Em tempos de Oscar, concentro nos filmes concorrentes quando vou ao cinema. Se não estivesse concorrendo não escolheria ver nas telonas Capitão Phillips (Captain Phillips). Mas como ele concorre a seis Oscar, incluindo melhor filme e melhor ator coadjuvante, não tive dúvidas em ir conferir. Escolhi o Cinemark Pier 21, pagando R$ 20,00 a inteira. São 134 minutos de duração, com direção de Paul Greengrass. Encabeça o elenco o sempre ótimo Tom Hanks, vivendo o capitão que dá título ao filme. Baseado em história real e adaptado a partir de livro que narra um sequestro de um navio de cargas norte americano nas águas internacionais próximas da costa da Somália. Os sequestradores são somalis, chamados de piratas modernos, que usam a violência para atacar navios, fazendo reféns e exigindo milhões de dólares para devolver o navio e sua tripulação. Na história, Phillips conduz o navio que saiu do porto de Omã rumo a Mombaça, no Quênia. Em nenhum momento a carga é mostrada, mas nos diálogos do capitão com o chefe dos sequestradores ele diz se tratar de comida para distribuir aos africanos. O navio parte sozinho, sem escolta armada, e quando atinge a Bacia da Somália, ele é abordado por duas lanches de piratas somalis. Em um primeiro momento, ele consegue afugentá-los, usando das armas disponíveis no navio, mas os sequestradores não dão trégua e uma lanche consegue abordar o navio e subir a bordo. A partir daí, o embate entre os quatro somalis e o capitão dão a tônica do roteiro. Muse é quem comanda o sequestro. Ele é interpretado brilhantemente pelo ator Barkhad Abdi, nascido na Somália, o que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Depois de muitas tratativas, onde ninguém confiava em ninguém, e sempre com truques para enganar um ao outro, os somalis deixam o navio em uma baleeira, mas levam consigo o capitão. A marinha americana é acionada e um verdadeiro aparato de resgate é montado. Por ser baseado em história real, quando já entramos sabendo o final, poderia haver uma acomodação no desenvolvimento do roteiro, mas o filme é tenso o tempo inteiro, fato que pode ser creditado à excelente edição. E esta tensão fica no ar. Nós, sentados nas confortáveis poltronas do cinema, predemos a respiração, mexemos na cadeira, acompanhando o desenrolar do sequestro, que vai ficando cada vez mais tenso. O ápice se dá com o resgate, faltando poucos minutos para terminar a película. A interpretação de Hanks também é muito boa, mas para os integrantes da academia hollywoodiana ela não foi o bastante para ele integrar, mais uma vez, a lista concorrente a melhor ator do ano. Gostei muito do que vi.
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