LE BON MARCHÉ
A chuva tinha apertado quando chegamos na porta da loja de departamentos Le Bon Marché (24 rue de Sèvres). É a loja de departamentos mais elegante de Paris e sem o tumulto das mais famosas, especialmente a Printemps e a Galeries Lafayette. E não abre aos domingos. Era sexta-feira, feriado na cidade, mas estava em pleno funcionamento. O primeiro piso é dedicado às grifes de luxo e aos artigos de beleza e perfumaria. A concepção da loja permite uma boa visão de todo o piso e os corredores são amplos. Ao ver um stand da Annick Goutal, parei para perguntar se havia o refil do perfume Ninfeo Mio, o meu preferido. Atualmente, várias linhas de perfume possuem vidros menos elaborados, mais baratos, obviamente, como um refil para quem já possui a sua embalagem original. Como ainda não é muito difundido, não ficam à mostra. A vendedora respondeu afirmativamente. Comprei um refil por € 83, economizando cerca de € 20. Resolvemos subir as escadas até o terceiro andar, último piso do Le Bon Marché. Este piso é dedicado aos livros, à papelaria e às crianças. Continuamos nosso passeio, conhecendo os demais pisos. Existem dois restaurantes no 2º andar, o Rose Bakery Tea Room e o Primo Piano, ambos tinham fila de espera na porta. Este andar é o dedicado à casa. Estávamos procurando a delicatessen do lugar. Ela fica em prédio anexo, do outro lado da rua, com duas passagens interligando-os. Como estávamos novamente no térreo, saímos, atravessamos a rue du Bac, entrando na delicatessen La Grande Epicerie de Paris (38 rue de Sèvres). Ela é muito grande, com produtos de deixar qualquer chef ou gourmet loucos. Emi ainda não tinha encontrado a flor de alfazema e foi perguntando para os empregados do local se ali tinha. Um dos vendedores mostrou a gôndola onde ele poderia encontrar. Bingo! Enquanto isto, eu separava uma caixa de chocolates e uma caixa de caramelos com flor de sal, ambas da famosa delicatessen parisiense Fauchon (€ 43). Com as compras nas mãos, fomos para o caixa, onde tínhamos duas opções: ir no autoatendimento ou esperar em uma pequena fila para passar as compras no caixa com empregado. Sempre prefiro garantir o emprego de alguém, o que me fez optar por permanecer na fila. Percebi que eram raras as pessoas que iam no pagamento self service, mesmo os mais jovens, mais adeptos das novas tecnologias. Seriam efeitos da crise econômica por que passa a Europa? Saímos da La Grande Epicerie de Paris, pensando onde iríamos almoçar. Chovia bastante. A opção foi voltar para o Le Bon Marché e enfrentar uma das filas nos restaurantes do segundo andar. Ao passar pela vitrine da delicatessen, vimos uma garrafa do vinho de sobremesa húngaro Tokaji Aszú 5 Puttonyos por € 35, preço ótimo. Emi quis comprar na hora, mesmo sob protestos de Rogério por causa da falta de espaço nas malas. Entramos novamente na loja, descemos a escada rolante para chegar na sua bem montada adega. Enquanto Emi comprava duas e não uma garrafa, eu e Rogério fomos ver o espaço reservado para os vinhos top de linha, onde a maioria dos rótulos custava mais de € 1.000 a garrafa. Vimos que havia um pequeno restaurante naquele piso, muito concorrido, mas sem fila de espera. Decidimos almoçar ali mesmo. O restaurante se chama Le Balthazar (24 rue de Sèvres, piso -1), ficando na confluência entre o Le Bon Marché e a La Grande Epicerie de Paris. Esperamos algo em torno de dez minutos para sermos acomodados em uma mesa coletiva. Minhas impressões sobre este almoço constam em postagem específica. Terminada a refeição, fomos conhecer a área masculina do Le Bon Marché, que estava bem ao lado do restaurante. Embora tenhamos ficado um bom tempo nesta área, nada compramos. Dali mesmo, subimos as escadas rolantes, dando novo giro na loja de departamentos, conhecendo os setores que não tínhamos passado mais cedo. Foi então que vimos um setor todo dedicado à decoração natalina, com bolas e penduricalhos de árvores de tudo quanto é tamanho e formato. Duas séries nos chamaram a atenção: uma africana, com animais típicos como adereços para a árvore de Natal e outra alusiva ao circo, com animais, trapezistas, palhaços e afins fazendo a vez de adereço. Grande parte das pessoas que ali passava, estampava um sorriso no rosto tamanha a beleza das árvores montadas. Pausa para fotografias, sem sombra de dúvidas. Era hora de procurar um toilette. Nossa grande decepção. Um lugar tão bonito, com banheiros minúsculos. Resolvemos ir embora, mas seguindo nas compras. Como tinha parado de chover, atravessamos a rue de Sèvres, entrando à esquerda, na rue Saint-Placide, pois queria passar na Séphora (55 rue Saint-Placide). Já tinha pesquisado na internet a unidade mais próxima do Le Bon Marché e era aquela, cerca de 300 metros de distância. Já na loja, comprei os presentes que queria, o mesmo fazendo Emi e Rogério. Já era final do dia, por volta de 17 horas. Demos por encerrada a nossa tarde de compras. Era hora de voltar para o hotel. Decidimos regressar a pé, pois a chuva tinha dado uma trégua.
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