Sábado, 02 de novembro de 2013, último dia de uma excelente e proveitosa viagem de férias. Voo de volta marcado para 20:30 horas e transporte confirmado para me pegar no hotel às 16:30 horas. Assim, tinha ainda muitas horas para aproveitar Paris. Durante o café da manhã no hotel, Rogério propôs tentarmos novamente entrar no Musée D'Orsay para ver a exposição Masculin / Masculin. Topei na hora. Saímos, desta feita, mais cedo. Não chovia, mas para ganhar tempo, resolvemos pegar o metrô. Pegamos a linha RER C na estação Saint-Michel, descendo na estação Musée D'Orsay. Ao sair na esplanada em frente ao museu, constatamos que tínhamos que enfrentar a fila. Mas como não chovia e queríamos ver a exposição temporária, não restou outra alternativa senão ficar na imensa fila. Para quem compra o ingresso antecipadamente pela internet, a fila é bem menor. A presença de muitos estrangeiros transformaram a fila em uma versão da Torre de Babel. Ficamos a tentar descobrir que língua as pessoas falavam, além de observar roupas e acessórios que as pessoas usavam. Nem vimos o tempo passar, embora tenhamos ficado na fila por mais de quarenta minutos. Antes de alcançar a bilheteria, há uma passagem necessária pelo detector de metais, onde todas as bolsas e sacolas devem ser abertas para uma revista rápida. Há muitos guichês para vender ingressos, cada um com sua fila própria. Escolhemos o que tinha menos gente esperando. Para poder visitar a exposição temporária e o acervo permanente do museu, pagamos € 12 no ingresso. Pegamos um mapa do museu e deixamos mochilas na chapelaria, já que não é possível entrar com elas nas dependências do museu. Fotos também não são permitidas, embora quase ninguém respeite tal proibição, tirando fotos com seus celulares e sendo repreendidos pelos funcionários do local. Como já conhecíamos o museu, fomos direto para o local onde estava a exposição Masculin / Masculin. Esta exposição está em cartaz desde 24 de setembro, permanecendo aberta para visitação até 02 de janeiro de 2014. Trata-se de pinturas, esculturas, fotografias e vídeos que mostram o homem nu nas artes plásticas desde 1800 até os dias atuais. Embora o folheto da mostra traga expressamente o marco 1800, os primeiros quadros datam do Séc. XVII. Achei interessante a proposta porque geralmente o que fica mais evidente é o nu feminino, pois tem mais quantidade, fazendo com que o homem nu fique como uma exceção. Ao colocar todas as obras reunidas em um mesmo espaço, vemos que o nu masculino também despertou interesse dos artistas, muitos deles famosos. Não há uma ordem cronológica. A curadoria optou por reunir as obras por temas, independentemente da época em que foram concebidas. Assim, há um espaço para a dor, outro para os esportes, outro para os retratos. Havia muita gente interessada em ver as obras expostas, fato que impelia à formação de pequenas filas para quem queria ler sobre cada quadro. Este era o meu caso. Não tinha pressa. A exposição era tão interessante que me arrependi de não ter pego um audioguia, também disponível em português. Mas ao ler as informações nas paredes e ao lado de cada obra, deu para se ter uma boa noção sobre o tema, além de situar a obra no contexto histórico quando foi criada. Além de ver obras de artistas consagrados, como Pissarro e Rodin, tive a oportunidade de conhecer artistas cujas obras nada tinha visto até então. Destaco as fotopinturas de Pierre et Gilles, os autores da obra que estampa o cartaz da exposição. Seus quadros tem um toque sensual, surreal e fantasioso muito interessante. Já quase no final da visita, há um setor muito concorrido. Antes de entrar, uma frase alerta que ali estão expostas obras que podem chocar, especialmente os mais novos. Claro que era o setor com mais gente amontoada. A maioria das obras expostas eram fotografias de homens nus, de homens se abraçando e se beijando, além de vídeos com o mesmo enfoque. O que mais me chamou a atenção foi uma fotografia em que um homem imita uma foto famosa, a pose de Marilyn Monroe nua em uma cama vermelha. Antes de sair, na parede que fica em frente para quem sai, era projetado o filme Pink Narcisus, um clássico do cinema gay. Passamos na lojinha para ver os produtos alusivos à exposição, mas nada compramos. Uma mostra na sala 68 tinha relação com a Masculin / Masculin. Resolvemos ir conferir, o que nos possibilitou cruzar os corredores cheios de esculturas do museu. Nesta sala, estavam expostos desenhos acadêmicos com estudos sobre o nu masculino. Demos por encerrada nossa visita, pois a fome apertava. Decidimos comer no Café Campana, localizado no último piso do museu.
