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sábado, 16 de novembro de 2013

E NOVEMBRO CHEGOU COM CHUVA EM PARIS


Dormi muito bem minha primeira noite com 50 anos. Quando acordei na manhã de sexta-feira, dia 01º de novembro de 2013, chovia bastante em Paris. A temperatura estava na casa dos 9º C. Descemos para o café da manhã sem pressa e sem programação. Tínhamos visto cartazes nas estações de metrô sobre uma exposição em cartaz no Musée D'Orsay que nos interessou. A exposição se chamava Masculin. Durante a primeira refeição da manhã, entre queijos, croissants e café espresso, decidimos ir conferir tal exposição. Combinamos de nos encontrar no saguão do hotel às 11:00 horas. No horário acertado, eu estava pronto, bem agasalhado e com um guarda-chuva nas mãos. Naquela altura, a chuva tinha cessado, mas o tempo continuava fechado e o chão bem molhado. Chequei a previsão do tempo para o dia. Chuva, chuva e mais chuva. Sem chuva, a nossa decisão foi ir caminhando até o museu. Saímos do hotel, na rue Danton, seguindo a direção à direita até a Boulevard Saint-Germain, onde entramos também à direita. O movimento de turistas era grande. Os cafés estavam cheios, assim como lojas de chocolate. A maior parte do comércio estava fechada, pois era feriado na França. Sabíamos que o museu estaria concorrido naquele dia. Em menos de dez minutos depois que saímos do hotel, a chuva voltou a cair, mas era fina, porém insistente. Seguimos em frente, parando para ver vitrines e tirar fotos dos prédios da região. Caminhamos na mesma via até a rue du Bac, onde viramos à direita em direção ao Rio Sena. Alguns bistrôs já estavam abertos, preparados para receber turistas e locais para o almoço. Andávamos devagar, sem pressa, apreciando a paisagem. Ao chegar no Quai Anatole France, viramos à esquerda. Do nosso lado, já estava o Musée D'Orsay, enquanto do outro lado da avenida corria o Sena. Muita gente passava apressada com capas, galochas e impermeáveis. Eram turistas que rumavam para o museu. Uma mulher veio em nossa direção e abaixou na frente do Rogério, levantando rapidamente para nos mostrar uma aliança de ouro, dizendo que alguém tinha perdido. Truque antigo. Não demos nenhuma bola. Ela seguiu em frente, abaixando novamente alguns metros depois, tentando aplicar o mesmo golpe em um desavisado. Quando viramos à esquerda, ao final do quarteirão, uma decepção. A fila para entrar no museu era monstruosa. Dava muitas voltas, formando um caracol, ainda no pátio externo em frente ao museu. Emi soltou sua famosa frase: um horror, um horror, um horror. Fila, chuva, espera, e a fome que chegava. Não foi difícil desistir. Optamos por andar na região, mesmo com chuva. Caso apertasse, iríamos para um shopping. Um contraste interessante me chamou a atenção. Enquanto uma desanimadora fila se formava para entrar no Musée D'Orsay, a entrada para o Musée National de La Légion D'Honneur et des Ordres des Chevaliers estava às moscas. Um museu em frente ao outro. Passamos reto, entrando na rue de Bellechasse, seguindo na direção contrária ao Sena. No caminho, paramos em uma loja de souvenir, onde comprei duas camisas e uma réplica da Tour Eiffel. Há muito tempo que tenho uma estante com miniaturas de símbolos turísticos das cidades onde vou. Sei que é brega, mas gosto deste meu lado kitsch. E ainda não tinha uma miniatura da torre mais famosa de Paris. Lacuna preenchida naquela loja. O senhor do caixa foi muito simpático e meu deu um desconto, mesmo eu não tendo pedido. Emi também comprou lembrancinhas para dar de presente para seus parentes. Seguimos nosso caminho, entrando à esquerda na Boulevard Saint-Germain, onde andamos até a Boulevard Raspail, quando viramos à direita. Mais fotos, mais vitrines, mais lojas fechadas, mais chuva, que apertou. Apressamos o passo até rue des Sèvres, onde fica o Le Bon Marché, o mais elegante shopping de Paris. Era hora de dar uma voltinha lá dentro e, quem sabe, comprar alguma coisa.

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