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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

GRANDE MURALHA

Segunda-feira, dia 10 de setembro de 2012, 9:00 horas da manhã. Todos prontos no lobby do hotel para o segundo dia de passeios incluídos em nosso pacote em Beijing. Destino: Grande Muralha da China, na região de Mutianyu. Fomos de van, em direção ao norte da cidade, passando por largas e movimentadas avenidas. O percurso dura cerca de uma hora e meia. No caminho, vimos algumas plantações de pêssegos e milho. V enjoou, tendo que ficar mais perto da janela para melhorar. O motorista parou a van no primeiro estacionamento, pois havia informação de que os mais próximos aos acessos da grande muralha estavam lotados. Subimos um pequeno trecho a pé, vendo as muitas barracas que vendiam artesanato e lembranças da China. A guia nos disse para não aceitar o primeiro preço que os vendedores pediam por seus produtos. Tinha que barganhar. O método é simples. O vendedor escreve em um papel ou digita na calculadora um valor exorbitante. O cliente faz o mesmo, colocando a sua proposta e segue-se assim até chegar a um preço devidamente negociado. Os valores iniciais são bem altos em relação ao que se consegue vender. C comprou um chapéu cujo preço era RMB 85 (R$ 27,00), pagando ao final RMB 20 (R$ 6,30), menos de 1/4 do que a vendedora havia pedido inicialmente. Para subir até a muralha há dois teleféricos. Um fechado, comportando seis pessoas dentro, percurso ida e volta. O outro aberto, uma cadeirinha para duas pessoas, que passa por cima de muitos pés de castanha portuguesa. Pode-se escolher subir e descer na cadeirinha ou subir nela e descer em um slide car (parece um carrinho de rolimã com freio manual em forma de alavanca que desce uma calha de ferro no melhor estilo toboágua). Escolhemos a opção mais emocionante, a da volta no slide car. Fila para entrar, formamos os pares. V e S, C e D, e eu e a guia. A gente fica em pé, de costas para a cadeira, e quando ela chega (ela não para), sentamos, abaixando a barra de proteção. A subida é lenta e muito agradável. Ao chegar no ponto final da cadeirinha, dois chineses ficam atentos, pois como ela não para, temos que sair com cuidado para não ser atropelado, mas é tranquilo. Pessoas de todas as idades, inclusive idosos com bengalas sobem nesta cadeirinha. A guia nos reuniu perto de um mapa, contando-nos sobre a muralha, sua função de proteção dos chineses contra os ataques da Mongólia e nos disse que tínhamos uma hora para passear pelos muros e torres que formam a grande muralha chinesa. Fomos para o lado esquerdo, decidindo que iríamos ver e caminhar a distância de duas torres. Algumas da torres tem um segundo piso, possibilitando uma ótima visão da muralha serpenteando as montanhas da região. Parece que ela não tem fim. O visual é muito bonito, mesmo com o dia com uma constante neblina suave. A caminhada é puxada, pois há subidas e descidas íngremes, com degraus irregulares, mas vale a pena. Afinal viajamos muitos quilômetros para ver a beleza arquitetônica construída na época dos imperadores. Assim que chegamos na segunda torre, resolvemos andar até a próxima e nela, mais uma. Assim que vemos o que se tem pela frente, da vontade de continuar. Tem turista que sobe pelo teleférico de cadeirinha e retorna pelo fechado, pois a distância é grande entre os dois. Na quarta torre voltamos, gastando exatamente uma hora no percurso. A guia nos aguardava em um setor coberto, cheio de bancos para descansar. Como não há bares na muralha, alguns vendedores ambulantes oferecem água e refrigerante gelado aos turistas no meio da muralha. Tínhamos nossa água  cortesia do hotel em que estamos hospedados. Fomos, então, para a fila do slide car. Lemos, em inglês, as instruções, muito simples por sinal, como não tire as mãos da alavanca para nada, nem mesmo para tirar fotos ou atender celulares. Empurrar para baixo a alavanca significa soltar o freio e puxá-la para perto do corpo significa diminuir a velocidade até parar. V foi a primeira, seguida de S e de D. Segui atrás de D e C veio em seguida. É muito gostoso fazer a descida, com várias curvas e pequenas inclinações da calha, ou pista, do slide car. D era lenta, o que foi causando um engarrafamento de carrinhos atrás dela. O turista só desce ao ouvir as palmas de um chinês. Ele espera uma distância de segurança para permitir o próximo a descer. Mas no meio do caminho os carrinhos podem ir se aproximando mais, dependendo da velocidade que cada um imprime em sua descida. Bandeiras vermelhas escritas em inglês indicavam os pontos onde se deve diminuir a velocidade (slow down), além de uma gravação em chinês e em inglês repetir em moto contínuo: slow down, don't stop (diminua a velocidade, não pare!). A cara de felicidade que cada turista termina o percurso é digna de foto. No ponto final do slide car, dois homens mais velhos vestidos como guerreiros da época das guerras imperiais almoçavam em suas marmitas, mas faziam questão de puxar os turistas para tentar tirar uma foto com eles, mediante um pagamento, obviamente. Recusei e segui em frente, para encontrar o nosso motorista e ir almoçar.



turismo
férias

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