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sábado, 9 de novembro de 2013

UMA TARDE EM MILÃO


Quando saímos do restaurante Obikà, por volta de 14:30 h, resolvemos permanecer na loja de departamentos La Rinascente, onde acabei comprando algumas coisinhas de cozinha. Ficamos na loja por mais de uma hora. Lá fora, a chuva caía finamente, mas o movimento de turistas continuava intenso. Não tínhamos nada programado para a tarde daquela segunda-feira, 28 de outubro de 2013. Resolvemos bater perna pelas ruas, entrando e saindo de lojas, apreciando o movimento. O melhor lugar para bater pernas é justamente onde estávamos. Começamos a caminhar pelo Corso Vittorio Emanuele II, uma rua de pedestres, onde prédios históricos com arcadas de pé direito bem alto abrigam lojas e mais lojas. Bandeiras de todos os países enfeitavam a rua anunciando a Expo 2015. A chuva parou e logo os artistas de rua apareceram. Performáticos, malabaristas, cantores peruanos com aquelas flautas típicas tocando El Condor Pasa, estátuas humanas, gente sobre patins, cabelos coloridos, roupas diferentes. Esta é Milão, a cidade que lança tendências na moda e no design. Ao final da rua, uma movimentada praça, a Piazza San Babila, onde duas enormes esculturas também anunciavam a exposição mundial que acontecerá na cidade no ano de 2015. Na praça, há uma estação de metrô. Ficamos em dúvida se voltávamos para o hotel ou se continuávamos nossa peregrinação. Venceu a segunda hipótese. E a melhor pedida era continuar o passeio pelo chamado quadrilátero da moda, onde estão as lojas mais chiques das grifes de luxo. Era só cruzar a praça, atravessar a Corso Giacomo Matteotti e entrar na chiquérrima Via Montenapoleone. Nesta região estão as lojas mais desejadas no mundo da moda: Fratelli Rossetti, Giorgio Armani, Ermenegildo Zegna, Gucci, Prada, Pucci, Louis Vuitton, Bottega Veneta, Versace, Bulgari, Panerai, Salvatore Ferragamo, Camper, Geox, Burberry, Cartier, Canali, Dolce & Gabbana, Dior, Celine, Chanel, Valentino, Miu Miu, Ralph Lauren, Calvin Klein, Kenzo, Moschino, Missoni, La Perla, Trussardi, e muitas outras. Ou seja, é uma perdição para olhos e bolsos. Por incrível que pareça, nós só vimos vitrines, não entrando em nenhuma loja. Assim que chegamos ao final da rua, mais uma estação de metrô se materializou à nossa frente, mas decidimos continuar andando, entrando à esquerda na Via Monte di Pietà, onde há belos prédios, seguindo até a Via Brera, quando entramos nela, à direita. O caminho que fazíamos já era em direção ao nosso hotel. Cláudia estava com dor no pé, por isso começamos a caminhar mais lentamente, o que nos permitiu observar as edificações da rua, todas antigas e imponentes. Passamos em frente à Pinacoteca di Brera, que já conhecia, chegando a uma parte da rua que é interditada aos carros, com mesas do lado externo de vários pequenos bares e restaurantes. Sentamos no bar da esquina, onde havia mais movimento, Bar Brera (Via Brera, 23). Mesmo com frio, pedimos o drinque que faz sucesso há alguns verões na Itália, o Spritz (o mais tradicional é feito com espumante, gelo, Aperol e uma rodela de laranja). Com os drinques, uma pequena porção de petisco salgado e a conta, já que estávamos sentados na rua. Bebida ruim e cara. E banheiro sem vaso sanitário, apenas aquela louça no chão, como os chineses e turcos usam. Foi só terminar a bebida, tempo para um descanso, e seguir em frente, rumo ao hotel. Tomamos a continuação da Via Brera, a Via Solferino e fomos até o final, atravessamos a Bastioni di Porta Nuova, seguimos para a direita e avistamos nosso hotel, Maison Moschino, onde chegamos às 18:50 horas. Tínhamos uma hora e dez minutos para sair novamente, desta vez para jantar, reserva confirmada para o Il Luogo di Aimo e Nadia.

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