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sábado, 30 de novembro de 2013

VINCENT CHÁS E CAFÉS - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Endereço: SHCN 409, Bloco A, Loja, Asa Norte, Brasília, DF

Contato: +55 61 3201 1214 - contato@casavincent.com.br. 

Especialidade: lanches rápidos, com guloseimas de café e chá da tarde.



Quando fui: lanche de final de tarde de 06 de novembro de 2013, quarta-feira. Éramos 05 pessoas, sem reserva de mesa.O café é muito charmoso, ficando em uma loja de esquina na parte de trás do bloco, com mesinhas de madeira enfeitadas com toalhas singelas espalhadas nos corredores de acesso. Chegamos pouco antes de 18 horas, quando havia apenas uma pequena mesa disponível, onde ficamos. Chovia bastante,o que favoreceu para pedirmos bebidas quentes.

Serviço: com todas as mesas ocupadas, ficou difícil atender a todos os pedidos de maneira eficiente, pois só havia dois funcionários para anotar as escolhas dos clientes e ainda servir as mesas. Houve uma certa demora na chegada dos nossos pratos.






O que bebemos: como chovia, fazendo um friozinho, pedi um chocolate quente com especiarias (canela e cardamomo) (R$ 5,50). Bem servido e muito aromático, a bebida tinha uma bela apresentação. Para meu gosto, podia ter mais chocolate e não estava tão quente, mas assim mesmo aprovei.





O que comi: enquanto Kitty pedia uma espécie de chá completo, com vários tipos de pães doces e salgados e Carol ia de sopa de cebola, eu resolvi escolher um croque monsieur (R$ 8,00). O clássico sanduíche francês com pão de forma, molho béchamel, queijo gruyère e presunto é bem servido e estava ótimo. Aprovadíssimo.







Valor que me coube no total da conta: R$ 33,25.

Minha avaliação: * * * 1/2. A cor amarela na decoração ajuda a dar um ar aconchegante a este café pequeno e muito convidativo para um chá da tarde.

Gastronomia Brasília (DF)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

MEU PASSADO ME CONDENA: O FILME

Depois de muito tempo, resolvi ver um filme no cinema. A escolha recaiu na comédia brasileira Meu Passado Me Condena: O Filme, que estava em cartaz em uma das salas do Kinoplex do Boulevard Shopping. Fui na última sessão, em um dia útil. A sala recebia um bom público. Nada tinha lido sobre o filme, sabendo apenas que se tratava de uma comédia que tinha como pano de fundo um cruzeiro do Brasil para a Itália. Na direção, a jovem Júlia Rezende, filha do casal ligado ao cinema Sérgio Rezende, também diretor, e Mariza Leão, produtora de sucesso e também diretora. No seu primeiro longa, Júlia já mostra que herdou o talento dos pais, conduzindo com leveza uma comédia que tinha tudo para resvalar no pastelão, mas não o fez. Fábio Porchat (Fábio) e Miá Mello (Miá) tem uma química muito boa, com ótimo timing de comédia. Ele é um comediante nato, como há muito não se via em filmes nacionais, e ela me surpreendeu, pois seu papel é mais dramático, mas segura bem a onda quando está contracenando em cenas hilárias com Fábio. Outro casal excelente é vivido pelos experientes Marcelo Valle (Wilson) e Inez Viana (Suzana Mello), ex-casados, empregados do mesmo navio da Costa Cruzeiros e que adoram tirar proveito da fraqueza dos passageiros para fazer um dinheiro extra. Mesmo separados, mostram que são apaixonados. No contraponto do casal Fábio-Miá está um casal rico, mas infeliz, vividos pelos belos, mas insossos Alejandro Claveaux (Beto) e Juliana Didone (Laura). Fábio e Miá são recém casados e passam a lua de mel no cruzeiro. Beto e Laura também são casados e estão no mesmo navio. Beto é ex-namorado de Miá e Laura, uma antiga colega de sala dos tempos de colégio de Fábio. A confusão se forma, ainda com a forcinha dada por Wilson e Suzana, terminando  com tudo se ajeitando, como se prevê, em cenas rodadas na Itália. Algumas participações especiais pontuam o filme, como a de Stepan Nercessian, como o juiz de paz, e a ótima Elke Maravilha (Mirtes), como uma idosa que viaja para se divertir, especialmente bailar com os professores do navio durante as aulas de dança de salão. Ri muito de várias cenas durante a projeção de pouco mais de 100 minutos do filme. Meu Passado Me Condena é leve, sem mensagens subliminares. É uma comédia romântica deliciosa, feita para divertir o público. E consegue. Gostei.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

AS BRASAS - SÁNDOR MÁRAI


Minha amiga Kitty me presenteou com o livro As Brasas, do escritor húngaro Sándor Márai. Como tinha muita coisa de trabalho para ler na época, deixei o livro na estante e confesso que esqueci dele. Ela até me deu outro livro meses depois. Na verdade, quem me lembrou do livro foi a própria Kitty, quando ficou hospedada em minha casa e o viu na estante, perguntando se eu tinha gostado. Separei As Brasas imediatamente para levar na minha viagem de férias. E foi durante os dez dias de viagem, em momentos de ócio no quarto, que devorei este excelente livro. Ele foi escrito na década de 40, mas ficou proibido na Hungria até os anos noventa. É um belo tratado sobre a amizade. Dois homens, muito unidos na infância/juventude, se separam sem motivo aparente e, após 41 anos, se reencontram, já na velhice, para um acerto de contas com o passado e com a amizade entre eles. Tocante.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

MATADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS

Matadores de Vampiras Lésbicas: este título me chamou a atenção quando olhava filmes nas estantes da Livraria Cultura do Shopping Iguatemi em Brasília. Estava em promoção a versão em BD. Comprei junto com alguns outros títulos. Ao chegar em casa, registrei os filmes em minha planilha e os guardei. Esqueci do filme. Assim que cheguei de viagem de férias, com preguiça de sair, fui procurar um filme que ainda não conhecia da minha coleção. Ele foi o primeiro que meus olhos encontraram. Era hora de conferir. Produção americana de 2009, tem como título original Lesbian Vampires Killers. Dirigido por Phil Caydon, diretor com poucos títulos no currículo. Estrelado por um time de desconhecidos, entre eles Paul McGann (Vicar), James Corden (Fletch), MyAnna Buring, (Lotte), Silvia Colloca (Carmilla) e Mathew Horne (Steve). O roteiro é bem previsível. Dois jovens viajam para uma cidade do interior e encontram um grupo de garotas em uma kombi estragada no meio da floresta. Todos seguiam para a mesma cabana. Com o carro consertado em segundos, eles chegam à cabana e lá acontecem coisas estranhas. A cidade sofre de uma maldição na qual todas as jovens, ao completarem 18 anos, se tornam vampiras, mordidas pelas descendentes de Carmilla, a rainha das vampiras e lançadora da maldição, que vivem nas florestas. Para deixar a população em paz, há um pacto entre as vampiras e os homens da cidade que consiste em enviar turistas desavisados para a cabana na floresta para elas se alimentarem com o sangue deles. Um descendente do matador de Carmilla é o único capaz de acabar a maldição, desde que haja sangue de uma virgem. Claro que Steve é este descendente e que a líder das garotas é uma estudiosa do tema, que ela julgava, até então, ser uma lenda. A virgem em questão é a filha de um figurão da cidade. Está formado o trio que salvará a região da maldição. Para rechear a tela com momentos de humor, nada como colocar um gordinho que não consegue conquistar as garotas. Ele é Fletch. Tudo acaba bem para os mocinhos. Efeitos especiais fracos, atuações sofríveis, filme ridículo.

filme

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CONFRARIA VINUS VIVUS - 81ª REUNIÃO

Por problemas de agenda dos seus integrantes, a Confraria Vinus Vivus não conseguiu se reunir no mês de outubro, realizando sua 81ª reunião no dia 04 de novembro de 2013. Mais uma vez o encontro foi na residência de Vera. Aproveitando a viagem que fizemos à Itália, Vera comprou uma trufa branca para nosso jantar pós degustação dos vinhos tintos italianos do Piemonte, justamente a região onde se encontra esta iguaria gastronômica. A trufa foi adquirida com o dinheiro disponível da confraria, custando € 108. Para surpresa de todos, inclusive da dona da casa, a noite não teve uma sessão exclusiva de degustação. Marcos resolveu fazer uma prova em jantar harmonizado. Ele levou apenas um espumante e três vinhos, o que frustrou todos os integrantes da Vinus Vivus. Vamos aos vinhos da noite, que foi recheada de casos contados por Vera, Cláudia e Leo S sobre a viagem de férias ao Piemonte, bem como sobre o estresse de como passar com a trufa branca pela alfândega brasileira. O confrade André não pode se fazer presente, o que possibilitou a Felipe participar, mais uma vez no ano, de uma reunião da confraria. Os itens cor, aroma e boca, sempre discutidos em nossas reuniões, não foram destacados desta vez.

Vinho 1 (espumante) – Cuvée Bella Vista Franciacorta


Safra: sem safra.
Álcool: 12,5%.
Casta: pinot nero e chardonnay.
Produtor: Franciacorta.
Região: Brescia, Lombardia, Itália.
Importador: World Wine (Art du Vin).
Valor: R$ 230,00.
Harmonização no jantar: cappuccino de funghi, manteiga trufada e perlage di tartufo nero. Esta entrada estava divina.
Observação: não entrou na votação do melhor da noite.


Vinho 2 – Travaglini Gattinara Riserva


Safra: 2006.
Álcool: 13,5%.
Casta: 100% nebbiolo.
Produtor: Travaglini Giancarlo.
Região: Gattinara, Piemonte, Itália (DOCG).
Importador: World Wine (Art du Vin).
Valor: R$ 260,00.
Estágio: 30 meses em barricas de carvalho esloveno, sendo 20% em grandes pipas (2 mil litros) e mais 12 meses em garrafas.
Harmonização no jantar: massa com manteiga e lascas de trufa branca ralada na hora pernil de porco assado, acompanhado por batatas coradas e farofa de couscous. Este vinho foi o preferido para acompanhar a massa trufada.


Vinho 3 – Bruno Roca Barbaresco Rabajà

Safra: 2008.
Álcool: 14,5%.
Casta: 100% nebbiolo.
Produtor: Azienda Agricola Rabajà di Rocca Bruno.
Região: Barbaresco, Piemonte, Itália (DOCG).
Importador: World Wine (Art du Vin).
Valor: R$ 526,00.
Estágio: 30 meses em barricas de carvalho e mais 12 meses em garrafas.
Harmonização no jantar: massa com manteiga e lascas de trufa branca ralada na hora pernil de porco assado, acompanhado por batatas coradas e farofa de couscousHouve uma divisão entre os confrades na melhor harmonização com a carne de porco. Leo S, Vera, Fernanda, Cláudia e Felipe preferiram este vinho.


Vinho 4 – Pio Cesare Barolo


Safra: 2006.
Álcool: 14,5%.
Casta: 100% nebbiolo.
Produtor: Pio Cesare.
Região: Barolo, Piemonte, Itália (DOCG).
Importador: Decanter.
Valor: R$ 630,00.
Estágio: 36 meses em barricas, sendo 70% em carvalho allier e 30% em grandes tonéis, e mais 12 meses em garrafas.
Harmonização no jantar: massa com manteiga e lascas de trufa branca ralada na hora pernil de porco assado, acompanhado por batatas coradas e farofa de couscous. Houve uma divisão entre os confrades na melhor harmonização com a carne de porco. Marcos, Leo L, Abílio, Bruno e Keller preferiram este vinho.
Observação: vinho elaborado com uvas do vinhedo de Ornato. Feito somente em anos de safras excepcionais. Foi o preferido da noite, eleito por unanimidade.


