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domingo, 12 de janeiro de 2014

CAPE TOWN - ONDE ESTÁ O TRANSFER PARA O HOTEL?

Chegamos em Cape Town depois do meio dia. Cansados de uma longa viagem desde Brasília, esperamos nossas malas na primeira esteira. O espaço era apertado para tanto turista, muitos deles com roupas de alto verão. Esperamos por mais de meia hora até a primeira mala aparecer. Quando as três malas já tinham saído, colocamos tudo em um carrinho, caminhando em direção à saída do terminal. Uma enorme fila se formava nos balcões dos guichês de câmbio. Ainda bem que tínhamos trocado dinheiro no aeroporto de Joahnnesburg, enquanto esperávamos nossa conexão para a Cidade do Cabo. Lá também tentamos comprar um chip e um pacote de dados para o aparelho de wi-fi móvel que Vera tinha levado, mas houve uma falha de comunicação na loja da Vodacom local e não tivemos sucesso. Deixamos a compra para quando chegássemos em Cape Town. O aparelho é uma espécie de roteador móvel e era por nós chamado de Raquel. Ao sair, corrimões de metal de ambos os lados separavam as pessoas que aguardavam alguém dos passageiros que saíam. Dos dois lados e ao final deste corredor havia um sem número de placas levantadas com nomes de pessoas. Em nenhuma delas estava algum dos nossos nomes. Ficamos preocupados. Paramos o carrinho com as malas em um canto, em frente aos caixas automáticos de banco. Vera ficou com as malas, enquanto eu e Cláudia voltamos para a porta de saída do terminal, olhando mais acuradamente para cada placa. Nada. Voltamos a nos juntar. Vera pegou o único voucher enviado por correio pela Descubra Turismo (a agência não enviou o voucher por e-mail, como seria normal de acontecer, já que tudo fizemos trocando mensagens e telefonemas) para ver o nome da empresa responsável pelo nosso traslado até o hotel. Era um voucher para todos os traslados e hotéis. A empresa era a Akilanga. Havia um número de telefone para o qual ligamos de meu celular, já que o pacote da TIM para viagens em África era de R$ 29,90 por 50 minutos/dia, quando usado. Cláudia conversou com alguém da empresa que pediu o número do voucher e o número de nosso telefone, dizendo que ligaria em seguida. Continuamos a olhar toda pessoa que chegava com uma placa na esperança de ver algum de nossos nomes. Já que era segunda-feira, 30 de dezembro, por volta de 13:30 horas, resolvemos ligar para a Descubra Turismo, procurando por Rodrigo, o nosso contato na agência. Uma moça atendeu, dizendo que ela não havia chegado. Explicamos a situação e ela disse, inicialmente, que era para entrarmos em contato com a Akilanga. Dissemos que já o tínhamos feito, sem uma resposta satisfatória. A mulher da Descubra Turismo pediu o número de meu celular para ligar em quinze minutos. Enquanto esperávamos, Cláudia conversava com os homens que aguardavam passageiros para seus respectivos traslados. Já era um início de negociação, caso precisássemos. Havia uma loja da Vodacom ao lado dos caixas automáticos. Era hora de comprar nosso chip. Fui fazer nossa compra. Três pessoas aguardavam para o atendimento, mas eu fui chamado quando cheguei. Mostrei as pessoas, mas a moça me chamou novamente. Mostrei Raquel, pedindo um chip e um pacote de dados suficiente para três pessoas usarem bastante durante dez dias. O chip era do tipo standard, custando R20 (R$ 5). Para os dados, havia mais de uma opção. A atendente indicou o pacote de 2 GB, em promoção por R249 (R$ 65), com necessidade de utilização em trinta dias. Pedi para ela ativar o chip e ali mesmo testamos se funcionava, com meu celular reconhecendo a rede Orange 3391. A senha, que fica escrita na parte interna do aparelho, eu já tinha anotado antes no bloco de notas de meu iPhone. Funcionava. Tínhamos conexão com a internet durante toda a nossa viagem! Voltei com a boa nova, mas ainda sem sucesso quanto ao transfer. Já fazia mais de hora que tínhamos