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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UM VOO ENTRE XI'AN E XANGAI

Amanhecemos cedo no sábado, 15 de setembro. Era hora de deixar Xi'An e seguir para nossa terceira cidade chinesa da viagem. Nosso destino: Xangai (Shanghai). Depois de mais um bom café da manhã no Grand New World Hotel, fizemos nosso check out e nos sentamos, aproveitando para navegar no wi-fi gratuito do lobby do hotel até a chegada de Snow, nossa guia. Às 8:30 horas em ponto ela surgiu com o motorista. Malas colocadas na van. Tudo pronto para seguir para o aeroporto, cujo trajeto fizemos em cerca de cinquenta minutos. Despedimo-nos do calmo motorista, dando-lhe uma gorjeta conforme dicas escritas que recebemos da agência com a qual contratamos o pacote da parte interna na China (RMB 80 - R$ 26,00 ou U$ 12.70 - por dia de trabalho). A guia nos conduziu até o balcão do check in da China Eastern, onde fizemos o despacho das bagagens e pegamos o cartão de embarque. Foi a vez de despedirmos de Snow, também lhe dando a sua gorjeta (RMB 150 - R$ 48,30 ou U$ 23.80 - por dia de trabalho). No controle do raio X tive que tirar muita coisa da mochila: iPhone, iPod, iPad, moedeira, fone de ouvido, saco de plástico com os líquidos de viagem, notebook e seus acessórios, além da carteira de dinheiro. D teve que abrir a sua bolsa, pois implicaram com alguma coisa que estava lá dentro, mas não ficaram com nada. O aeroporto é muito grande, com bastante espaço e tem wi-fi gratuito para navegação na internet. Embarcamos no horário. Avião lotado. A temperatura começou a incomodar dentro da aeronave. Muita gente se abanava. Eu utilizava a revista de bordo para também me abanar. As comissárias entregavam copos de água para quem pedia, até que o comandante avisou que havia um problema no ar condicionado e que já estavam resolvendo, dizendo, ao final, que o voo atrasaria quarenta minutos. Pensei que sairíamos do avião, mas ficamos e assim permanecemos por mais de uma hora. O ar voltou a funcionar e pudemos decolar. O voo marcado para sair às 11:00 horas, só deixou a pista de decolagem às 12:15 horas. Eu estava sentado no corredor e V no assento do meio ao meu lado. Na janela, estava um chinês. Quando serviram o almoço, uma refeição quente, com duas opções para escolhermos, o chinês começou a mastigar de boca aberta, fazendo muito barulho, o que foi incomodando V. O chinês foi aumentando o barulho enquanto V tampava o ouvido esquerdo com um dedo, usando a outra mão para manusear os talheres. Mas o barulho aumentava. Parecia que ele se divertia com o fato. V pegou seu fone de ouvido, que começamos a chamar de equipamento de proteção individual, plugou seu iPod, colocando-o em seu volume máximo. O chinês queria realmente incomodar, pois aumentou a barulhada com a boca enquanto mastigava e foi assim até terminar a refeição. Quando pensávamos que ele terminara, a comissária passou oferecendo chá. Ele aceitou uma xícara. Sorveu a bebida com todos os barulhos possíveis, chupando os dentes quando engolia e ainda pediu outra xícara. Quando a situação passou, rimos muito do que ocorreu. Pousamos no Aeroporto de Pudong (Shanghai) às 14:30 horas. A espera das malas não foi longa. Na saída, nosso guia local, Michael, já nos aguardava. Desta vez, a placa que ele usava para nos identificar tinha o nome de nós cinco. O guia nos pareceu distante e apressado, mas esta primeira impressão logo passou. Seu inglês era muito bom, fácil de entender. Pedimos para ele nos levar a uma casa de câmbio ainda no aeroporto, onde troquei mais U$ 300. D e V também trocaram dinheiro. C e S preferiram esperar por um caixa eletrônico para sacar. Seguimos para a van, onde fomos apresentados para Jack, nosso motorista local, um ex-soldado do exército chinês. No carro dele tinham fotos de Mao. Michael disse que, devido ao atraso de nossa chegada, só deixaríamos as malas no hotel, onde ficaríamos no carro. O check in seria feito no final dos passeios programados para aquele sábado. O almoço incluído no nosso pacote foi trocado pelo jantar, proposta feita pelo guia, assim como acontecera em Xi'An. No trajeto do aeroporto até o centro da cidade, onde ficava nosso hotel, vimos o movimento intenso de carros nas ruas, os vários viadutos que se sobrepõem um ao outro, o trem mais rápido do mundo chamado Maglev (Magnetic Levitation), que faz o percurso aeroporto-centro-aeroporto em poucos minutos. Este trem não anda sobre trilhos, sendo suspenso por levitação magnética. Fabricado na Alemanha, chega a mais de 400 quilômetros por hora e só existe em Xangai. Pensei em andar nele, mas isto não foi possível durante nossa estada na cidade. Ficou para uma outra oportunidade.

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