Vinho 5 – Cinqueterre Sciacchetrà


Safra: 2011.
Álcool: 13,5%.
Casta: bosco, albarola e vermentino.
Produtor: Società Agricola Cooperativa Rio Maggiore.
Região: Cinque Terre, Itália (DOC).
Importador: presente de Vera para a confraria.
Valorpresente de Vera para a confraria.
Harmonização no jantar: manjar branco.



cappuccino de funghi, manteiga trufada e perlage di tartufo nero


massa com manteiga e lascas de trufa branca ralada na hora


 pernil de porco assado, acompanhado por batatas coradas e farofa de couscous


manjar branco

Ficou decidido que a primeira reunião de 2014 será com estes mesmos vinhos, oportunidade em que será feita a sessão de degustação antes do jantar, quando poderemos identificar cores, aromas e sabores destes ótimos exemplares do Piemonte.



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ATRASO, CONEXÃO PERDIDA, MALA EXTRAVIADA - A VOLTA PARA CASA

A van me deixou na porta do Terminal 1 do Aéroport Charles De Gaulle. Os balcões de despacho da TAM ficam bem próximos desta portaria. Não havia ninguém na fila para o check in de quem viajava de classe executiva. Coloquei a mala maior na esteira e entreguei meu passaporte para o atendente, que falava português com sotaque lusitano. Antes de qualquer coisa, ele informou que o voo estava muito atrasado, com previsão de saída de Paris para depois de 23 horas. O horário inicial era 20:30 horas. Ali mesmo no balcão, já fui informado que minha conexão em Guarulhos estava comprometida e remarcaram meu trecho Guarulhos-Brasília para 12:55 horas, enquanto o previsto era eu sair de lá por volta de sete horas da manhã. Não adiantava reclamar, pois não havia nenhum avião da TAM em solo. Tinha apenas uma opção: esperar. Ainda bem que viajava de executiva, podendo ficar na sala vip da Star Alliance. Com o cartão de embarque nas mãos, bagagem de mão e mochila, segui para a alfândega francesa, onde peguei o carimbo para a restituição dos impostos de duas compras que tinha feito na Itália. Não havia fila. Fui rapidamente atendido e não houve necessidade de mostrar as compras, mas para o casal que estava atrás de mim, pediram para eles abrirem as malas e mostrar tudo que tinham comprado. A seguir, era hora de enfrentar nova fila. Desta vez para receber o dinheiro do imposto. Havia uma senhora fazendo uma espécie de triagem e dando a senha para os turistas. Muitos chineses lentos estavam na minha frente, mas como não tinha pressa, fiquei calmo. Na minha vez, ela disse que para uma das compras, o imposto seria restituído via cartão de crédito, mostrando-me a caixa onde depositar o envelope. A outra poderia ser em dinheiro. Para receber em euros, a espera era de mais de uma hora por causa dos chineses que sempre preferem esta moeda, ao deixar a França. Quis receber em dólar. Recebi a senha e fiquei em pé esperando, pois não há local para sentar. Em menos de dez minutos fui chamado, recebi os dólares, indo, sem seguida, para o portão de embarque, onde meu cartão foi conferido, passei no controle de imigração, quando o funcionário estranhou a minha foto de bigode, mas não criou caso. Já estava na área de lojas. Fui gastar os últimos euros comprando um presente de aniversário para uma amiga, um perfume para mim e uma bolsa expansível da Longchamp, também para mim. Ainda eram 18:30 horas quando terminei tudo. Fui para a sala vip, onde esperei muito para embarcar. A sala tem hora de fechar. Por volta de 22 horas, não havia mais nenhuma comida disponível. Somente passageiros da TAM aguardavam na sala. A companhia estava pagando a hora extra para manter a sala aberta somente para seus passageiros. O chamado foi feito perto de meia noite. Cansado, fui para o portão de embarque. É uma longa caminhada até ele. Até então, não tinha passado por nenhum controle de raio X. Naquele terminal, este controle é feito no satélite de embarque, bem perto do portão. Um monte de gente estava aglomerado em frente aos portões por onde embarcaríamos. Não houve nenhum embarque prioritário. Valeu a lei do mais forte. Deixei a turba passar, entrando no avião quando já estava bem mais calmo. Acomodei-me na primeira fileira da classe executiva, preparando-me para dormir. Avisei à comissária que não queria jantar, pedindo a ela que me acordasse para o café da manhã. Houve muita turbulência, motivo pelo qual dormi picado, muito mal. Em Guarulhos, chegamos com cinco horas de atraso. Como tinha três horas para meu voo, fiquei calmamente na loja Dufry, na qual comprei alguns chocolates e perfumes. Passei sem ser parado na alfândega brasileira. Fui direto para o balcão de conexão da TAM, mas, como de costume, a esteira não estava funcionando. Peguei o elevador e fui despachar a bagagem maior no saguão superior. Fui primeiro no balcão da classe executiva, mas a empregada disse que só atendia voos internacionais, apontando-me o balcão para quem tem o cartão fidelidade vermelho. Fiquei um bom tempo na fila, sem perspectivas de ser atendido. A gerente interviu, levando-me para o mesmo balcão que eu tinha tentado fazer o check in antes. Na hora de sair, a jovem atendente me disse que eu tinha que despachar a minha mala de mão. Tentei argumentar que sempre viajava com ela na cabine, mas ela foi taxativa, dizendo-me para eu não me importar, pois colocaria uma etiqueta de prioridade e as duas malas seguiriam juntas para Brasília. Sem discutir, despachei a mala de mão. O voo saiu no horário, lotadíssimo. Em Brasília, a espera foi longa para sair a primeira mala na esteira. E a minha espera foi mais longa ainda, pois a bagagem maior apareceu logo, mas a menor não. O setor esvaziou. Eu e uma senhora estrangeira ficamos a ver navios, ou melhor, ficamos sem ver nossas malas. Reclamei para o funcionário TAM que estava acompanhando aquele desembarque. Ele passou um rádio para o setor de bagagens e nada mais havia por lá. Era hora de reclamar no setor de malas extraviadas. Fui o primeiro a fazê-lo. Enquanto a moça abria meu processo, ela recebeu uma mensagem que minha mala tinha ficado em Guarulhos e que chegaria em Brasília no próximo voo, por volta de 17:30 horas. Concluiu o processo, afirmando que a mala seria entregue em minha casa até às 21 horas daquele domingo, 03 de novembro. Fui embora. Já em casa, com a mala maior desfeita, depois de um bom banho, recebo uma ligação da TAM perguntando se poderiam entregar a mala. Às 20:10 horas, quando o funcionário da TAM bateu campainha na minha casa, acabava a saga da mala de mão. Era o final de uma viagem curta, mas excelente.

