Dia 04 de janeiro de 2014, seis horas da manhã. Malas fechadas. Eu, Cláudia e Vera nos encontramos no restaurante do Strand Tower para o café da manhã. No entanto, diferente da informação que obtivemos na recepção na noite anterior, o serviço começava às 6:30 horas. Ficamos sentados esperando ter alguma coisa para comer. Mesmo com os funcionários ainda colocando as coisas no buffet, nos servimos do que tinha disponível para não atrasarmos, pois nosso traslado para o aeroporto de Cape Town estava marcado para 06:45 horas. No horário exato, estávamos no hall do hotel. Ninguém tinha nada para acertar, pois não tivemos nenhum consumo extra durante a estadia. O motorista que iria nos levar já estava no hotel. Fomos em uma van. Desta vez, a Akilanga não cometeu erros. Quarenta minutos depois, chegávamos ao aeroporto. Um maleteiro veio até o carro nos ajudar com nossa bagagem. Ele fez tudo: colocou as malas em um carrinho, conduziu-nos até a fila do check in da South African Airways, esperou conosco. Como a fila não andava, ele perguntou se algum de nós tinha o status gold na Star Alliance. Eu tenho. Ele foi até o balcão reservado para clientes deste status, conversou com o despachante e conseguiu que todos nós fizemos o check in juntos por lá. Era importante fazermos juntos por causa do peso da mala de Vera, 30 quilos, acima do permitido para voos internos. Como eu tenho uma franquia maior de bagagem, ao todo poderíamos despachar 89 quilos. Nossas três malas pesaram 77 quilos. O maleteiro ainda colocou as etiquetas nas três malas, com tarja de preferencial. Com os cartões de embarque nas mãos, ele nos levou até o portão de embarque. Ganhou R100 (R$ 22) de gorjeta. Sorriu muito e nos desejou uma boa viagem. Nosso voo era para Hoedspruit, com conexão em Joahnnesburg. Quando sentamos em frente ao portão de embarque, um homem com um cecê insuportável sentou perto da gente.Tivemos que sair fora, torcendo para ele não ir no nosso voo. Chamada para o embarque no horário. Embarque remoto. Fui primeiro para garantir lugar para nossas malas de mão. O homem fedorento foi no mesmo ônibus. Seu mau cheiro era sentido em toda a extensão do ônibus. Fugi dele, mas ele era sem educação demais. Passou empurrando um monte de gente e subiu as escadas na minha frente. Fiquei todo encolhido para ele não encostar em mim. Quando vi, ele estava sentado na classe executiva. Dei graças, pois nossos assentos eram na fileira 25. Quando Cláudia e Vera chegaram, comentaram que passaram pelo homem fedorento na classe executiva e tudo estava empesteado. De repente, um comissário trouxe o tal homem para a fileira 26. O assento dele era exatamente o atrás de Cláudia, na janela. Ela pegou um lenço umedecido, que tinha um pouco de perfume, e o colocou no nariz. O mesmo fizemos eu e Vera. Por fim, um casal de alemães se sentou ao lado do cara. Tive dó deles, pois tiveram que suportar duas horas de voo com aquele mau cheiro. Quando o avião pousou em Joahnnerburg, combinamos de sair rapidamente para não ter contato físico com o homem, pensando que ele custaria a sair do lugar, pois havia o casal sentado nas poltronas do meio e do corredor. Levantamos e quando pegávamos a primeira mala, vi que o cara atropelou o casal e veio para o meu lado. Como um foguete falei para as minhas amigas: "volta, volta, volta!!" e nós três nós jogamos nos nossos assentos, todos espremidos um contra o outro, o mais longe possível do homem. Rimos muito da situação. O avião abriu as portas e o cara saiu. Só então nos levantamos e também saímos. O tempo de conexão era uma hora e vinte minutos. Fomos direto para o novo portão de embarque. Voo marcado para 12:15, mas houve atraso de uma hora. Embarque remoto. Na porta do avião, um Dehavilland Dash 8-400 Turboprop, os funcionários da companhia aérea recolheram as malas de mão, pois não cabiam no compartimento interno da cabine. Avisaram que pegaríamos estas malas junto à escada da aeronave quando ela pousasse em Hoedspruit. Voo tranquilo, com uma hora de duração. Serviram um lanche com um pacote de batatas fritas e dois de frutas secas que ajudaram a enganar minha fome. Pousamos em Hoedspruit às 14:10 horas, ou seja, uma hora após o previsto. Durante o taxiamento, muito longo por sinal, vi um javali correr pelo mato. O aeroporto é pequeno, mas muito bem cuidado. Esperamos a mala de mão junto à escada do avião e fomos para a área externa do aeroporto, onde as demais bagagens seriam entregues. Não há esteiras. As malas são entregues no estacionamento do aeroporto, onde as dezenas de vans dos hotéis aguardavam seus hóspedes. Vimos a placa com o nome de Vera e a identificação do motorista Simon como sendo do Imbali Safari Lodge, nosso hotel dentro do Kruger Park. Dividimos a van com três australianos da mesma família. Começava ali nossa aventura na savana africana.
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