Descemos da Table Mountain na esperança de logo pegar um táxi no ponto que fica em frente à bilheteria do local. Nada feito. Não havia nenhum carro lá parado. Fomos para o tal ponto, onde um funcionário nos perguntou se queríamos táxi. Com resposta afirmativa, ele apontou para onde deveríamos ficar. Em seguida, foi-se formando uma fila naquele ponto. Uma mulher sozinha logo atrás da gente, um casal e um grupo com sete pessoas. Carros de passeio também não chegavam por lá. O funcionário disse que tinha ocorrido um acidente de grandes proporções no caminho, o que paralisou todo o trânsito de Cape Town, já que coincidiu com a volta das pessoas das praias da cidade. Depois de uns vinte minutos de espera, chegou um táxi. O motorista desceu do carro para conversar com o funcionário. Ele estava de boné, camiseta, bermuda e chinelo, parecendo que saía de um boteco. Queria saber para onde nós íamos. Strand Tower Hotel era nosso destino, mas ele disse que só levaria se fosse para o Waterfront. Vera não pensou duas vezes e disse que então iríamos para lá. Sem saber o valor da corrida, entramos no carro. Os três no banco de trás. Quando já estávamos acomodados e o motorista em seu lugar, o funcionário levou a mulher sozinha que estava atrás de nós na fila e a colocou no banco da frente, sem perguntar se queríamos dividir o táxi. Apenas alegou a dificuldade de se conseguir outros táxis. Em seguida, ele pediu para Vera e Cláudia saírem do banco de trás para permitir ao casal que era o terceiro da fila também entrar no carro, no banco rebatível atrás de nosso banco. O táxi tinha se transformado em uma lotação. Com o carro cheio, o taxista arrancou, descendo a estrada. Em duzentos metros, o trânsito parou e assim ficou. Para piorar a situação, o cara tinha colocado um dvd só com clipes de reggae, ritmo que acho bem chato. Cláudia, que adora interagir, perguntou se alguém tinha se machucado ou se ferido no tal acidente. O motorista respondeu, mas nada entendemos. Mesmo no volante, ele ficou manuseando seu celular até achar umas fotos. Passou o telefone para Cláudia ver as fotos do acidente. Um carro capotado na grama ao lado de uma avenida e outro batido mais à frente eram a causa de todo o tumulto no trânsito da Cidade do Cabo. Não entendemos como aquele acidente, ocorrido ainda à luz do dia, afetava tanto o trânsito. O motorista estava impaciente e começou a utilizar a contramão para avançar, entrando em estacionamentos, saindo lá na frente, até chegar em uma avenida, virar a primeira rua à esquerda e adentrar em um interessante bairro, cheio de restaurantes e bares bacanas. Vera perguntou se não era o caso de ficarmos por ali, mas argumentei sobre a possível dificuldade de conseguir um táxi para voltar, pois não vimos nenhum ponto por onde passamos. Seguimos para o Waterfront. Para nossa surpresa, o taxista passou em frente ao nosso hotel, mas já tínhamos colocado na cabeça que iríamos, pela quarta vez nesta viagem, ao Waterfront. Ele nos deixou no local de sempre, no ponto de táxi em frente ao hotel Victoria & Alfred. Só nós três descemos do carro. O mesmo fez o taxista para cobrar a sua corrida. Ficou em R120 (R$ 26). Achamos até barato pelo que vínhamos pagando até então, pois a distância percorrida foi muito grande. Para nossa surpresa, os demais passageiros permaneceram no carro. O taxista voltou para o volante e os levou para outro destino. O relógio marcava mais de 21 horas. Todas as lojas já estavam fechadas. Restavam os restaurantes, para onde nos dirigimos. A ideia era tentar o Bahia, posto que estava fechado na hora do almoço daquele primeiro dia de 2014. Fechado também naquela horário. Escolhemos um restaurante de comida portuguesa para jantar.
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