domingo, 24 de novembro de 2013

ÚLTIMA CAMINHADA EM PARIS ANTES DE VOLTAR PARA BRASÍLIA

Saímos do Musée D'Orsay por volta de 14:30 horas. Tinha dua horas antes de deixar o hotel. O tempo estava bom, com um sol tímido esquentando as ruas de Paris. Decidimos voltar a pé para o hotel, margeando o Rio Sena. Muitos turistas resolveram fazer o mesmo na bela tarde de sábado, dia 02 de novembro de 2013. No caminho, paramos várias vezes para tirar fotos. Uma das paradas foi na Pont des Arts, própria para pedestres, com piso de madeira e gradil de ferro, que se transformou em uma atração turística depois que casais apaixonados selam seu amor com cadeados presos nas grades de ambos os lados da ponte. Depois de fechado, a chave do cadeado é jogada no Rio Sena, como um símbolo de amor eterno entre os casais. Hoje, a ponte é parada obrigatória e é conhecida como a ponte dos cadeados. Muita gente procurava uma brecha para tirar uma foto tendo os cadeados e o Rio Sena como pano de fundo. Fizemos o mesmo. Seguindo em direção à Place Saint-Michel, passamos pelas barraquinhas dos chamados bouquinistes, aqueles que vendem livros, cartazes, revistas, vinil, entre outros itens, todos eles antigos. Um autêntico sebo ao ar livre, geralmente comandados por idosos, que mantém a áurea romântica da cidade. Algumas barracas exibiam cartazes de proibido fotografar, mas a maioria ignorava e posava para fotos. A caminhada durou cerca de meia hora. Já no hotel, fui para o quarto de Rogério e Emi, onde estavam minhas malas, pois já tinha feito o check out desde cedo, antes de sair para a visita ao Musée D'Orsay, quando paguei por três noites, taxas locais e o consumo de frigobar a quantia de € 664. Quando estávamos no quarto, o telefone tocou. Era Wilson que tinha ido buscar os meninos para um passeio. Era hora de descer com as malas. Aproveitei para me despedir de todos no saguão do hotel. O transporte para o aeroporto, contratado na Flynet Europe, estava marcado para 16:30 horas, mas a van encostou na porta do hotel meia hora antes. Era o mesmo motorista Manoel que fez o trajeto inverso quando cheguei na cidade. Malas no carro e saímos mais cedo. O trânsito estava bem melhor do que quando cheguei. Embora movimentado, ele fluía bem. Com quarenta e cinco minutos, cheguei ao Terminal 1 do Aéroport Charles De Gaulle. Fui direto para o balcão da TAM. Estava terminando a minha excelente viagem de comemoração dos meus 50 anos de idade.

sábado, 23 de novembro de 2013

CAFÉ CAMPANA - GASTRONOMIA EM PARIS (FRANÇA)

Endereço: 1 rue de la Légion d'Honneur, 5º andar, Musée D'Orsay, Paris, França

Contato: +33 1 40 49 48 14 (telefone do museu). 

Especialidade: bistrô, com menu muito enxuto com pratos rápidos.

Quando fui: almoço de 02 de novembro de 2013, sábado. Éramos 03 pessoas. O restaurante não aceita reserva, tendo que enfrentar uma fila para ser acomodado nas disputadas mesas desenhadas pelos irmãos Campanha, responsáveis por toda a decoração do local. Ficamos em uma mesa lateral, colada na divisória de metal alaranjado, também obra dos brasileiros, que separa a área do restaurante da passagem para as dependências do Musée D'Orsay do quinto piso.

Serviço: quando chegamos, ainda não havia fila, mas tivemos que aguardar alguns minutos para uma atendente nos levar até a mesa. A fila, como por encanto, se formou longa imediatamente após nós sermos acomodados. O garçom que nos atendeu era rápido, simpático, nos dando vários porta-copos de papelão com a imagem de divulgação da exposição Masculin / Masculin, que tínhamos acabado de conferir no museu. Nossos pratos chegaram rapidamente à mesa.

O que bebemos: compartilhamos uma garrafa do vinho tinto francês Beajoulais-Villages Château de Corcelles 2012 (€ 20), com 12,5% de álcool. Vinho leve, sem grandes pretensões. Bom para um almoço rápido, como foi o nosso, acompanhando uma massa clássica. Junto com o vinho, bebemos uma garrafa de 500 ml de água mineral com gás Vittel (€ 4,50). Como estava com muita sede, antes do vinho, bebi uma lata de Coca Cola em copo com muito gelo (€ 5). Antes da conta, bebi uma xícara de café espresso (€ 2,60). 

