Quando estávamos a caminho do hotel, vindo do aeroporto, em uma estreita rua movimentada do centro de Xangai, vimos uma placa em neon com vários caracteres chineses, mas uma palavra escrita em inglês arrancou exclamações vigorosas de V, C, D e S: MASSAGE. Imediatamente o motorista Jack e o guia Michael, que estavam no banco da frente da van, riram bastante. Michael disse que aquele lugar não era para elas, pois se tratava de uma casa de prostituição, mas se alguém quisesse uma real massagem ele providenciaria. Todos se animaram em fazer uma massagem nos pés. Combinamos, então, que teríamos uma massagem ao final dos passeios, após o jantar. Seguimos para o hotel, que não ficava longe de onde vimos a tal placa. Assim que retiraram as malas da van, recebemos uma garrafa de água mineral cada um do nosso motorista. Não descemos do carro. No caminho, Michael propôs fazermos um passeio não incluído no pacote, um tour de uma hora de barco pelo Rio Huang Pu, quando poderíamos ver os famosos prédios de Xangai. Cada um teria que pagar RMB 120 pelo passeio (R$ 38,70 ou U$ 19.10). Todos concordaram. Nossa primeira parada foi em frente à Torre Pérola Oriental (Oriental Pearl Tower), uma imensa estrutura com duas esferas, uma em cima e outra embaixo da parte fina da construção. É uma torre de televisão, sendo a terceira maior do mundo. Ali tiramos fotos enquanto Michael comprava os tíquetes para o barco e para subir no observatório da torre (estes incluídos no pacote). Andamos alguns metros até o terminal de embarque, o Oriental Pearl Cruise Terminal, onde embarcaríamos. Michael se posicionou em frente a um portão de metal com a gente logo atrás dele. Não havia mais ninguém para fazer o passeio. Esperamos dez minutos. Quando o portão se abriu, entramos, para, em seguida, os funcionários do local permitirem a entrada de quem fazia uma enorme fila. Notamos que nosso guia tinha uma certa regalia. Fomos os primeiros a entrar no barco, subindo logo para o terceiro andar, de onde se tinha a melhor vista. Ventava muito. Todos nós nos agasalhamos. Michael reuniu seis cadeiras em torno de uma mesa, pedindo para sentarmos, pois logo não sobraria lugar para ninguém fazer o tour assentado. Ele tinha razão, o barco ficou bem cheio, com muito turista chinês. Como eles viajam internamente! O barco zarpou às 16 horas, indo para a direita, considerando a margem que nós embarcamos. Navegou apenas quinze minutos, fazendo o retorno, passando em frente aos mesmos prédios e ao local de embarque, navegando mais quinze minutos na direção contrária, a partir deste ponto, retornando pelo mesmo caminho ao local de origem. Nesta uma hora, tiramos muitas fotos dos prédios, que formam um bonito skyline, com os prédios usando muito vidro e formas diferenciadas. Também tivemos a oportunidade de ver os diversos barcos que circulam no trecho do rio, alguns deles com mercadorias e outros cheios de turistas. O destaque, de qualquer ponto do passeio, era a Torre Pérola Oriental. Terminado o passeio, fomos direto para a torre de TV. Antes de entrar, subimos em um pedestal de onde poderia ser tirada a melhor foto de alguém com a torre ao fundo. Antes de entrar, Michael disse que nenhuma garrafa de água ou outro líquido poderiam entrar. Uma fila grande se formava em frente aos controles de raio X. O nosso guia seguiu em direção oposta, em uma espécie de fila rápida, como aquelas que existem em alguns aeroportos do mundo para os viajantes de primeira classe ou executiva. Quatro turistas da Mongólia deram uma de espertos, seguindo-nos e se deram bem, pois ninguém exigiu deles o tipo de ingresso que Michael estava nas mãos. Soube a origem dos turistas por nosso guia, que conversou um pouco com eles. Descartamos nossa água, passamos as bolsas pelo raio X, indo em direção ao elevador, onde havia uma pequena fila para subir. Este caminho é em formato circular, já que estávamos dentro da primeira esfera da estrutura da torre. Nas paredes havia uma exposição de fotografias coloridas em tamanho gigante com várias cenas de atletas durante as competições das Olimpíadas de Londres. Reconhecemos alguns dos atletas, como o jamaicano Usain Bolt e o americano Michael Phelps. A maioria das fotos eram de chineses ganhadores de medalhas. Quanto aos brasileiros, não vi nenhuma foto que os retratasse. A fila andou rápido. O elevador ficou cheio. Na subida, uma ascensorista chinesa deu as boas vindas aos turistas, tanto em chinês quanto em inglês, informando alguns detalhes técnicos da construção. A torre tem 468 metros, sendo a maior torre de TV da Ásia e a terceira do mundo. Chegamos rapidamente ao principal andar de observação, a 263 metros de altura. Lá podemos ver o movimento de barcos no rio, o trânsito intenso nas ruas de ambos os lados deste rio, os grandes edifícios, incluindo o terceiro maior prédio do mundo e o primeiro da China, o Shanghai World Financial Center, que tem uma curiosa forma de abridor de garrafas. Assim que demos a volta completa no andar, tirando muitas fotos, Michael nos levou a uma escada. Descemos 4 metros de escadas para chegar ao andar de observação situado a 259 metros do chão. O andar tem um enorme skywalk, com o piso em vidro transparente, o que permite ver a cidade aos nossos pés. Tirei algumas fotos e fiquei observando o medo de algumas pessoas em andar no chão de vidro. Alguns ficavam segurando na mão de alguém para conseguir colocar os dois pés no vidro, enquanto outros nem mesmo se permitiam chegar perto do vidro. Descemos de elevador, sentindo uma leve pressão nos ouvidos. Dali, seguimos de carro para a outra margem do rio. Já escurecia. Nossa próxima parada foi para jantar, mas antes, ainda fomos até uma calçada às margens do rio, onde fica um monumento em homenagem aos soldados chineses mortos na Segunda Guerra, local escolhido por muitas noivas para tirar fotos, segundo informou nosso guia. Quando chegamos, havia duas sessões destas fotos. O guia nos confessou que ele também tirou fotos para seu álbum de casamento naquele lugar. Os grandes prédios iluminados do outro lado do rio é um espetáculo, cenário perfeito para ótimas fotos. A Torre Pérola Oriental tem uma cor rosada se destacando no horizonte tanto por seu formato, quanto pela iluminação. Era hora de comer, pois a fome gritava. O guia insistiu para passarmos em uma loja de joias e artigos de decoração feitos em jade que ficava ao lado do restaurante onde jantaríamos. Mesmo falando que não queríamos comprar nada, a insistência foi grande. Entramos, demos uma rápida olhada e saímos. Ninguém comprou nenhuma peça. Entramos, em seguida, no Z-Dragon Restaurant, a pior comida que tivemos em toda a nossa viagem. Um horror de ruim.
Prédios de Xangai vistos do Rio Huang Pu
Shanghai World Financial Center
Monumento aos mortos na Segunda Guerra
Prédios de Xangai vistos do Rio Huang Pu
Torre Pérola Oriental
Prédios de Xangai vistos do Rio Huang Pu
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