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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CAMINHANDO NA CHUVA NO MARAIS


restaurante Des Gars dans la Cuisine (foto baixada do site www.parismarais.com)

Emi sugeriu jantarmos em um dos restaurantes gay friendly do Marais. Sugestão de pronto aceita. Ele tinha algumas indicações, escolhendo a primeira da lista, o Des Gars dans la Cuisine (72 rue Vieille du Temple). Nem olhamos mapa, pois ele disse que sabia onde descer do metrô. Chovia quando saímos do hotel. Estávamos com botas impermeáveis, casacos para proteger do frio e da chuva, além de guarda-chuvas. Pegamos o metrô na estação Saint-Michel, linha 4, fazendo uma baldeação para a linha 1 na estação Châtelet-Les Halles, quando tomamos a direção Château des Vincennes. Emi disse para descermos na segunda parada, na estação Saint-Paul, na rue de Rivoli. Foi o que fizemos. E erramos, mas só descobrimos isto alguns minutos depois. A chuva caía forte enquanto nós procurávamos no mapa, que molhou todinho, onde estávamos. Letras miúdas e pouca iluminação não ajudaram. Perguntamos para algumas pessoas que estavam fumando do lado de fora de um restaurante e ele nos apontaram para a direção da rue Saint-Antoine, continuação da rue de Rivoli. Seguimos, confiantes, nesta direção, mas nunca chegava a rua que queríamos. E a chuva caía. Mais uma parada para nova pergunta e outra direção foi-nos mostrada. Entramos na rue Beautreillis e saímos na elegante Place des Vosges. Ali tivemos a certeza que tínhamos errado a estação de descida. O bom é que ficamos protegidos da chuva ao caminhar pelas arcadas que circundam a praça. Debaixo de um foco de luz, localizamos onde estávamos no mapa e qual a direção correta a seguir. Saímos da praça, à esquerda, pela rue des Francs Bourgeois, caminhando cerca de 500 metros até alcançarmos a rue Vieille du Temple. Primeira viramos à esquerda, mas tivemos que retornar, pois o restaurante era na direção contrária. A chuva continuava a cair forte. A barra da minha calça estava ensopada. Enfim, chegamos ao Des Gars dans la Cusine. Ao lado da porta, uma placa indicava que ele fazia parte da lista The Best Restaurants in Paris, sinal de que não acharíamos lugar. Eram mais de 21:30 horas. Entramos. O local é pequeno, com as mesas colocadas bem próximas umas das outras. Um simpático atendente nos abordou. Não tínhamos reserva e não havia mesa vazia. O tempo médio de espera seria de uma hora e meia. Para piorar, não havia local disponível para esperarmos lá dentro. Tínhamos que procurar novo local para jantarmos. Todos ficamos irritados, inclusive uns com os outros. No mapa, debaixo de uma luz forte, localizamos o outro restaurante da lista, o Les Marronniers, que fica na 18 rue des Archives, distante seis quadras de onde estávamos. Fomos para lá torcendo para ter lugar. Andamos debaixo de mais água. Ainda bem que conseguimos uma mesa, que acabara de vagar quando entramos no salão interno do restaurante. Péssimo jantar, não só pela andança de mais de meia hora na chuva, mas também pela comida do lugar. Ao sair, Emi queria ir para um bar, mas eu decidi ir embora para o hotel. Rogério quis me acompanhar. Desta forma, Emi não teve outra saída senão voltar para o hotel. Antes, porém, demos uma volta no quarteirão para ver o movimento. Obviamente que ninguém estava nas calçadas como é costume nas noites de sexta-feira no Marais. A chuva era desanimadora. Pegamos o metrô na estação Hôtel de Ville, a mesma onde deveríamos ter descido no início desta aventura na chuva. No hotel, sem sono, fui arrumar parte das malas, pois retornaria ao Brasil na noite seguinte. Mas ainda tinha um sábado todo em Paris.

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