O que comi: a nossa ideia era um almoço rápido. Escolhi diretamente o prato principal, cuja escolha recaiu na massa do enxuto cardápio: pâtes rigatoni à la carbonara (€ 14), o clássico italiano. Estava digno, nada mais do que isto. As sobremesas que eram servidas nas mesas ao redor da nossa me chamaram a atenção. Escolhi uma baba au rhum en transparence (€ 7). Muito doce, o que me deu enjoo rapidamente.





Valor que me coube no total da conta: € 38.

Minha avaliação: * * 1/2. A decoração é o forte do restaurante, o que pode ser conferido sem precisar se sentar em uma de suas mesas. De toda forma, para quem quer passar o dia no museu, é um bom local para descansar e fazer uma refeição leve e rápida.

Gastronomia Paris (França)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MASCULIN / MASCULIN - MUSÉE D'ORSAY




Sábado, 02 de novembro de 2013, último dia de uma excelente e proveitosa viagem de férias. Voo de volta marcado para 20:30 horas e transporte confirmado para me pegar no hotel às 16:30 horas. Assim, tinha ainda muitas horas para aproveitar Paris. Durante o café da manhã no hotel, Rogério propôs tentarmos novamente entrar no Musée D'Orsay para ver a exposição Masculin / Masculin. Topei na hora. Saímos, desta feita, mais cedo. Não chovia, mas para ganhar tempo, resolvemos pegar o metrô. Pegamos a linha RER C na estação Saint-Michel, descendo na estação Musée D'Orsay. Ao sair na esplanada em frente ao museu, constatamos que tínhamos que enfrentar a fila. Mas como não chovia e queríamos ver a exposição temporária, não restou outra alternativa senão ficar na imensa fila. Para quem compra o ingresso antecipadamente pela internet, a fila é bem menor. A presença de muitos estrangeiros transformaram a fila em uma versão da Torre de Babel. Ficamos a tentar descobrir que língua as pessoas falavam, além de observar roupas e acessórios que as pessoas usavam. Nem vimos o tempo passar, embora tenhamos ficado na fila por mais de quarenta minutos. Antes de alcançar a bilheteria, há uma passagem necessária pelo detector de metais, onde todas as bolsas e sacolas devem ser abertas para uma revista rápida. Há muitos guichês para vender ingressos, cada um com sua fila própria. Escolhemos o que tinha menos gente esperando. Para poder visitar a exposição temporária e o acervo permanente do museu, pagamos € 12 no ingresso. Pegamos um mapa do museu e deixamos mochilas na chapelaria, já que não é possível entrar com elas nas dependências do museu. Fotos também não são permitidas, embora quase ninguém respeite tal proibição, tirando fotos com seus celulares e sendo repreendidos pelos funcionários do local. Como já conhecíamos o museu, fomos direto para o local onde estava a exposição Masculin / Masculin. Esta exposição está em cartaz desde 24 de setembro, permanecendo aberta para visitação até 02 de janeiro de 2014. Trata-se de pinturas, esculturas, fotografias e vídeos que mostram o homem nu nas artes plásticas desde 1800 até os dias atuais. Embora o folheto da mostra traga expressamente o marco 1800, os primeiros quadros datam do Séc. XVII. Achei interessante a proposta porque geralmente o que fica mais evidente é o nu feminino, pois tem mais quantidade, fazendo com que o homem nu fique como uma exceção. Ao colocar todas as obras reunidas em um mesmo espaço, vemos que o nu masculino também despertou interesse dos artistas, muitos deles famosos. Não há uma ordem cronológica. A curadoria optou por reunir as obras por temas, independentemente da época em que foram concebidas. Assim, há um espaço para a dor, outro para os esportes, outro para os retratos. Havia muita gente interessada em ver as obras expostas, fato que impelia à formação de pequenas filas para quem queria ler sobre cada quadro. Este era o meu caso. Não tinha pressa. A exposição era tão interessante que me arrependi de não ter pego um audioguia, também disponível em português. Mas ao ler as informações nas paredes e ao lado de cada obra, deu para se ter uma boa noção sobre o tema, além de situar a obra no contexto histórico quando foi criada. Além de ver obras de artistas consagrados, como Pissarro e Rodin, tive a oportunidade de conhecer artistas cujas obras nada tinha visto até então. Destaco as fotopinturas de Pierre et Gilles, os autores da obra que estampa o cartaz da exposição. Seus quadros tem um toque sensual, surreal e fantasioso muito interessante. Já quase no final da visita, há um setor muito concorrido. Antes de entrar, uma frase alerta que ali estão expostas obras que podem chocar, especialmente os mais novos. Claro que era o setor com mais gente amontoada. A maioria das obras expostas eram fotografias de homens nus, de homens se abraçando e se beijando, além de vídeos com o mesmo enfoque. O que mais me chamou a atenção foi uma fotografia em que um homem imita uma foto famosa, a pose de Marilyn Monroe nua em uma cama vermelha. Antes de sair, na parede que fica em frente para quem sai, era projetado o filme Pink Narcisus, um clássico do cinema gay. Passamos na lojinha para ver os produtos alusivos à exposição, mas nada compramos. Uma mostra na sala 68 tinha relação com a Masculin / Masculin. Resolvemos ir conferir, o que nos possibilitou cruzar os corredores cheios de esculturas do museu. Nesta sala, estavam expostos desenhos acadêmicos com estudos sobre o nu masculino. Demos por encerrada nossa visita, pois a fome apertava. Decidimos comer no Café Campana, localizado no último piso do museu.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CAMINHANDO NA CHUVA NO MARAIS


restaurante Des Gars dans la Cuisine (foto baixada do site www.parismarais.com)