Um pouco de tudo do que curto: cinema, tv, teatro, artes plásticas, enogastronomia, música, literatura, turismo.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013
MASCULIN / MASCULIN - MUSÉE D'ORSAY
Sábado, 02 de novembro de 2013, último dia de uma excelente e proveitosa viagem de férias. Voo de volta marcado para 20:30 horas e transporte confirmado para me pegar no hotel às 16:30 horas. Assim, tinha ainda muitas horas para aproveitar Paris. Durante o café da manhã no hotel, Rogério propôs tentarmos novamente entrar no Musée D'Orsay para ver a exposição Masculin / Masculin. Topei na hora. Saímos, desta feita, mais cedo. Não chovia, mas para ganhar tempo, resolvemos pegar o metrô. Pegamos a linha RER C na estação Saint-Michel, descendo na estação Musée D'Orsay. Ao sair na esplanada em frente ao museu, constatamos que tínhamos que enfrentar a fila. Mas como não chovia e queríamos ver a exposição temporária, não restou outra alternativa senão ficar na imensa fila. Para quem compra o ingresso antecipadamente pela internet, a fila é bem menor. A presença de muitos estrangeiros transformaram a fila em uma versão da Torre de Babel. Ficamos a tentar descobrir que língua as pessoas falavam, além de observar roupas e acessórios que as pessoas usavam. Nem vimos o tempo passar, embora tenhamos ficado na fila por mais de quarenta minutos. Antes de alcançar a bilheteria, há uma passagem necessária pelo detector de metais, onde todas as bolsas e sacolas devem ser abertas para uma revista rápida. Há muitos guichês para vender ingressos, cada um com sua fila própria. Escolhemos o que tinha menos gente esperando. Para poder visitar a exposição temporária e o acervo permanente do museu, pagamos € 12 no ingresso. Pegamos um mapa do museu e deixamos mochilas na chapelaria, já que não é possível entrar com elas nas dependências do museu. Fotos também não são permitidas, embora quase ninguém respeite tal proibição, tirando fotos com seus celulares e sendo repreendidos pelos funcionários do local. Como já conhecíamos o museu, fomos direto para o local onde estava a exposição Masculin / Masculin. Esta exposição está em cartaz desde 24 de setembro, permanecendo aberta para visitação até 02 de janeiro de 2014. Trata-se de pinturas, esculturas, fotografias e vídeos que mostram o homem nu nas artes plásticas desde 1800 até os dias atuais. Embora o folheto da mostra traga expressamente o marco 1800, os primeiros quadros datam do Séc. XVII. Achei interessante a proposta porque geralmente o que fica mais evidente é o nu feminino, pois tem mais quantidade, fazendo com que o homem nu fique como uma exceção. Ao colocar todas as obras reunidas em um mesmo espaço, vemos que o nu masculino também despertou interesse dos artistas, muitos deles famosos. Não há uma ordem cronológica. A curadoria optou por reunir as obras por temas, independentemente da época em que foram concebidas. Assim, há um espaço para a dor, outro para os esportes, outro para os retratos. Havia muita gente interessada em ver as obras expostas, fato que impelia à formação de pequenas filas para quem queria ler sobre cada quadro. Este era o meu caso. Não tinha pressa. A exposição era tão interessante que me arrependi de não ter pego um audioguia, também disponível em português. Mas ao ler as informações nas paredes e ao lado de cada obra, deu para se ter uma boa noção sobre o tema, além de situar a obra no contexto histórico quando foi criada. Além de ver obras de artistas consagrados, como Pissarro e Rodin, tive a oportunidade de conhecer artistas cujas obras nada tinha visto até então. Destaco as fotopinturas de Pierre et Gilles, os autores da obra que estampa o cartaz da exposição. Seus quadros tem um toque sensual, surreal e fantasioso muito interessante. Já quase no final da visita, há um setor muito concorrido. Antes de entrar, uma frase alerta que ali estão expostas obras que podem chocar, especialmente os mais novos. Claro que era o setor com mais gente amontoada. A maioria das obras expostas eram fotografias de homens nus, de homens se abraçando e se beijando, além de vídeos com o mesmo enfoque. O que mais me chamou a atenção foi uma fotografia em que um homem imita uma foto famosa, a pose de Marilyn Monroe nua em uma cama vermelha. Antes de sair, na parede que fica em frente para quem sai, era projetado o filme Pink Narcisus, um clássico do cinema gay. Passamos na lojinha para ver os produtos alusivos à exposição, mas nada compramos. Uma mostra na sala 68 tinha relação com a Masculin / Masculin. Resolvemos ir conferir, o que nos possibilitou cruzar os corredores cheios de esculturas do museu. Nesta sala, estavam expostos desenhos acadêmicos com estudos sobre o nu masculino. Demos por encerrada nossa visita, pois a fome apertava. Decidimos comer no Café Campana, localizado no último piso do museu.
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