Contato: +39 0173364633 - Reservas: prenotazioni@dulcisvitis.it
Especialidade: culinária do norte da Itália, especialmente da região do Langhe e de Roero, sob o comando do chef Bruno Cingolani.
Quando fui: noite de 27 de outubro de 2013, domingo. Éramos 05 pessoas, com reserva feita uma hora antes com o próprio chef quando passamos no restaurante para ver se tinha mesa disponível para o nosso jantar de despedida de Alba. O restaurante tem iluminação mais baixa, o que valoriza o amarelo envelhecido que domina as paredes. Seu teto tem tijolos aparentes, em formato abobadado, enquanto a decoração tem mobiliário antigo e muitas garrafas de vinho dos produtores da região, especialmente de Barolo. O chef nos acomodou em uma mesa redonda, belamente decorada, bem próxima da entrada da cozinha, o que nos permitia ver o intenso movimento interno de elaboração dos pratos. O local estava com todas as mesas dos dois salões internos ocupadas.
Serviço: mesmo com o restaurante cheio, o serviço foi muito bom com as garçonetes atentas o tempo inteiro, sempre estando à disposição para nossos chamados. Os pratos chegaram ao mesmo tempo na mesa. Como é um lugar para apreciar a enogastronomia local, o tempo de chegada dos pratos à mesa obedece a este requisito. O chef, como na primeira noite em que lá estivemos, foi muito simpático e conversou conosco o tempo todo, mas sem ser invasivo. Atendeu prontamente ao nosso pedido para indicar um vinho, o segundo da noite. Para nossa surpresa, ele nos trouxe um vinho sem sabermos o produtor, o rótulo e o preço. O vinho era muito bom. Ao final, o vinho custava mais barato do que o que havíamos escolhido para o início de nosso jantar. O restaurante faz questão de informar, nas primeiras páginas do cardápio, todos os produtores que fornecem os insumos para ele. Tais produtores são todos da região, o que garante o movimento da economia rural local. Este é um dos pilares do movimento Slow Food, criado na Itália, exatamente na região em que estávamos.
O que bebemos: dois vinhos tintos. Iniciamos com um Mon Prá 2000, um corte nebbiolo-barbaresco-cabernet sauvigon, produzido no Langhe por Conterno Fantino, com 14% de álcool (€ 60). Vinho com bom corpo e ótima harmonização com o meu primeiro prato. Em seguida, foi a vez do vinho indicado pelo chef Bruno Cingolani, o Vigna Pozzo Barbera d'Alba 2005, do produtor Renato Corino, com 14% de gradação alcoólica (€ 52). O vinho é muito bom, mostrando-se bem elegante na boca. Sua harmonização com a massa com bochecha de porco desfiada foi perfeita. Para acompanhar os vinhos, água mineral com e sem gás Lurisia (€ 5 a garrafa de um litro). Ao final, um bem tirado café espresso Illy (€ 4). Depois de encerrada a conta, o chef sentou conosco, oferecendo-nos uma taça do ótimo vinho de sobremesa Pian dei Sogni Brachetto 2006, do produtor Forteto della Luja.
O que comi: logo que nos sentamos, veio à mesa o coperto, com pães, foccacias e gressinos feitos na casa, acompanhados por azeites e uma excelente manteiga. Antes dos pratos chegarem, o chef nos brindou com um singelo e saboroso amuse bouche: carne crua recheada com queijo de cabra. Embora a tentação de repetir o ovo frito com trufas brancas fosse forte, não segui os demais da mesa, resolvendo experimentar outros pratos do cardápio. Como antipasto, minha opção foi a battuta di carne cruda di fassone, cuore di sedano verde, scaglie di parmigiano reggiano (€ 17). Trata-se de uma espécie de tartare de carne da raça fassone. As fatias da carne são cortadas em pequenos pedaços e apresentadas em forma de um bolo, como um popettone cru. O sabor da carne é bem delicado, que ficou muito bom com o aipo e as pequenas lascas de queijo parmigiano reggiano por dentro do bolo de carne. Já como primo piatto, fui de spaghetti di semola di grano duro MATT, aglio fresco, guanciale e pecorino (€ 14). Uma massa feita de forma artesanal, com coloração amarela, alho fresco, queijo pecorino e bochecha de porco desfiada. De comer ajoelhado. Sensacional. Não queria a sobremesa, como os demais da mesa, mas Emi pediu para o chef trazer um zabaione para cada um de nós. Não sou fã deste doce e estava bem satisfeito. Para não ser indelicado com Bruno, experimentei por educação.
Minha avaliação: * * * * 1/2. Experiência enogastronômica sensacional, que mereceu esta segunda visita em nossa curta estadia em Alba. O chef Bruno Cingolani é uma simpatia, sabendo atender bem e conquista os clientes com ótimo papo, contando sobre a culinária da região.
Encerramos com chave de ouro nossa estadia em Alba. Depois deste jantar, caminhamos com Vera e Cláudia pelas ruas vazias da cidade até deixá-las na porta do hotel onde estavam hospedadas, retornando, em seguida, para nosso hotel. Despedi-me de Emi e Rogério, que seguiriam no dia seguinte, bem cedo, para a França. Entrei no quarto, arrumei minhas malas, deitei e dormi, programando o relógio para despertar às 7 horas, pois as meninas me pegariam às 08:30 horas para seguirmos viagem, de carro, para Milão.
Encerramos com chave de ouro nossa estadia em Alba. Depois deste jantar, caminhamos com Vera e Cláudia pelas ruas vazias da cidade até deixá-las na porta do hotel onde estavam hospedadas, retornando, em seguida, para nosso hotel. Despedi-me de Emi e Rogério, que seguiriam no dia seguinte, bem cedo, para a França. Entrei no quarto, arrumei minhas malas, deitei e dormi, programando o relógio para despertar às 7 horas, pois as meninas me pegariam às 08:30 horas para seguirmos viagem, de carro, para Milão.
Gastronomia Alba (Itália)
Delicioso relato! Deu muita vontade de ir até lá! Bacana, Leo!!!
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