300 - R$ 65,20). Quando chegou meu prato, a surpresa: crayfish é como eles chamam a lagosta. Como conheço este crustáceo como lobster em inglês, me dei mal, pois não sou fã de lagosta. Acho chato de comer, principalmente quando ela é servida em sua própria casca, e não consigo achar saborosa. Contudo, não é espinafre, que não como de forma alguma. Assim, resolvi experimentar. Ainda não foi desta vez que mudei de ideia quanto ao sabor da lagosta. Coloquei bastante limão para tentar melhorar o sabor, mas não ficou interessante. Foquei nas batatas fritas e no molho de maionese que escolhi como acompanhamento da lagosta, inspirado no restaurante popular do andar térreo. As batatas estavam pesadas na boca, com muita gordura. Enquanto a entrada era leve e cheia de sabor, o prato principal ficou a dever. Quando estávamos no prato principal, resolvemos pedir um outro vinho branco, mas demoraram tanto a aparecer com a garrafa que quando o fizeram, já tínhamos encerrado nosso almoço. Cancelamos o vinho e pedimos café espresso (R40 - R$ 8,70, cada xícara), além da conta. Quando pagávamos, a garçonete viu meu anel e se encantou. Perguntou onde comprara e se podia tirar uma foto, pois iria se casar no primeiro semestre de 2014 e aquele tipo de anel a agradava para usar como aliança. Ela quis tirar foto com o anel em meu dedo. Minha mão serviu de modelo pela primeira vez na minha vida. O valor total da conta foi R1.680 (R$ 365,10). Achei caro pelo que comi. Antes de descermos, fomos até a varanda, com vista para o pequeno porto e para a cidade, para tirar algumas fotos. Quando descemos, Tiane estava no mesmo local onde havia nos deixado, sinal de que não cumprira o que conversou com a mulher da entrada do estacionamento. Quando saímos, ela achou ruim, mas ele parou o carro e lhe deu uma gorjeta. Pelo visto, o jeitinho brasileiro é internacional. De Kalk Bay, voltamos para a Cidade do Cabo, passando por uma rodovia interna, cujo trajeto é muito mais rápido que se voltássemos pelo caminho que fizemos na ida, pelo litoral. Chegamos no hotel perto de 16 horas. Tínhamos um bom tempo para descansar para a noite da virada de 2013 para 2014.


ceviche de frutos do mar marinados


crayfish and chips

Endereço: Kalk Bay Harbour, Kalk Bay, África do Sul.
Contatos: +27 21 788 4133 - harbourhouse@icon.co.za
Especialidade: peixes e frutos do mar.

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