Assim que terminamos o almoço de segunda-feira, fomos direto para uma fábrica de artesanato cloisonné para ver o processo de produção das famosas peças de cobre com cores eternas. Programa pega turista total, pois a parte principal do passeio é a loja com os produtos ali fabricados. Mas faz parte da vida de um turista. Uma senhora da fábrica nos acompanhou desde a saída da van, levando-nos para o hall do prédio, onde nos mostrou cinco vasos em diversos estágios até chegar ao estado final da arte. Ela disse que podia deixar o vaso pronto cair no chão, pois ele não se quebrava, mas ninguém parecia muito interessado nesta experiência. Ela nos conduziu, então, para uma quadra dentro do prédio de onde tivemos acesso a pequenas salas que davam para ela. Em cada uma das salas, podemos ver um pouco do processo de colagem de pequeninos pedaços de cobre, o preenchimento destes pedaços com as cores, obtidas através de pó de pedras e cola, o metódico e paciente trabalho de dar acabamento à pintura antes de ir para o forno pela primeira vez e a primeira polida pós fogo. A visita foi muito rápida, pois nenhum de nosso grupo queria fazer perguntas. O que nos chamou a atenção foram os empregados da fábrica. Num dos cômodos, enquanto uma trabalhava, três mulheres jogavam baralho, pois era hora do almoço delas. Em outro cômodo, uma trabalhadora aproveitava a pausa e tirava um bom cochilo debruçada em cima da mesa, sem se importar com sua colega de trabalho pintando vasos e com a presença de turistas. Em outra sala, um homem escutava um programa de rádio, enquanto preenchia de tinta os buracos de cobre, dando vida aos desenhos. Por fim, vimos um sorridente chinês polir um vaso sem nenhuma proteção em suas mãos. A visita, como já esperávamos, acabou na imensa loja da fábrica. As primeiras peças são impactantes no tamanho, na beleza e no preço. Algumas delas custavam cerca de 22 mil reais. Na medida em que se anda pelos setores da loja, os tamanhos e a qualidade das peças vai diminuindo, assim como seus preços. Vimos muita coisa interessante, desde vasos decorativos, até animais de diversas cores, passando por colares, pulseiras e pratos. Nenhum de nós comprou sequer uma peça pequena. Era hora de seguir nossa programação do dia, voltando para
Pequim e atravessando toda a cidade por vias expressas, já que a próxima parada estava no lado sul da cidade, o
Templo do Céu.
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