chegado. Decidimos contratar um serviço de traslado ali mesmo junto aos caras que estavam esperando passageiros. Um deles se ofereceu para nos levar por R250 (R$ 65). Aceitamos. Era um senhor na casa de seus sessenta anos. O carro estava no estacionamento do aeroporto, que, diga-se de passagem, é amplo e arejadíssimo. Quando vimos o sedã, achamos que não caberiam todas as malas. Tudo no bagageiro, com exceção da mala de mão de Vera, que foi no banco de trás, no meio, entre eu e Cláudia. Quando saíamos do estacionamento, meu celular tocou. Era a Akilanga dando retorno, dizendo que houve um imprevisto e a pessoa que nos pegaria tinha atrasado, mas que já estava indo para o aeroporto. Cláudia respondeu que já tínhamos contratado novo transfer e entraríamos em contato com a Descubra Turismo, pois queríamos o ressarcimento dos gastos. Pouco depois da ligação, resolvemos telefonar novamente para a agência paulista para dizer o que estava acontecendo. Soubemos, então, que o Rodrigo não iria trabalhar naquele dia e que já tinham resolvido a questão do ressarcimento, pois alguém da Akilanga iria nos encontrar na recepção do hotel para nos pagar. O trajeto do aeroporto até o hotel demorou quase uma hora, mesmo passando por vias expressas. Eram mais de 15 horas quando chegamos ao Strand Tower Hotel (www.strandtowerhotel.co.za), que fica na esquina de Strand e Loop Streets. Um hotel classificado como 4 estrelas no centro de Cape Town. Mesmo sem pedir, o motorista que nos levou fez um recibo do valor que pagamos pelo traslado. Ainda no aeroporto de Cape Town, decidimos colocar dinheiro em uma espécie de caixinha, evitando divisões de gastos em táxis, entradas de atrações e afins. Cada um colocou R400 (R$ 100), ficando com Cláudia a responsabilidade de ser nossa "tesoureira" durante a viagem. Enquanto ela acertava o serviço, eu e Vera fomos iniciar o check in. Vera entregou o voucher para a recepcionista que nunca mais nos devolveu. Ficamos o restante da viagem sem ele. O registro foi muito rápido, pois já tinham preparado dois quartos em nome de Vera. Apresentamos os passaportes para que eles tirassem cópias. Neste meio tempo, chegou um jovem esbaforido, falando um português arranhado. Era o representante da Akilanga. Pediu desculpas, nos entregou os R250 do traslado que tínhamos acabado de fazer e nos ofereceu, como recompensa, um city tour de meio dia em 01º de janeiro, em hora a ser comunicada, oportunamente, pela empresa. Aceitamos a oferta, mas perguntamos os motivos pela falha no transfer. Ele disse que a cidade estava muito cheia, que houve atrasos em voos e que algumas pessoas necessitam mais de assistência do que outras. Desculpa esfarrapada! Qual é o medidor que eles tem para saber que alguém precisa mais do que outro? Pois, em tese, eles não conhecem ninguém que contratou os seus serviços. Além do mais, nós já tínhamos pago antecipadamente pelo traslado. Cansados, não demos muito papo. Já tínhamos decidido que aquela era a primeira e última vez que comprávamos um pacote com a Descubra Turismo. Ficamos no 13º andar, em quartos colocados um no outro. Fiquei só, enquanto as duas dividiram o quarto. Eu recebi a chave do 1315 e elas do 1316. Como este último tinha cama de casal e o meu duas de solteiro, trocamos de chaves antes mesmo das malas chegarem aos quartos. Assim que deixaram minha mala, tirei o que precisava para pendurar em cabides e a necessaire, pois meu corpo pedia um banho com urgência. Tínhamos uma reserva para jantar às 18:30 horas, conseguida com muito custo, com mais de um mês de antecedência. No e-mail de confirmação da reserva, avisaram que não poderia haver atraso, pois o restaurante trabalhava com dois turnos por noite. Estávamos no primeiro turno, que vai de 18:30 até 20:45 horas. Desta forma, combinamos de nos encontrarmos novamente às 18 horas. Tínhamos um tempinho para descansar.

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