Emi sugeriu jantarmos em um dos restaurantes gay friendly do Marais. Sugestão de pronto aceita. Ele tinha algumas indicações, escolhendo a primeira da lista, o Des Gars dans la Cuisine (72 rue Vieille du Temple). Nem olhamos mapa, pois ele disse que sabia onde descer do metrô. Chovia quando saímos do hotel. Estávamos com botas impermeáveis, casacos para proteger do frio e da chuva, além de guarda-chuvas. Pegamos o metrô na estação Saint-Michel, linha 4, fazendo uma baldeação para a linha 1 na estação Châtelet-Les Halles, quando tomamos a direção Château des Vincennes. Emi disse para descermos na segunda parada, na estação Saint-Paul, na rue de Rivoli. Foi o que fizemos. E erramos, mas só descobrimos isto alguns minutos depois. A chuva caía forte enquanto nós procurávamos no mapa, que molhou todinho, onde estávamos. Letras miúdas e pouca iluminação não ajudaram. Perguntamos para algumas pessoas que estavam fumando do lado de fora de um restaurante e ele nos apontaram para a direção da rue Saint-Antoine, continuação da rue de Rivoli. Seguimos, confiantes, nesta direção, mas nunca chegava a rua que queríamos. E a chuva caía. Mais uma parada para nova pergunta e outra direção foi-nos mostrada. Entramos na rue Beautreillis e saímos na elegante Place des Vosges. Ali tivemos a certeza que tínhamos errado a estação de descida. O bom é que ficamos protegidos da chuva ao caminhar pelas arcadas que circundam a praça. Debaixo de um foco de luz, localizamos onde estávamos no mapa e qual a direção correta a seguir. Saímos da praça, à esquerda, pela rue des Francs Bourgeois, caminhando cerca de 500 metros até alcançarmos a rue Vieille du Temple. Primeira viramos à esquerda, mas tivemos que retornar, pois o restaurante era na direção contrária. A chuva continuava a cair forte. A barra da minha calça estava ensopada. Enfim, chegamos ao Des Gars dans la Cusine. Ao lado da porta, uma placa indicava que ele fazia parte da lista The Best Restaurants in Paris, sinal de que não acharíamos lugar. Eram mais de 21:30 horas. Entramos. O local é pequeno, com as mesas colocadas bem próximas umas das outras. Um simpático atendente nos abordou. Não tínhamos reserva e não havia mesa vazia. O tempo médio de espera seria de uma hora e meia. Para piorar, não havia local disponível para esperarmos lá dentro. Tínhamos que procurar novo local para jantarmos. Todos ficamos irritados, inclusive uns com os outros. No mapa, debaixo de uma luz forte, localizamos o outro restaurante da lista, o Les Marronniers, que fica na 18 rue des Archives, distante seis quadras de onde estávamos. Fomos para lá torcendo para ter lugar. Andamos debaixo de mais água. Ainda bem que conseguimos uma mesa, que acabara de vagar quando entramos no salão interno do restaurante. Péssimo jantar, não só pela andança de mais de meia hora na chuva, mas também pela comida do lugar. Ao sair, Emi queria ir para um bar, mas eu decidi ir embora para o hotel. Rogério quis me acompanhar. Desta forma, Emi não teve outra saída senão voltar para o hotel. Antes, porém, demos uma volta no quarteirão para ver o movimento. Obviamente que ninguém estava nas calçadas como é costume nas noites de sexta-feira no Marais. A chuva era desanimadora. Pegamos o metrô na estação Hôtel de Ville, a mesma onde deveríamos ter descido no início desta aventura na chuva. No hotel, sem sono, fui arrumar parte das malas, pois retornaria ao Brasil na noite seguinte. Mas ainda tinha um sábado todo em Paris.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LES MARRONIERS - GASTRONOMIA EM PARIS (FRANÇA)

Endereço: 18 rue des Archives, Marais, Paris, França.

Contato: +33 1 40 27 87 72

Especialidade: bistrô, com alguns clássicos da culinária francesa, além de opções de massas e sanduíches, já que serve de esquenta para as baladas gay da região.

Quando fui: jantar de 01º de novembro de 2013, sexta-feira. Éramos 03 pessoas, sem reserva. O bom é sentar na calçada, local para ver e ser visto, mas como a chuva castigava a cidade, muitas mesas do lado de fora, mesmo protegidas com toldos e aquecedores, estavam molhadas. Ficamos no salão do térreo, que estava com todas as mesas ocupadas. Tivemos sorte de entrarmos justamente no momento em que uma mesa vagava. O garçom nos saudou, dizendo que podíamos sentar ali. Ficamos cerca de uma hora no local. Ambiente escuro e música alta.

Serviço: atendimento às mesas muito ruim, com troca constante de garçons. Atrapalhados, deixando cair copos e pratos no chão por mais de uma vez. Foi necessário pedirmos três vezes para eles limparem nossa mesa. Pratos chegaram rápido à mesa.

O que bebemos: compartilhamos uma garrafa do vinho tinto francês Crozes Hermitage Jaboulet Les Jalets 2010 (€ 32), com 13% de álcool. Vinho com bom corpo, preço ótimo. Para acompanhá-lo, uma garrafa de um litro da água mineral com gás San Pellegrino (€ 6,20).

O que comi: iniciei com uma sopa de cebola, única sopa que aprecio. No cardápio, a descrição soupe gratinée d'oignon au Cantal et vin blanc (€ 6,80). Horrível. Até que a aparência era boa, mas não tinha consistência. Era uma água quente com muito óleo. Deixei praticamente tudo no prato. Em seguida, veio o prato principal. Escolhi um sanduíche por observar que quase todas as mesas tinham um exemplar. Meu foi um chicken burger (€ 15), escrito em inglês mesmo no cardápio todo em francês, mas com a descrição na língua local: hamburger de poulet, pommes de terre et salade. Sanduíche bem servido, mas carecendo de sabor. O que salvou foram as batatas fritas. Para esquecer.






Valor que me coube no total da conta: € 30.

Minha avaliação: *. Nada me agradou no restaurante. E pensar que tínhamos uma reserva no premiado Pierre Gagnaire. Vivendo e aprendendo...

