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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

UMA TARDE NA CAIXA CULTURAL DE BRASÍLIA

Passei uma parte da tarde de sábado, 25 de janeiro de 2014, na Caixa Cultural, onde há quatro exposições em cartaz, todas com entrada franca. Cheguei por volta de 15 horas. Antes de entrar para conferir as obras expostas, passei na bilheteria para saber para quais espetáculos havia venda de ingressos. Comprei entradas para três deles, sendo duas peças e um show para a semana que começaria no dia seguinte. Sem mochila, fui direto para as galerias, vendo as exposições na seguinte ordem:

01) Zona de instabilidade - Galeria Principal. Com curadoria de Júlia Rebouça, a mostra traz onze obras da artista mineira Lais Myrrtha. É um recorte de alguns trabalhos da artista que se utiliza de vários materiais para demonstrar seu conceito de instabilidade. Desenhos, instalações, esculturas em concreto, que mais lembram um projeto arquitetônico, vídeo são alguns de seus recursos para reproduzir o inacabado. Tudo parece em construção, nada é definitivo. Embora sejam apenas onze obras, a exposição ocupa o maior espaço dentre aqueles destinados às artes visuais da Caixa Cultural. É fácil de percorrer as obras, mas é preciso ler as informações na entrada para entender melhor o que a curadora pretendeu ao reunir este conjunto de Myrrtha.

02) Além de um lugar - Galerias Piccola I e II. A curadora Marisa Mokarzel traz um recorte da fotografia paraense cujas fotógrafos integram a Kamara Kó Galeria. São dezesseis artistas que tem trajetórias e estilos distintos, mas são reunidos nesta exposição para mostrar um olhar sobre o espaço, cujo título, Além de um lugar, é muito apropriado, pois não se trata de registrar um local, uma paisagem, uma casa ou uma rua, mas todos estes cenários são captados de forma especial fazendo com que o visitante veja além de uma bela paisagem, de um cenário perfeito. Algumas fotos carregam um tom de emoção muito forte. Destaco a instalação para a fotografia Cerco à memória, única foto de Alexandre Sequeira na exposição. A simbologia do velório com a mata pegando fogo ao fundo, aliado à maneira como a foto é mostrada ao público, já vale a visita. Foi a exposição que mais me agradou naquela tarde.

03) Como se fosse - Galeria Vitrine. Mais uma mostra de fotografia, desta vez da artista paulista Julia Kater, com curadoria de Eder Chiodetto. A artista não se contenta em fotografar. Depois de pronta, ela corta e recorta suas fotos, faz intervenções, usa da técnica de colagem e de sobreposição, inverte a posição das fotografias, coloca-as de cabeça para baixo ou faz uma junção de uma parte de uma foto com a parte de outra. Depois destas intervenções, surgem novas fotografias, novos pontos de vista. Uma simples inversão de foto de uma árvore fez nascer uma nova árvore. Nada é o que parece, tudo depende de como enxergamos a fotografia na nossa frente. Muito interessante.






04) Na Galeria Acervo estão expostas fotografias de projetos ganhadores do programa de sustentabilidade patrocinado pela Caixa. Ao ver cada foto, fiquei sabendo de programas simples que são executados em pequenas localidades ou mesmo em grandes centros, ajudando milhares de famílias a viver melhor, seja na geração de trabalho e renda, seja na educação, seja na saúde, na cultura, no lazer, no esporte. Em cada projeto fotografado, há uma ficha técnica e um breve resumo do que se trata.

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