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sábado, 22 de setembro de 2012

VISITA A UMA FAMÍLIA CHINESA DE CLASSE MÉDIA E AO BAIRRO FRENCH CONCESSION


fonte na região de French Concession

Em Xangai há influências de algumas nações estrangeiras que ocuparam parte da cidade em épocas passadas, como os ingleses, japoneses e franceses, e deixaram influências na arquitetura, no modo de viver, na alimentação. Uma das áreas mais badaladas da cidade é conhecida como French Concession, herança dos franceses, cujo passeio por suas ruas fazia parte de nosso roteiro. Antes de seguir para este bairro, Michael cumpriu o seu roteiro nos levando para uma área residencial dominada por prédios populares. Antes, passamos em um órgão do governo para pegar uma funcionária que nos levaria para conhecer um apartamento típico da classe média baixa chinesa. A área residencial escolhida fica em Caoyang, bairro calmo, com ruas arborizadas. Nosso destino era um conjunto habitacional datado da década de oitenta, com uma série de edifícios altos e iguais. Andamos pelas ruas internas do condomínio, observando a fachada de cada prédio e as roupas estendidas em varais colocados pelo lado de fora das janelas. O apartamento escolhido ficava no primeiro andar de um destes prédios, cuja entrada era protegida por portões com grade de ferro. O corredor era apertado e escuro. A nossa anfitriã já nos aguardava. Fomos apresentados. Entramos, indo direto para a sala, onde sentamos ao redor de uma mesa retangular. O apartamento era bem pequeno, um cubículo, com uma cozinha minúscula, um banheiro, a sala e dois quartos. Não havia área de serviço. Nele viviam a mulher, seu marido, sua sogra e seu único filho, já que as leis chineses permitem que cada casal só tenha um filho em grandes cidades. A situação era constrangedora, pois não queríamos ficar ali e a funcionária do governo insistia em pedir à senhora que nos falasse um pouco de sua vida. Sempre em chinês, ela disse que trabalhava como caixa em um supermercado do bairro, seu marido era motorista de táxi e seu filho estudava química, já trabalhando em um laboratório. Fez questão de mostrar por mais de uma vez uma estante da sala onde ficavam lembranças que os visitantes de vários países deixaram como presentes. Era uma dica para que nós também a presenteássemos com alguma coisa. Fizemos cara de paisagem. S fez algumas peguntas à funcionária do governo sobre como eles se divertiam, se iam à praia, entre outras coisas. Eu contava os minutos para sair dali. Com quinze minutos, demos sinal um para o outro que era hora de ir embora. Levantei, agradecendo a acolhida e saímos. Depois de deixar a funcionária em seu local de trabalho, questionamos Michael dos motivos daquela visita. Ele se limitou a dizer que cumpria o roteiro que a agência de viagens havia lhe entregue, lembrando que nós tínhamos aprovado todo o pacote. Tiramos uma lição: visitas deste tipo, apenas para fazer propaganda do governo, é totalmente dispensável. Uma perda de tempo. Seguimos, enfim, para o bairro francês. Ruas largas, com prédios lembrando Paris, era um outro universo. Andamos um pouco a pé, entrando numa rua de pedestres, onde Michael nos deixou livres por cerca de uma hora e meia. Nesta rua ficam dezenas de bares e restaurantes, além de algumas lojas de grife. Era final de tarde de domingo, motivo pelo qual as mesas colocadas na calçada estavam bem cheias. Percorremos toda a extensão da rua, escolhendo onde parar para tomar um drinque. Escolhemos um bistrô-bar que tinha um grande movimento, o Kabb (Xintiandi North Block House 5, Lane 181, Taicang Road - www.kabbsh.com). Não havia lugar nas mesas da calçada. Assim, sentamos no lado de dentro, cuja decoração lembra a de um pub, com muita madeira escura. Pedimos uma garrafa do vinho branco Matua Road, um neo-zelandês feito na região de Marlborough com a casta sauvignon blanc, safra 2009 (U$ 70). O tempo estava quente, motivo pelo qual pedimos um vinho branco. Todos sabem que não sou fã dos vinhos brancos, mas sempre bebo exemplares da Nova Zelândia que aprecio, e este foi mais um deles. Para acompanhar o vinho, a casa serviu, como cortesia, um potinho de castanhas. Na hora de encontrar nosso guia, pagamos a conta e saímos, com a certeza que jantaríamos naquela região, fechando um domingo intenso de programação. Michael nos aguardava com o endereço daquela área escrito em chinês em dois cartões para usarmos à noite quando fôssemos tomar um táxi. Voltamos para o hotel. Michael ainda perguntou se queríamos massagem, mas a resposta foi negativa. No entanto, quando ele foi embora, C, V e S voltaram para a Fairyland para fazer mais uma massagem. Eu e D preferimos descansar.


French Concession


French Concession


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