Gastronomia Paris (França)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CAPELA NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Sempre tive curiosidade de conhecer a Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Chapelle Notre Dame de La Médaille Miraculeuse). Na volta para o nosso hotel, depois de uma tarde de compras na loja de departamentos Le Bon Marché, resolvemos conhecer a igreja, pois ela fica bem perto de onde estávamos. Um movimento intenso de entra e sai e algumas pessoas pedindo esmolas na porta não deixa dúvidas de que ela funciona no número 140 da rue du Bac. Entramos junto com um grupo de mulheres, todas falando português. Um corredor ao ar livre dá acesso à capela, localizada no fundo, onde começava uma missa. O interior é bem simples, cujo altar é encimado por um afresco em tom azul que reproduz a aparição de Nossa Senhora para a irmã Catarina Labouré, ali mesmo na capela, em 18 de julho de 1830. Antes de sair, molhei meus dedos na água benta, passando-os em minha testa e pescoço. Da capela, fui direto para a lojinha, local pequeno que estava lotado de gente se aglomerando no balcão para pagar as muitas medalhas que cada um compra para levar para amigos e parentes católicos. Resolvi comprar algumas medalhas. Há vários tamanhos, cunhadas em alguns tipos de material. Vendem a unidade ou saquinhos com dez, vinte, cinquenta, cem e duzentas unidades. Além das medalhas, também há terços. Procurei uma imagem para levar para minha mãe, mas não vendem estatuária. Ao ir para a fila, vi uma estante com folhetos que contam a história da medalha e falam sobre o seu dom. Tais folhetos estavam disponíveis em francês, espanhol, inglês, italiano, alemão e português. Peguei alguns exemplares, pensando ser gratuito. Queria ter mais informações sobre a medalha e vi no folheto uma excelente oportunidade para tal. Na fila, conversando com Emi, uma senhora nos abordou perguntando se estávamos na excursão. Falamos que viajávamos por conta própria. Ela nos explicou que faziam uma viagem para conhecer locais de peregrinação católica na França. Ela era de Recife, mas o grupo tinha pessoas de várias partes do Brasil. Uma outra senhora chegou chamando-a para a missa especial que o grupo teria no segundo piso do prédio. Ela pagou rapidamente sua compra, nos deu boa viagem e seguiu radiante para sua celebração eucarística. Chegou a minha vez de pagar. Entreguei as medalhas para a irmã de caridade que me atendia, ficando com os folhetos nas mãos. Foi então que ela me disse que eles também eram vendidos, ao preço de € 0,10 cada um. Decidi só levar um de cada. Ao todo, minha compra ficou em € 17. Emi também levou algumas medalhas. Ainda curioso com a história da medalha, li que a Imaculada Conceição, ao aparecer para a irmã Catarina, pediu a ela que cunhasse medalhas, dando-lhe as coordenadas de como elas deveriam ser. Muitos atribuem à medalha graças alcançadas ao longo dos anos, o que a fez ser conhecida como medalha milagrosa. Segundo está escrito no folheto à venda na lojinha do lugar, "a medalha recapitula, através de seu rico simbolismo, os mistérios da fé. Evoca também os mistérios da encarnação e da redenção, evoca o lugar ímpar ocupado por Maria no desígnio de Deus; o amor do coração de Cristo e de sua mãe por todos os homens, a maternidade universal da Virgem Maria, o mistério da Igreja e as relações entre a terra e o céu." Da capela, seguimos direto para o hotel, sem parar em mais nenhum lugar. Sem nenhum restaurante reservado, pois tínhamos cancelado a reserva para jantar naquela noite no Pierre Gaignaire, decidimos por sair mais tarde e comer qualquer coisa no bairro Marais. Foi o que fizemos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

LE BALTHAZAR - GASTRONOMIA EM PARIS (FRANÇA)

Endereço: 24 rue de Sèvres, niveau -1, Le Bon Marché, Paris, França.

Contato: +33 01 71 37 85 27.

Especialidade: é um bar de vinhos, com comidinhas rápidas para acompanhar a bebida.

Quando fui: almoço de 01º de novembro de 2013, sexta-feira. Éramos 03 sem reserva. Chegamos perto de 14 horas, com todas as mesas lotadas. Havia apenas um grupo de três pessoas na nossa frente. Três vagas no balcão, mas era incômodo, pois tínhamos que sentar em bancos altos sem encosto. Preferimos esperar, mesma atitude tomada por quem estava atrás da gente, pois o balcão não era um local para espera. Era o local definitivo. Esperamos mais uns dez minutos e fomos acomodados em uma ponta da mesa coletiva situada ao centro do pequeno restaurante. Ficamos por quarenta minutos no local.

Serviço: rápido, mas com displicência. Embora tenham sido atenciosos enquanto estávamos de pé, o mesmo não ocorreu quando sentamos. Serviam rapidamente para nos despachar o mais breve possível para acomodar mais pessoas. Pratos chegaram em minutos. As taças de vinho que Emi e Rogério pediram eram diferentes, mas a garçonete colocou-as na mesa sem dizer qual era qual. Como eram muito parecidas, os dois ficaram sem saber qual vinho cada um bebeu.

O que bebemos: enquanto Emi e Rogério pediram taças de vinho e uma carrafe d'eau, eu quis uma lata de Coca Cola (€ 4,20) e ao final, pedi uma xícara de café espresso (€ 2,80).

O que comi: como o cardápio é bem enxuto, não tive muitas dúvidas, escolhendo um pavé de lieu jaune (€ 18,90), ou seja, um risoto verde, com ervilha e sua fava, e um filé de peixe branco levemente grelhado por cima. Prato totalmente sem tempero, com o peixe tendo gosto forte de  maresia. Como estava com fome, acabei comendo boa parte. Pelo menos tinha uma bela apresentação. Resolvi experimentar uma sobremesa, pois a que serviram para a senhora ao meu lado era muito bonita e apetitosa. Escolhi o tout chocolat (€ 9,90): moelleux au chocolat et crême anglaise, biscuit chocolat au lait cramel, espuma au chocolat, ganache tendre au chocolat Jivara lactée. A sinfonia de docinhos de chocolate estava muito boa, especialmente o biscuit de chocolate ao leite com baunilha.





