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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

TABLE MOUNTAIN - MONTANHA MESA

A Montanha Mesa (Table Mountain) é uma das sete maravilhas da natureza, conforme votação encerrada em 2011. Fica dentro da Cidade do Cabo. Sabendo das filas que se formam para subir de teleférico, Cláudia comprou nossos ingressos pela internet (www.webtickets.co.za). Como a subida pode ser interrompida a qualquer momento, fechando o acesso ao topo da montanha, por causa de ventos fortes ou de chuva, o ingresso comprado não é para um dia ou hora exata. No nosso caso, tínhamos que utilizar nossos tíquetes no período de 30/12/2013 a 13/01/2014, sempre na parte da tarde. Cada ingresso custou R205 (R$ 44,50). Escolhemos o período vespertino porque queríamos ver o por do sol lá de cima. A fila, de longe, é desanimadora, mas ela anda rápido, embora não seja um primor de organização. Enquanto esperamos, passamos por quatro antigos teleféricos que eram ali utilizados, cada um de um modelo diferente. Pegamos a fila na escada que começa na rua onde descemos da van. Nesta altura, ela estava organizada, mas quando alcançamos o último degrau, uma funcionária do local mandou todo mundo subir e se aglomerar no corredor de acesso ao hall dos elevadores. Achei totalmente desnecessária a intervenção daquela mulher. E ela nem ficou por lá. Parecia que queria apenas tumultuar o que estava direito. O sol castigava, o calor era imenso, mesmo sendo depois de 17 horas. Antes de entrar no hall dos elevadores, há aquela parada para a foto com o fundo verde, coisa que já tínhamos feito na roda gigante do Waterfront. Era a mesma empresa. Passamos batido, esperando nossa vez de subir. O elevador nos conduziu até a estação de baixo do teleférico. São dois bondinhos, um de cada lado. Enquanto um sobe, o outro desce. Eles sempre se cruzam no meio da subida. Fomos direcionados para o teleférico da esquerda, pois o outro já tinha lotação completa esperando em um cercadinho. Mostramos nossos ingressos cujos códigos de barras foram lidos, passamos a roleta e ficamos a esperar. A subida é muito íngreme e tem gente que sobe a pé! São os aventureiros e mochileiros. Cabem 65 pessoas por vez no bondinho. Ele tem forma circular, com as paredes de vidro. Teto e chão de metal. Duas janelas são abertas, local para onde os primeiros que entram correm para ficar. Nós ficamos em uma janela protegida por vidro. Assim que ele começou a subir, o motorneiro pediu para todos se afastarem das barras que circundam toda a parede, pois o chão se movia lentamente. Assim, ninguém fica "dono" de nenhum pedaço. Todo mundo tem a chance de ver a mesma paisagem enquanto sobe. Quanto mais subia, mas forte ficava o vento, amenizando o calor que sentíamos lá embaixo. Ao se aproximar da estação de cima, dá uma sensação de que o teleférico irá bater na parede de rocha logo a frente. Lá em cima, tudo é muito bem sinalizado. Há caminhos para a direita e para a esquerda da estação. Mas eles se encontram bem lá na frente. Assim, tanto faz ir para um lado ou para o outro, teremos a visão completa de tudo. Mas para ver o por do sol, o caminho a tomar é o da direita. O que primeiro queríamos era um banheiro e uma lanchonete. Há um café e uma loja de souvenir. Depois de lanchar, onde Vera comprou uma batata frita com wasabi que deixamos tudo no pacote de tão intragável que era, descemos para ver a paisagem. Vera percebeu que com sua blusa de seda e costas de fora não seria possível ficar ali. Entrou na loja e comprou um agasalho branco com capuz. Eu e Cláudia aproveitamos para comprar algumas lembrancinhas. A vista que se tem lá de cima é espetacular. Do lado direito, vemos algumas praias. Mas o mais bonito é a vista para as formações rochosas do parque, onde as nuvens ficam abaixo dos picos. Algumas vezes, passamos dentro de uma nuvem. O tempo foi mudando e o vento aumentando. Comecei a sentir muito frio. Continuamos nosso passeio, já que tínhamos que fazer hora, pois o sol se poria apenas após 20 horas. Caminhamos muito, sempre observando as rochas, o mar e as nuvens, além de parar para apreciar exemplares da flora local. Depois, com mais frio, resolvemos voltar, tomando o caminho contrário para ver a bela vista que se tem de Cape Town, incluindo uma parada para tentar, mais uma vez, identificar uma cabeça de leão no pico Lion's Head. Continuei sem ver o tal leão. Já passavam das 19 horas quando chegamos ao ponto onde iniciamos nosso passeio no topo da montanha. Era hora de procurar um lugar para apreciar o por do sol. Muita gente já estava a postos. A maioria munida de máquinas com lentes poderosas para registrar o show da natureza. Achamos um excelente local e nos sentamos em um banco de madeira, perto de um muro de pedras. O vento continuava a soprar forte. Não aguentei, voltei à lojinha e comprei um moletom. Era difícil acreditar que tinha viajado com três blusas de frio na bagagem, não ter usado nenhuma até então por causa do calor acima de 35º C que fazia diariamente na cidade, e acabar comprando um moletom. Comprei o único modelo que me serviu. Se fosse em dia normal, jamais compraria o tal modelo, que me custou R600 (R$ 130). Aproveitei que tinha voltado na loja para também comprar duas meias com estampas de bichos (uma só com leopardo e a outra com o chamado Big 5 - leopardo, elefante, leão, búfalo e rinoceronte), ao custo unitário de R66 (R$ 14). Voltei agasalhado para perto das minhas amigas. Cláudia resistiu ao frio, sem usar blusa. Ficou sentada entre eu e Vera, protegida do vento. Quando ainda esperávamos o sol se por, já em descida para o mar, ouvimos uma algazarra atrás de nós. Era um grupo de turistas chineses que acabara de chegar. Ficamos imaginando como seria para descer o teleférico, com todo mundo que estava lá no topo querendo descer na mesma hora. O por do sol realmente é bonito, mas nada do que não se vê em tantos outros lugares que tem mar. O diferencial é que a gente o aprecia de cima. Coloquei um X. Levantamos correndo, fato repetido por várias outras pessoas, assim que o sol "beijou" o mar. Ficamos na primeira turma para descer. Quando chegamos na estação de baixo, já era noite. Não havia nenhum táxi no ponto. Começava ali nossa saga para voltar para o hotel. Tema de uma outra postagem.

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