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terça-feira, 12 de novembro de 2013

50 ANOS EM SOLO FRANCÊS - PARIS E GIVERNY


Sempre falei que comemoraria meus cinquenta anos em Paris. E chegou o dia: 31 de outubro de 2013. Acordei cedo com uma mensagem no celular. O dia estava bem frio, mas sem chuva. O combinado com Rogério e Emi, que também completava cinquentinha no mesmo dia, era tomar café da manhã mais cedo, pois tínhamos ingressos para visitar a Casa de Monet, em Giverny. Os ingressos foram comprados pela internet por Emi. Ele adquiriu um ingresso conjugado para a Maison & Jardins de Claude Monet e para o Musée des Impressionnismes, ambos na mesma localidade. Cada ingresso conjugado custou € 18,20. A vantagem da compra antecipada é não enfrentar a fila na entrada da Casa de Monet. Para chegar em Giverny, tínhamos que pegar um trem para Vernon e de lá, um ônibus. Emi e Rogério tinham um passe de trem que servia para o trajeto, mas eu ainda tinha que comprar o bilhete. Vimos os horários do trem, decidindo por pegar o das 10:20 horas. Portanto, tínhamos que estar na Gare Saint Lazare, ponto de partida, um pouco antes para eu comprar os bilhetes de ida e volta. Às 08:30 horas estávamos no subsolo do hotel Holiday Inn Notre Dame tomando nosso café da manhã. Comecei bem meu dia com um delicioso croissant e alguns nacos de queijo. Nada mais francês! Demoramos no café e, consequentemente, para sair do hotel. Para chegar à estação de trem, pegamos o metrô. A estação Saint-Michel é bem próxima de onde estávamos. Emi e Rogério já tinham bilhetes do metrô para cinco dias, comprados no dia anterior. Eu tive que comprar naquele momento. Adquiri um tíquete para três dias pelo valor de € 23,40. No bilhete, deve-se escrever o nosso nome e o período de validade. A vendedora já me entregou o meu com as datas escritas por ela: de 31/10 a 02/11/2013. Nosso trajeto exigia uma baldeação na estação Châtelet-Les Halles, onde pegamos a linha 14 em direção à Gare Saint Lazare. Olhávamos o relógio com a certeza que não daria tempo de pegar o trem. Emi dizia que a estação era pequena, fácil de comprar o bilhete e que daria tempo. Ele só não contava com a ampla reforma que a estação vem sofrendo, com vários pisos modernos, cheios de lojas e com a fila que tivemos que enfrentar na loja da SNCF. Isto depois de ficar na fila errada, onde só vendia bilhetes para trens de percurso mais reduzido. Quando chegamos na fila correta, o relógio marcava 10:21 horas. Tínhamos perdido o trem. Resolvemos ir no próximo, marcado para 12:20 horas. Cerca de doze pessoas estavam na minha frente e alguns demoravam muito nos guichês. Embora com 16 posições de atendimento, somente 8 estavam funcionando. Fui atendido por uma simpática vendedora chamada Nicole. Comprei o bilhete de ida e volta, segunda classe, por € 27,80. Nicole já me entregou o bilhete com o carimbo datado de 31/10/2013, dizendo que não seria necessário validá-lo nas máquinas antes de entrar no trem. Ainda me orientou com relação ao ônibus que deveria pegar para Giverny, ressaltando que o tíquete do ônibus não estava incluso no bilhete do trem e que ele era vendido diretamente pelo condutor. Tínhamos pouco menos de duas horas antes da partida do trem. Resolvemos andar pelas ruas da região, já que o sol insistia em querer aparecer. A estação fica perto das enormes lojas de departamento Printemps e Galerie Lafayette, além de ter um comércio pulsante, com filiais de famosas lojas como a Sephora, a Fnac e a Apple. Passamos brevemente nesta última e ficamos o restante do tempo de que dispúnhamos na Galerie Lafayette, mas nada compramos. Ao meio dia, estávamos na plataforma onde nosso trem já se encontrava parado. E quase não tinha mais lugar. Entramos e saímos de vagões, todos eles de dois andares, mas não encontrávamos local livre. O passe de Emi e Rogério era de primeira classe, mas nem assim achavam um lugar. Depois descobrimos que as pessoas ignoram a divisão de classes e se sentam onde tem lugar, jogando com a sorte de não haver fiscalização dentro do trem. Achei um lugar na segunda classe, para a qual tinha comprado o bilhete, e meus amigos foram na cabine da frente. Não cabem malas no bagageiro acima do assento e muita gente coloca a mala nas poltronas ou no corredor, atrapalhando a passagem. Fora aqueles que se espalham na poltrona, colocam um fone de ouvido e fecham os olhos, fingindo dormir. O cara que ia na janela do banco da minha frente estava assim e teve que ser cutucado por uma mulher para recolher as pernas. Ele ficou de cara feia para a mulher. No trajeto, nenhum fiscal conferiu o bilhete. Apenas três policiais andavam de vagão em vagão, em uma espécie de ronda. Chegamos em Vernon às 13:04 horas. A parada do ônibus para Giverny fica a poucos metros da estação de trem. Uma desordenada fila se formou perto da placa. Os horários de partida do ônibus são conjugados com os horários de chegada dos trens de Paris. Assim, o próximo ônibus sairia às 13:20 horas. Dois ônibus encostaram ao mesmo tempo. Fomos no primeiro, comprando o tíquete de ida e volta diretamente com o motorista, pagando o total de € 8. Antes de sair, verificamos os horários de trens de Vernon para Paris, decidindo pegar o de 17:53 horas. Para tanto, nosso horário máximo para tomar o transporte de volta seria às 17:20 horas, com chegada em Giverny programada para 17:40 horas. O trecho de ônibus é bem curto, mas dá para ter uma boa ideia da pequena cidade de Vernon. Em Giverny, a parada final é em um estacionamento perto das atrações turísticas do vilarejo. Para chegar nas atrações, fizemos um breve percurso a pé. Nossa primeira parada seria a Casa de Monet, para onde nos dirigimos, parando antes no centro de informações para pegar um mapa do local.

2 comentários:

  1. No final vale o trabalho todo para chegar a casa de monet?

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    Respostas
    1. Keller, vale muito! Fiz uma postagem sobre a minha visita à Casa de Monet. Um abraço.

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