Valor que me coube no total da conta: € 30.

Minha avaliação: * * 1/2. Não me agradou, mas para um dia de muita chuva e estando dentro do Le Bon Marché, dá para fazer uma refeição rápida.

Gastronomia Paris (França)

domingo, 17 de novembro de 2013

LE BON MARCHÉ


A chuva tinha apertado quando chegamos na porta da loja de departamentos Le Bon Marché (24 rue de Sèvres). É a loja de departamentos mais elegante de Paris e sem o tumulto das mais famosas, especialmente a Printemps e a Galeries Lafayette. E não abre aos domingos. Era sexta-feira, feriado na cidade, mas estava em pleno funcionamento. O primeiro piso é dedicado às grifes de luxo e aos artigos de beleza e perfumaria. A concepção da loja permite uma boa visão de todo o piso e os corredores são amplos. Ao ver um stand da Annick Goutal, parei para perguntar se havia o refil do perfume Ninfeo Mio, o meu preferido. Atualmente, várias linhas de perfume possuem vidros menos elaborados, mais baratos, obviamente, como um refil para quem já possui a sua embalagem original. Como ainda não é muito difundido, não ficam à mostra. A vendedora respondeu afirmativamente. Comprei um refil por € 83, economizando cerca de € 20. Resolvemos subir as escadas até o terceiro andar, último piso do Le Bon Marché. Este piso é dedicado aos livros, à papelaria e às crianças. Continuamos nosso passeio, conhecendo os demais pisos. Existem dois restaurantes no 2º andar, o Rose Bakery Tea Room e o Primo Piano, ambos tinham fila de espera na porta. Este andar é o dedicado à casa. Estávamos procurando a delicatessen do lugar. Ela fica em prédio anexo, do outro lado da rua, com duas passagens interligando-os. Como estávamos novamente no térreo, saímos, atravessamos a rue du Bac, entrando na delicatessen La Grande Epicerie de Paris (38 rue de Sèvres). Ela é muito grande, com produtos de deixar qualquer chef ou gourmet loucos. Emi ainda não tinha encontrado a flor de alfazema e foi perguntando para os empregados do local se ali tinha. Um dos vendedores mostrou a gôndola onde ele poderia encontrar. Bingo! Enquanto isto, eu separava uma caixa de chocolates e uma caixa de caramelos com flor de sal, ambas da famosa delicatessen parisiense Fauchon (€ 43). Com as compras nas mãos, fomos para o caixa, onde tínhamos duas opções: ir no autoatendimento ou esperar em uma pequena fila para passar as compras no caixa com empregado. Sempre prefiro garantir o emprego de alguém, o que me fez optar por permanecer na fila. Percebi que eram raras as pessoas que iam no pagamento self service, mesmo os mais jovens, mais adeptos das novas tecnologias. Seriam efeitos da crise econômica por que passa a Europa? Saímos da La Grande Epicerie de Paris, pensando onde iríamos almoçar. Chovia bastante. A opção foi voltar para o Le Bon Marché e enfrentar uma das filas nos restaurantes do segundo andar. Ao passar pela vitrine da delicatessen, vimos uma garrafa do vinho de sobremesa húngaro Tokaji Aszú 5 Puttonyos por € 35, preço ótimo. Emi quis comprar na hora, mesmo sob protestos de Rogério por causa da falta de espaço nas malas. Entramos novamente na loja, descemos a escada rolante para chegar na sua bem montada adega. Enquanto Emi comprava duas e não uma garrafa, eu e Rogério fomos ver o espaço reservado para os vinhos top de linha, onde a maioria dos rótulos custava mais de € 1.000 a garrafa. Vimos que havia um pequeno restaurante naquele piso, muito concorrido, mas sem fila de espera. Decidimos almoçar ali mesmo. O restaurante se chama Le Balthazar (24 rue de Sèvres, piso -1), ficando na confluência entre o Le Bon Marché e a La Grande Epicerie de Paris. Esperamos algo em torno de dez minutos para sermos acomodados em uma mesa coletiva. Minhas impressões sobre este almoço constam em postagem específica. Terminada a refeição, fomos conhecer a área masculina do Le Bon Marché, que estava bem ao lado do restaurante. Embora tenhamos ficado um bom tempo nesta área, nada compramos. Dali mesmo, subimos as escadas rolantes, dando novo giro na loja de departamentos, conhecendo os setores que não tínhamos passado mais cedo. Foi então que vimos um setor todo dedicado à decoração natalina, com bolas e penduricalhos de árvores de tudo quanto é tamanho e formato. Duas séries nos chamaram a atenção: uma africana, com animais típicos como adereços para a árvore de Natal e outra alusiva ao circo, com animais, trapezistas, palhaços e afins fazendo a vez de adereço. Grande parte das pessoas que ali passava, estampava um sorriso no rosto tamanha a beleza das árvores montadas. Pausa para fotografias, sem sombra de dúvidas. Era hora de procurar um toilette. Nossa grande decepção. Um lugar tão bonito, com banheiros minúsculos. Resolvemos ir embora, mas seguindo nas compras. Como tinha parado de chover, atravessamos a rue de Sèvres, entrando à esquerda, na rue Saint-Placide, pois queria passar na Séphora (55 rue Saint-Placide). Já tinha pesquisado na internet a unidade mais próxima do Le Bon Marché e era aquela, cerca de 300 metros de distância. Já na loja, comprei os presentes que queria, o mesmo fazendo Emi e Rogério. Já era final do dia, por volta de 17 horas. Demos por encerrada a nossa tarde de compras. Era hora de voltar para o hotel. Decidimos regressar a pé, pois a chuva tinha dado uma trégua.